Aquisição estilosa: Petz compra a Zee.dog e ganha quatro patas para seguir crescendo
A Petz anunciou a compra da Zee.dog, marca premium de itens para animais de estimação, por R$ 715 milhões, pagando em caixa e ações
Você pode não ter um bichinho de estimação em casa, mas com certeza conhece alguém que trata o cachorro ou o gato como membro da família — e, como tal, oferece tudo do bom e do melhor para o companheiro de quatro patas. A Petz sabe muito bem disso: acaba de anunciar a compra da Zee.dog, marca de produtos premium para animais domésticos.
É uma transação que abre novas avenidas de crescimento para a Petz, a líder no setor de pet shops no Brasil. A Zee.dog, afinal, é muito mais que um monte de coleiras coloridas: estamos falando de uma marca já consolidada, com canais digitais maduros e presença internacional crescente.
Uma visita rápida ao site da Zee.dog deixa claro o viés premium: ela se apresenta como uma marca de "coleiras, guias e peitorais para cachorros de atitude" — um posicionamento milimetricamente calculado para gerar engajamento entre os donos dos pets.
Essa atitude, é claro, tem um preço: a Petz vai pagar R$ 715 milhões pela Zee.dog, sendo R$ 80 milhões à vista e outros R$ 100 milhões liquidados daqui cinco anos. Os R$ 535 milhões restantes serão quitados por meio de troca de ações — ao fim da transação, os donos da Zee.dog ficarão com pouco mais de 5% do capital da Petz.
A operação foi bem recebida na bolsa: as ações ON da Petz (PETZ3) abriram o pregão desta terça-feira em forte alta de 6,52%, a R$ 25,15 — desde o começo do ano, já acumulam ganhos de cerca de 30%. O Ibovespa, por outro lado, cai mais de 1% hoje.

Zee.dog: pegada para o crescimento
A compra da Zee.dog é estratégica para a Petz, considerando sua nada modesta meta de "ser mundialmente reconhecida como o melhor ecossistema do segmento pet até 2025".
Leia Também
E isso porque a marca traz consigo algumas características típicas do varejo moderno. Posicionamento de marketing, construção da marca via storytelling e conteúdo digital, foco na experiência do usuário — tudo isso eleva o preço médio de seus produtos.
De certa forma, o racional da aquisição é semelhante ao da compra da Cansei de Ser Gato, anunciada em junho: ambas são referência em seus setores, ambas têm forte presença online, ambas têm clientes/seguidores fieis — a Zee.dog, no entanto, possui uma escala muito maior.
Em termos financeiros, a companhia possui um faturamento bruto estimado de R$ 228 milhões para 2021, o que, se concretizado, representa um crescimento de mais de 80% em relação ao ano anterior. O Ebitda após as sinergias deve girar ao redor de R$ 20 milhões.
E, tão importante quanto a cifra: os canais digitais respondem por quase 60% das vendas totais da Zee.dog — o aplicativo Zee.now tem mais de 400 mil downloads na loja do Google.
O aplicativo, aliás, tem um grande trunfo: possui um serviço de entrega super express, com os pedidos chegando aos clientes em minutos. Atualmente, a Zee.dog possui 12 centros de distribuição no país — e, com a integração à rede de 144 lojas da Petz, esse número vai crescer exponencialmente, dando ainda mais agilidade ao processo.
Outro ponto relevante: a Zee.dog tem uma exposição ao mercado internacional que a Petz ainda não possui, com seus produtos sendo vendidos em mais de 45 países e acordos com grandes redes de pet shops globais — 30% do faturamento da companhia vêm de fora.
Petz + Zee.dog: bom pra cachorro
Para a Petz, a compra da Zee.dog representa a incorporação de uma empresa com canais digitais já bastante desenvolvidos — uma escolha que custa caro, mas que corta o trabalho e evita as dores para a construção de um canal próprio.
A expertise da Zee.dog com a operação de seu aplicativo e as entregas super rápidas será valiosa para que a Petz replique esse modelo em larga escala, oferecendo um serviço semelhante para todos os seus produtos. A pegada internacional também é bem-vinda, claro.
De maneira resumida, a companhia elenca os três principais pilares da transação:
- Consolidar a liderança absoluta no segmento pet brasileiro;
- Incorporar uma plataforma digital líder;
- Criar o maior player de express delivery na categoria.
Quer saber quais as perspectivas para a bolsa no segundo semestre desse ano? É só clicar no vídeo abaixo, feito especialmente pelo Seu Dinheiro para você:
Petz na bolsa
A alta de hoje coloca as ações ON da Petz (PETZ3) perto das máximas históricas. A companhia abriu seu capital em setembro de 2020, chegando à bolsa ao preço de R$ 13,75. De lá para cá, o salto é de mais de 80% — é um dos melhores desempenhos entre as empresas que fizeram IPO desde o ano passado.
Sendo assim, cabe a pergunta: ainda há espaço para que as ações da Petz continuem subindo? Entre os analistas, a questão não é unânime — alguns ainda veem potencial para valorização, enquanto outros enxergam o papel como caro demais. Veja os preços-alvos para PETZ3 dos principais bancos:
- Bank of America: R$ 28,00 (potencial de 11% de alta)
- Itaú BBA: R$ 26,00 (potencial de 3% de alta)
- J.P. Morgan: R$ 25,50 (potencial de 1% de alta)
- Santander: R$ 20,00 (ação já acima do preço-alvo)
- BTG Pactual: R$ 20,00 (ação já acima do preço-alvo)
No lado da análise de múltiplos, também não temos uma resposta muito clara. Tanto os indicadores de preço sobre lucro por ação quanto os de valor da empresa sobre Ebitda nos últimos 12 meses estão acima da média dos últimos três anos, de acordo com o Trademap.
No entanto, a projeção dos mesmos indicadores para 2022 mostra resultados abaixo da média de três anos — e, sendo assim, os resultados da Petz no segundo trimestre, a serem divulgados na próxima segunda-feira (9), serão importantes para saber se essas estimativas futuras precisarão ser corrigidas.

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
