Bolsonaro não deve mais barrar a Huawei no leilão do 5G no Brasil
Segundo fontes do Palácio do Planalto e do setor de telecomunicações, o banimento da empresa chinesa provocaria um custo bilionário com a troca dos equipamentos
Sob pressão, o governo Jair Bolsonaro não deve barrar a Huawei do leilão do 5G do Brasil. Segundo fontes do Palácio do Planalto e do setor de telecomunicações, o banimento da empresa chinesa provocaria um custo bilionário com a troca dos equipamentos, e ficou ainda mais improvável com a saída do aliado Donald Trump da Casa Branca neste mês.
Um auxiliar do presidente disse que o discurso ideológico contra a empresa chinesa deve ser frustrado na prática. Assim como foi no caso da vacina Coronavac, feita pela chinesa Sinovac, com o Butantan, ligado ao governo de São Paulo, chefiado por João Doria, principal adversário político do presidente. Depois de idas e vindas, o Ministério da Saúde incluiu o imunizante no programa nacional.
A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicação móveis. Ela promete velocidades até 20 vezes superiores ao 4G e permite consumo maior de vídeos, jogos e ambientes em realidade virtual. O leilão está previsto para o fim do 1º semestre, e o edital deve ser aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fevereiro.
Apenas empresas de telecomunicações poderão adquirir as frequências - como se fossem rodovias no ar em que o sinal será transmitido. A infraestrutura, no entanto, é fornecida primordialmente pela Huawei, pela sueca Ericsson e pela finlandesa Nokia. Só um decreto presidencial poderia banir qualquer empresa.
A Huawei tem sido o principal alvo da diplomacia americana, que defende o banimento mundial da companhia sob a alegação de que atua como um braço de espionagem do Partido Comunista Chinês. Essa visão encontra respaldo da ala ideológica do governo. A Huawei, no entanto, nega as acusações, diz que atua há mais de 20 anos no Brasil e reafirma que nunca registrou nenhum problema de violação de dados nos países em que atua.
Regras
Todas as empresas que comprovarem requisitos de respeito à soberania e privacidade dos dados poderão oferecer equipamentos para a tecnologia 5G no Brasil, disse o vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista exclusiva ao Estadão. Ele disse já ter sido mal interpretado pelo próprio presidente ao falar sobre o 5G - no mês passado, chegou a ser desautorizado por Bolsonaro e pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Leia Também
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
"Vamos lembrar que uma coisa é o leilão de frequências, outra coisa é a infraestrutura. Ela tem de ter três vetores claros. Um, é o respeito à nossa soberania. Ou seja, os dados que transitam por ali têm de permanecer ali. Vamos parodiar aquela velha frase de quem vai a Las Vegas: ‘What happens in Vegas, stays in Vegas’ (O que se faz em Las Vegas fica em Las Vegas). Número dois, a privacidade dos nossos dados. E o número três é a economicidade. Então, esses três vetores, se a empresa X ou a empresa Y quer participar da infraestrutura, ela tem se comprovar com transparência, com accountability (prestação de contas), que está aderindo a esses três vetores."
Questionado diretamente se todas as empresas terão direito a participar da tecnologia nas mesmas condições, ele respondeu: "Desde que comprove efetivamente que vai preservar nossa soberania e privacidade de dados dos usuários".
Procurado para comentar as declarações de Mourão, o ministro-conselheiro Qu Yuhui, da Embaixada da China no Brasil, disse que as empresas chinesas já comprovaram confiabilidade, segurança e competitividade. "Não existe nenhum problema para as empresas chinesas cumprirem os critérios", disse ele, ao Estadão/Broadcast.
Em nota, a Huawei reafirmou o compromisso com o cumprimento das leis brasileiras e o respeito à soberania do País. "Estamos confiantes de que a decisão brasileira será tomada com base em critérios técnicos e não discriminatórios, beneficiando o mercado livre e contribuindo para uma rápida transformação digital do Brasil, acessível a todos os brasileiros.", disse ao Estadão/Broadcast o diretor global de cibersegurança da empresa, Marcelo Motta. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde