Ações do Assaí ganham novo impulso após lucro da empresa dobrar; veja o que dizem os analistas
Lucro foi de R$ 240 milhões no primeiro trimestre, um pouco acima do esperado; mercado fala que há espaço para papéis subirem mais até o final do ano
A atacadista Assaí, que já subiu 15% na bolsa desde a cisão com o GPA em março, ganhou mais um impulso após a divulgação de lucro duas vezes maior do que há um ano.
Por volta das 14h, a alta dos papéis da empresa (ASAI3) era de 4,6%, negociados a R$ 86,31 — no mesmo horário, o Ibovespa avançava 1,50%, puxado pelo balanço das siderúrgicas.
O Assaí, que faz parte do principal índice da bolsa, registrou um lucro de R$ 240 milhões no primeiro trimestre, com margem líquida de 2,5% — uma alta de 1,1 ponto percentual na comparação anual.
A varejista teve forte desempenho de vendas, com crescimento de 21% na base anual. O resultado reflete em parte a abertura de 18 lojas no período e o ganho de 11,4% das vendas pelo critério mesmas lojas (SSS).
A rápida maturação das lojas abertas e maior participação de clientes pessoa física — que têm uma cesta de produtos com margens mais altas — levou a companhia a uma margem bruta de 16%, representando uma alta de 0,4 ponto percentual.
A frente de serviços financeiros também registrou ganhos: foram 150 cartões emitidos pela companhia, o "Passaí", durante o primeiro trimestre. A empresa tem um total de 1,3 milhão de cartões emitidos.
Leia Também
O que dizem os analistas
Em relatório, o Goldman Sachs disse que o resultado apresentado pela empresa foi levemente acima do esperado. Os analistas do banco destacaram que o Assaí tem um perfil de crescimento orgânico "bem estabelecido".
Segundo eles, as ações da companhia são negociadas com desconto em relação aos papéis de outras empresas com perfil semelhante.
O P/E (índice de preço/lucro) projetado para o Assaí corresponde a 16,4 vezes para este ano e a 13,7 vezes para 2022, enquanto o segmento do varejo alimentar tem esses mesmos indicadores projetados em 17,7 vezes e 15,4 vezes, respectivamente, dizem os analistas.
O Goldman Sachs reiterou a recomendação de compra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 101 em 12 meses. Já a XP Investimentos é mais otimista: fala em potencial de R$ 120 para o final de 2021, também com recomendação de compra.
Para a corretora, os resultados de curto prazo da empresa devem seguir "sólidos". A XP diz ver o setor estruturalmente melhor no "novo normal" do que antes da pandemia devido a políticas flexíveis de home office e novos hábitos de consumo.
Os analistas da casa afirmam que o canal de atacarejo deve se beneficiar mais da retomada à normalidade, por ter um exposição ao segmento de bares, restaurantes e transformadores (B2B) — que tem sofrido mais com as restrições.
O atacarejo também ofereceria um melhor custo benefício em meio ao aumento de inflação e uma renda mais fragilizada, diz a XP.

Lado negativo
A XP também destacou entre os pontos negativos do balanço do Assaí o aumento de despesas operacionais, devido a maiores gastos com protocolos sanitários relacionados à pandemia.
Os analistas também lembram dos gastos com os reforços na estrutura do time de backoffice frente à cisão com GPA.
O Assaí também queimou R$ 396 milhões de caixa, menos do que os R$ 652 milhões por conta de uma melhora do resultado operacional e menos investimentos.
A alavancagem da companhia aumentou para 2 vezes dívida líquida/Ebitda (vs. 1,8 vez no quarto trimestre de 2020), "porém muito abaixo do reportado no primeiro trimestre de 2020", que foi de 4 vezes, lembram os analistas.
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
