Juntas e shallow now?
Meu avô dizia que, para ser aposentado (ou velho, não lembro bem que palavra ele usava, risos), é preciso gostar de novela e filme repetido. Ele não chegou a viver a era do streaming. Pois para acompanhar a newsletter do Seu Dinheiro é preciso gostar (ou pelo menos tolerar) piada ruim e meme repetido.
Hoje o Ivan Ryngelblum me provocou. Ao escrever sobre a reação das ações da Hering e da Arezzo à possibilidade de fusão entre as duas empresas, questionou: “Estamos diante do nascimento de uma estrela?” Não deu para evitar. Desculpa.
Se você acompanhou o noticiário da manhã, pode estar se perguntando: mas a Hering recusou a proposta de fusão da Arezzo. Como assim “nasce uma estrela”? É porque, pelo andar da carruagem, a negociação ainda não teve um ponto final.
Hoje ficamos sabendo de alguns detalhes sobre a proposta, e pelo jeito a Arezzo não deve desistir assim tão fácil. Originalmente uma varejista de calçados e acessórios, a companhia está sedenta por expandir suas atividades por outros ramos da moda e se firmar também no segmento de vestuário, como mostrou a sua recente aquisição da Reserva.
Já a Hering está num momento difícil, mas tem boa reputação e marca forte, o que a transforma num bom alvo para fusões e aquisições. Como dizia uma antiga chefe minha, um “problema bom de resolver”.
O mercado também avaliou que essa história ainda deve ter desdobramentos, e que uma união das duas companhias é sim bem possível. Tanto é que ambas dispararam na bolsa hoje - a Hering subiu quase 30%, a maior alta do Ibovespa no dia, com folga.
Leia Também
Nesta matéria, meu colega Ivan explica os detalhes da proposta recusada da Arezzo, o momento que vivem as duas empresas, as razões de uma união ser benéfica para os negócios de ambas e alguns possíveis caminhos a partir de agora.
Mas apesar da reação positiva das ações hoje, tem gente no mercado que se mantém cautelosa. O Goldman Sachs, por exemplo, acha que ainda não é hora de comprar ações da Hering. Entenda a visão deles nesta matéria do Kaype Abreu.
MERCADOS
• Com sinais cada vez mais claros de que a economia americana está de fato deixando a crise para trás, Wall Street teve um dia de gala - e o Ibovespa pegou carona. O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,34%, aos 120.700 pontos. O dólar à vista aproveitou para ter um dia de alívio. Confira todos os lances na nossa cobertura de mercados.
• Vem uma mudança por aí que, segundo analistas, é boa para o mercado: a partir do próximo mês a B3 fará uma atualização na sua metodologia para o vencimento de opções. Confira as novidades nesta matéria.
EMPRESAS
• Será que o empréstimo com cashback agora vira realidade? A Méliuz agradou os investidores hoje ao anunciar o lançamento de uma plataforma própria para simulação e contratação de empréstimos em dezenas de instituições financeiras.
• A Compaq, marca de notebooks e desktops da HP, será produzida e comercializada pela Positivo. Com a novidade, a empresa brasileira expande a sua atuação em mais um nicho do mercado tecnológico.
• Quem será capaz de parar o Magalu? O Mercado Livre tentou impedir a compra da fintech Hub Prepaid, mas foi derrotado pela varejista nos tribunais do Cade.
• A Petrobras volta a aumentar o preço dos combustíveis a partir de amanhã: o diesel em 3,7% e a gasolina em 1,9%. É o primeiro aumento depois da saída de Roberto Castello Branco da presidência da empresa. Veja o impacto.
• A SpaceX parece ter ganhado ainda mais confiança dos investidores. A empresa de foguetes de Elon Musk ampliou a rodada de captação que havia realizado em fevereiro deste ano para quase US$ 1,2 bilhão (R$ 6,75 bilhões, no câmbio atual). Saiba mais.
ECONOMIA
• O setor de serviços avançou 3,7% em fevereiro, em relação ao mês anterior, segundo o IBGE. É o oitavo resultado positivo, além de ser a primeira superação do nível pré-pandemia. Veja os destaques dos dados divulgados pelo instituto.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
