3 razões para comprar ações do Nubank e 3 para não comprar, segundo o Bank of America
Analistas do banco norte-americano elevaram o preço-alvo do Nubank para US$ 5,50, mas ainda não recomendam a compra; saiba por quê
A derrocada das ações do Nubank depois da estreia em Nova York no ano passado está chamando a atenção dos investidores, mas o Bank of America ainda não acha que seja o momento de comprar o papel.
Em relatório, o BofA argumenta que, apesar da ação do Nubank estar mais barata, não significa que ela esteja, efetivamente, barata.
A recomendação do BofA para o papel é neutra, mas o preço-alvo foi elevado de US$ 5 para US$ 5,50.
A justificativa para a melhora foi a inclusão dos resultados do segundo trimestre e uma mudança no cálculo do preço-alvo, que passou para um modelo de derivação de desconto de dividendos (DDM). O modelo anterior era calculado a partir de um múltiplo de receita-alvo.
“Nós ainda não achamos o valuation atrativo (em bases absoluta e relativa) e levantamos algumas preocupações com as recentes tendências operacionais”, escreveram os analistas do BofA.
No pregão desta sexta-feira, as ações do Nubank em Nova York (NU) eram negociadas em alta de 5,9%, cotadas a US$ 5,35. Aqui na B3, os BDRs NUBR33 avançavam 3,64%, a R$ 4,57.
Leia Também
Nubank: pontos negativos
As preocupações levantadas pelo BofA são:
1 - Os problemas de qualidade de ativos no negócio de crédito pessoal
Com o aumento da inadimplência, o Nubank decidiu reduzir o crescimento da carteira de empréstimo pessoal. O BofA não vê falhas nessa estratégia, mas diz que isso levanta questões sobre se o banco digital consegue ou não diversificar os produtos de crédito para além dos cartões.
Além disso, os analistas apontam que o Nubank já atingiu uma participação de mercado (market share) “descomunal” em cartões no Brasil. Assim, o crescimento dessa frente deve ficar mais lento daqui em diante, o que obrigaria a empresa a lançar novos produtos.
2 - A receita média por cliente ativo (ARPAC) foi impulsionada artificialmente por um ambiente de juros altos
No último balanço, o Nubank revelou uma estimativa de que o ARPAC mensal tenha subido de R$ 22 para R$ 39 em um ano. Mas o BofA fez um cálculo excluindo os custos de captação, o que transformou a evolução anual do ARPAC de R$ 16 para R$ 23.
“Ressaltamos que uma parcela exorbitante (32%) da receita total do Nubank é proveniente de juros sobre caixa/excesso de liquidez, que se beneficiou de um ambiente de taxas mais elevadas”, disse o BofA.
3 - Mudanças contábeis mascararam uma deterioração da inadimplência mais rápida do que o esperado.
No último balanço, o Nubank fez uma modificação na metodologia de inadimplência que, segundo o BofA, mascarou visualmente a deterioração dos ativos.
A nova metodologia antecipou a baixa de empréstimos pessoais em atraso acima de 360 dias para 120 dias. Ao mesmo tempo, a baixa dos cartões de crédito permaneceu em acima de 360 dias. A prática, embora dentro das regras, difere do que os bancos concorrentes fazem no Brasil.
Nubank: pontos positivos
Apesar das preocupações, o BofA também enxerga argumentos plausíveis para os investidores que querem comprar ações do Nubank:
1 - Crescimento de clientes e engajamento
O ritmo de entrada de novos clientes tem se mostrado melhor do que o esperado. De acordo com o BofA, isso é um reflexo da força da marca e da qualidade dos produtos.
Além disso, o Nubank possui uma taxa de ativação de clientes de 80%.
“Essas métricas se comparam positivamente com o Inter, que viu uma desaceleração no crescimento de clientes e no engajamento, apesar de ser mais avançado na oferta de produtos financeiros”, escreveram os analistas.
2 - Alavancagem operacional
O BofA aponta que o índice de eficiência do Nubank melhorou consideravelmente, de 69,4% para 55,1% em um ano, o que destaca a significativa alavancagem operacional do modelo. Ou seja, a capacidade de o banco digital aumentar as receitas com o mesmo nível de custos.
3 - Custos de captação devem cair
Com os sinais de que a Selic tenha atingido o pico no Brasil, os analistas do BofA acreditam que o ciclo de aperto monetário esteja chegando ao fim. Dessa forma, os custos de captação do Nubank também devem começar a cair.
A recente mudança no rendimento da NuConta também vai nesse sentido. O banco passou a remunerar 100% do CDI diariamente apenas depois que os depósitos completarem 30 dias.
“Como resultado, nós estimamos que o custo de financiamento do Nubank pode cair para 91% do CDI em 2023, dos atuais 97%”, disse o Bofa. O banco calcula que cerca de 20% dos depósitos dos clientes não serão remunerados.
Isso aproximaria o Nubank dos bancos tradicionais, cujo custo de financiamento flutua entre 60% e 80% do CDI.
Leia mais:
- Indireta para o Nubank? Itaú diz que “é muito fácil crescer oferecendo preços baixos e subsidiados para atrair clientes”
- Se cuida, Nubank: Bradesco compra instituição no México e vai lançar conta digital no país
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
