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Cotações por TradingView
Jasmine Olga
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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
MERCADOS HOJE

Alta das ações da Vale e bom humor em NY reduzem pressão política e Ibovespa avança, mas dólar sobe mais de 1%

No exterior, o dia começou positivo,, mas os ganhos do Ibovespa são limitados pelo conturbado cenário interno

Jasmine Olga
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3 de agosto de 2021
10:40 - atualizado às 15:56
Congresso Mercados Touro Urso
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Apertem os cintos! A volatilidade tomou conta do mercado financeiro e deve permanecer em solo brasileiro pelo menos até que o clima melhore em Brasília. Com isso, o Ibovespa e o dólar passam por uma verdadeira montanha-russa hoje.

Nesta terça-feira (03), o dia amanheceu com cara de recuperação, mas, ao longo da manhã, as bolsas globais deram um susto nos investidores. Logo após a abertura, os índices em Nova York viraram para o negativo, com as atenções voltadas para os resultados mistos da atividade econômica americana e ao que o Federal Reserve, o banco central americano, deve fazer para garantir uma inflação controlada e a recuperação pós-covid. 

Embora as bolsas em Wall Street tenham virado para o campo negativo, os balanços corporativos acima do esperado não deixaram que o sentimento de aversão se mantivesse por muito tempo e agora é o bom humor que impera por lá. 

O Ibovespa tem uma estrada mais esburacada e instável para seguir nesta terça-feira (03), mas também busca deixar para trás o dia vermelho. Depois de cair quase 1,5% na mínima do dia, por volta das 16h, o principal índice da bolsa operava em alta de 0,60%, aos 123.252 pontos. O dólar à vista se mantém pressionado pela deterioração político-fiscal, e sobe 0,77%, a R$ 5,2046. O bom desempenho das ações da Vale, companhia que representa quase 15% da carteira teórica do índice, impedem um recuo maior. 

Os carrascos do Ibovespa

Por aqui, é o cenário político que mais uma vez traz cautela aos negócios. Com os frequentes ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo democrático, na tentativa de descredibilizar as eleições de 2022, o clima em Brasília não é dos melhores. 

O Tribunal Superior Eleitoral instaurou um inquérito administrativo, com o envio de uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal, contra o presidente e suas acusações falsas de fraude no sistema eleitoral. 

Os atritos políticos também geram apreensão fiscal, às vésperas da decisão de política monetária do Copom, o que por si só já seria razão para uma maior cautela dos investidores brasileiros. 

A preocupação com a saúde fiscal do país levou a bolsa a registrar um tombo de 3%, parcialmente recuperado na tarde de ontem, mas isso não significa que o temor de furo ao teto de gastos é coisa do passado. Para Marcio Lórega, gerente de research do Pagbank, o movimento visto ontem pode ter sido apenas um ‘repique’ de alta, já que a tendência mais baixista para a bolsa deve prevalecer. 

Quando o assunto é equilíbrio fiscal, os ruídos também partem da boca do chefe do Executivo. A primeira preocupação é com a reformulação do Bolsa Família. Em meio a queda de popularidade do governo e a proximidade das eleições de 2022, o presidente já fala em um benefício de R$ 400. 

Além do valor ser bem acima do que o mercado esperava, ainda há dúvidas sobre como a equipe econômica conseguirá acomodar as despesas dentro do teto de gastos. A falta de recursos para cumprir o compromisso de pagar cerca de R$ 89 bilhões em precatórios em 2022 é outro ponto de tensão. Sem saber como honrar a dívida, a equipe econômica pode arrastar o problema por mais alguns anos ou até mesmo dar um calote. 

Para Rodrigo Moliterno, essa situação gera desconforto e é o que pressiona o nosso índice, tirando o brilho dos balanços corporativos e dados macroeconômicos que sugerem uma recuperação. O Credit Swap Default (CDS), termômetro do risco-país, saiu de 158 pontos no fim de julho para os quase 180 que vemos agora.

A expectativa é de que tenhamos novidades sobre a reformulação do Bolsa Família ainda nesta semana. Mas, enquanto isso, o mercado de juros também segue pressionado na ponta mais longa. Confira as taxas do dia:

  • Janeiro/22: de 6,30% para 6,31%
  • Janeiro/23: de 7,86% para 7,85%
  • Janeiro/25: de 8,78% para 8,70%
  • Janeiro/27: de 8,95% para 9,04%

Com a variante delta do coronavírus ainda trazendo um clima de incerteza, os contratos futuros de petróleo apresentam mais um dia de queda expressiva, o que deve pesar sobre o Ibovespa já que as ações da Petrobras tendem a acompanhar o movimento. 

Sobe e desce

A alta de mais de 3% da Vale leva o Ibovespa a reduzir o ritmo de queda. A mineradora acompanha a recuperação do minério de ferro após uma sequência de quedas. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
VALE3Vale ONR$ 112,363,15%
BRAP4Bradespar PNR$ 76,153,00%
B3SA3B3 ONR$ 15,931,98%
GGBR4Gerdau PNR$ 31,311,89%
ABEV3Ambev ONR$ 17,131,60%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVAR
LAME4Lojas Americanas PNR$ 7,02-3,44%
AMER3Americanas S.A ONR$ 49,66-3,14%
SULA11SulAmérica unitsR$ 29,79-2,68%
CYRE3Cyrela ONR$ 20,37-2,54%
YDUQ3Yduqs ONR$ 27,77-2,49%

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