O rock errou: uma ideia para o Brasil
Superado o furacão do anúncio da última segunda-feira, com os mercados em patamares recordes e as carteiras indo bem, podemos respirar.
Nada demais também. Só um pequeno olhar com afastamento, para que possamos deixar de enxergar as nervuras das folhas e contemplar a floresta toda. Se você abaixa a guarda um minuto, já era todo o planejamento de um ano. Como ensina o filósofo Mike Tyson, “todo mundo tem um plano até levar um soco na cara”.
Hoje vamos gravar um episódio do podcast RadioCash com a deputada Tabata Amaral, uma das lideranças jovens brasileiras mais relevantes e ativista em prol de melhores políticas públicas para a educação.
O tema educacional sempre me foi muito caro. Há vasta literatura acadêmica relacionando desenvolvimento econômico com educação. Não há outro caminho. Para mim, porém, a questão vai além. A educação é um valor em si.
Não é uma conversa politicamente correta. Não combina comigo. Aliás, é justamente o contrário. Por vezes, identifico um discurso distorcido em relação à educação.
Primeiro, é corriqueiro vermos a defesa da educação estar mais associada a um tema da esquerda. Isso é falso. O liberalismo e sua meritocracia presumem igualdade de oportunidade — não é à toa que você vê o Arminio Fraga, um dos grandes gestores brasileiros e ex-Soros Fund, falar disso insistentemente.
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O buraco é mais embaixo. Embora o discurso em favor de “mais gastos com educação” da “turma do bem” pareça sempre atraente, a sensação que tenho é que esse pessoal esquece de fazer conta. “Deveríamos gastar por aluno no Brasil o mesmo que se gasta na Europa ou nos EUA.” O argumento soa bonito, mas é uma atrocidade. Com que dinheiro? Se os orçamentos públicos fossem os mesmos, então poderíamos ter o mesmo gasto por aluno. O cobertor é curto. Se você puxa para educação, falta para saúde. Se pega para saúde, falta para segurança. A realidade é dura.
Muitos dos professores sobre políticas educacionais precisavam ser alunos de macroeconomia e contabilidade nacional. Não só eles deveriam voltar ao banco da escola.
Esta é minha ideia para o Brasil: a política para educação precisa levar à base, em nível federal, público e também particular, aulas de contabilidade nacional e finanças pessoais.
As implicações da falta de conhecimento na área são amplas e profundas.
Em outro episódio do RadioCash, já gravado e que vai ao ar na semana que vem, Maílson da Nóbrega nos lembra que a inflação está entre os critérios mais relevantes para a determinação do voto. Se um político não combate o descontrole de preços, encontra chances menores de reeleição.
Curioso é que essa mesma população tão crítica à carestia, muitas vezes defende o aumento do gasto público, políticas de transferências, mais serviços e maior presença do Estado. As coisas não ornam. Muito do processo inflacionário no Brasil se deve justamente ao descontrole fiscal.
Cobra-se controle de preços ao mesmo tempo em que há pressão por mais gasto público. Trunca o debate. Elegem-se políticos populistas, que agravam o problema fiscal. Por sua vez, a falta de espaço fiscal impede melhores políticas sociais, que resulta em menor educação. Ficamos condenados a um ciclo vicioso, em que se alternam populistas de esquerda e direita, enquanto se preserva um nível educacional aquém do nosso patamar médio de renda per capita.
Há que se tomar cuidado com o que se deseja. A defesa de mais gasto público é também o desejo não percebido de mais inflação à frente.
Fundamos a Empiricus para melhorar a relação dos brasileiros com finanças e investimentos. Essa é só uma pontinha do iceberg. A história precisava começar na infância. Minha dedicação pessoal estará nesta causa.
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