Esquenta dos mercados: risco fiscal é pano de fundo para semana de Copom, IPCA-15 e balanços domésticos e no exterior
Os próximos dias serão tensos para os investidores, que devem ficar de olho na votação da PEC dos precatórios e medidas do Banco Central contra a inflação
A semana começa de olho em importantes indicadores para a economia nacional e internacional, o que deve mexer diretamente com a bolsa e o dólar. Nos próximos dias, o Copom deve decidir sobre a taxa básica de juros, em meio a divulgação do IPCA-15 de outubro e do IGP-M mensal.
Somado a isso, a temporada de balanços começa a ganhar tração por aqui, com Vale, Petrobras e Ambev no radar. No campo político, a PEC dos precatórios volta ao cenário local e deve colocar ainda mais pressão no risco fiscal brasileiro. Confira aqui o nosso calendário de balanços.
O cenário internacional também está recheado com importantes indicadores que afetam as bolsas. O PIB e a inflação dos Estados Unidos devem movimentar os negócios nos próximos dias e ajustar as estimativas para a retirada de estímulos da economia, movimento conhecido como taperging. E o medo da alta nos preços começa a pressionar os investidores em todo o mundo.
Fique por dentro do que movimenta a bolsa nesta segunda-feira (25) e nos próximos dias. Uma ótima semana!
Um olho no peixe…
Esta semana conta com a divulgação do IPCA-15 de outubro, que deve avançar 0,97% de acordo com projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast. Na comparação anual, o índice deve avançar para a casa dos 10,07%, depois de registrar alta de 1,14% no mês passado e acumular 10,05% no ano.
Além disso, o risco fiscal com o teto de gastos sob pressão coloca a votação da PEC dos precatórios em destaque esta semana. O texto deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados, depois de ter sido adiado três vezes.
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A expectativa é de que a PEC abra um espaço de R$ 83 bilhões no orçamento e ajude a pagar o Auxílio Brasil de R$ 400, mas a reforma do Imposto de Renda, parada no Senado, também precisa ser aprovada para afastar um pouco o risco fiscal.
… Outro no gato
Com o avanço da inflação e a deterioração da meta fiscal, o Banco Central deve aumentar a taxa básica de juros de maneira mais intensa do que o esperado. Nesta quarta-feira (25), o mercado espera que o Copom eleve a Selic para 7,50% no mínimo, um acréscimo entre 1,25 a 1,50 pontos-base.
Exterior
Além dos balanços importantes no exterior, como Apple, Amazon, Microsoft, Facebook e Twitter, os investidores devem monitorar a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre dos EUA. O PCE, indicador de inflação utilizado pelo Federal Reserve para decidir sobre a retirada dos estímulos, também movimenta a semana.
Uma alta em novos casos de covid-19 na China deve levantar novas restrições ao país, que patina na retomada da economia. Os investidores devem ficar atentos para o avanço do coronavírus em todos os países, que avançam com a vacinação, mas o possível surgimento de novas variantes pode atrasar os planos.
Bolsas pelo mundo
No primeiro pregão da semana os principais índices asiáticos fecharam majoritariamente em alta, apesar de um novo surto de covid-19 na China. O balanço do último trimestre do HSBC animou os mercados na região e deve repercutir ao longo do dia.
De maneira semelhante, a expectativa com os balanços faz os principais índices da Europa operarem de maneira mista. Do lado negativo, pesam os dados locais da Alemanha e a especulação de que o BC da Inglaterra elevará os juros antes do esperado.
Por fim, os futuros de Nova York operam de maneira mista antes da abertura, de olho na agenda da semana com balanços e indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos.
Agenda semanal
Segunda-feira (25)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h30)
- IBGE: IPCA-15 de outubro (9h)
- Estados Unidos: Índice de atividade nacional de setembro (9h30)
- Banco Central: Empréstimos bancários mensal em setembro (9h30)
- Economia: Balança comercial (14h30)
Terça-feira (26)
- Estados Unidos: Índice de confiança do consumidor de outubro (11h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo, gasolina e destilados (17h30)
- China: Lucro industrial de setembro (22h30)
Quarta-feira (27)
- Reino Unido: Ministro de finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, apresenta relatório de perspectiva econômica ao Comitê do Tesouro (8h30)
- IBGE: Taxa de desemprego e inflação ao produtor (9h)
- Estados Unidos: Encomenda de bens duráveis de setembro (9h30)
- Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
- Copom: Decisão sobre a taxa de juros (18h)
Quinta-feira (28)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- FGV: IGP-M mensal de outubro (8h)
- Estados Unidos: PIB do terceiro trimestre e prévias do PCE e Núcleo do PCE (9h30)
Sexta-feira (29)
- Estados Unidos: PCE de Setembro e Núcleo do PCE (9h30)
- Banco Central: Balanço Orçamentário de setembro (9h30)
Balanços no exterior
Segunda-feira (25)
- Reino Unido: HSBC (antes da abertura)
- Estados Unidos: Facebook (após o fechamento)
Terça-feira (26)
- Estados Unidos: 3M (antes da abertura)
- Estados Unidos: Alphabet (Google) (após o fechamento)
- Estados Unidos: Microsoft (após o fechamento)
- Estados Unidos: Twitter (após o fechamento)
- Estados Unidos: Visa (após o fechamento)
Quarta-feira (27)
- Espanha: Santander (antes da abertura)
- Estados Unidos: Boeing (antes da abertura)
- Estados Unidos: GM (antes da abertura)
- Estados Unidos: Coca-Cola (antes da abertura)
- Estados Unidos: McDonald’s (antes da abertura)
- Estados Unidos: Ford (após o fechamento)
Quinta-feira (28)
- Holanda: Royal Dutch Shell (antes da abertura)
- Estados Unidos: Mastercard (antes da abertura)
- Estados Unidos: Caterpillar (antes da abertura)
- Estados Unidos: Apple (após o fechamento)
- Estados Unidos: Amazon(após o fechamento)
Sexta-feira (29)
- Estados Unidos: ExxonMobil (antes da abertura)
- Estados Unidos: Chevron (após o fechamento)
- Estados Unidos: Berkshire Hathaway(sem horário)
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