Bolsa hoje: desdobramento dos precatórios no radar – o filho que ninguém quer
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode votar o parecer à PEC dos precatórios, de modo a já tentar dar contornos mais firmes à problemática

Nesta quinta-feira (16), em terras tropicais brasileiras, a discussão sobre o meteoro dos precatórios segue aquecida, ainda sem um desfecho definido e deve influenciar na bolsa.
Lá fora, as vendas no varejo e os pedidos de seguro-desemprego, ambos pela manhã nos EUA, serão destaques da agenda internacional para que os investidores estimem as condições econômicas em solo americano, diante do receio de uma estagnação caso as vendas venham abaixo do esperado e os pedidos acelerem depois da semana retrasada.
As Bolsas na Ásia não tiveram um bom dia, depois de dados do comércio japonês de agosto mostrarem uma desaceleração nas exportações. Naturalmente, à medida que o consumo se torna menos focado em bens, o crescimento do comércio deve desacelerar.
Paralelamente, na Europa, as Bolsas amanhecem de bom humor, acompanhadas por estabilidade dos futuros americanos, tendendo para o negativo.
A ver...
Precatórios: ninguém quer este filho
O mercado tem digerido com cautela as sucessivas revisões para baixo do PIB de 2022, que já rodam entre 0,5% e 1,5%.
Leia Também
A inflação, a crise hídrica e a falta de previsibilidade fiscal, principalmente pela questão dos precatórios, aprofundam o contexto de aversão ao risco, temática presente ao longo deste trimestre (o Ibovespa cai 13,67% em dólares desde o início de julho).
Ontem (15), em dia de vencimento de opções sobre os futuros, a tensão entre o ministro Paulo Guedes e o presidente do STF foi notada, quando o segundo pontuou que tentavam “colocar em seu colo um filho que não era seu”.
Sobre a definição deste tema, se o Judiciário não ajudar como se antecipava anteriormente que seria o caso, o Legislativo terá que matar no peito, como já articula o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Hoje, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode votar o parecer do deputado Darci de Matos (PSD-SC) à proposta de emenda à Constituição dos precatórios, de modo a já tentar dar contornos mais firmes à problemática.
O STF, por sua vez, tem na fila para julgar o recurso do estado do Rio de Janeiro, que sustenta a possibilidade de o ente público optar pela realização do pagamento dos precatórios de maneira integral, observada a ordem de precedência, ou de maneira parcelada.
Contando as vendas do mês de agosto
Hoje, as vendas no varejo em agosto nos EUA são o destaque. A estimativa de consenso é de um declínio mensal de 1% a partir do nível do mês anterior, depois de cair a uma taxa semelhante em julho (excluindo automóveis de junho).
Sabemos que os gastos dos americanos estão em fase de transição de bens para serviços (lazer, por exemplo), o que prejudica uma avaliação sóbria dos dados.
Vale lembrar que os gastos dos consumidores norte-americanos com as economias que guardaram em 2020 durante a pior fase da pandemia impulsionaram a recuperação econômica dos EUA e ajudaram na recuperação em outros lugares e bolsas.
O dado será útil para tentar dar uma pequena melhoria no cruel mês de setembro – como já comentamos aqui no Transparência Radical, o retorno médio do S&P 500 durante o mês de setembro desde 1928 foi de -0,99.
Até agora, a história parece estar a caminho de se repetir, uma vez que o S&P 500 caiu 0,93% durante os primeiros dez pregões de setembro, o pior início de dez dias para um mês desde setembro passado, quando o índice caiu 2,8% (o S&P 500 encerrou setembro de 2020 com uma queda de 3,9%).
O Dow Jones, por sua vez, caiu 1,55% até agora em setembro. Talvez os dados de hoje, se vierem positivos, invertam a tendência.
Petróleo e política monetária
Se por um lado as Bolsas americanas, cavalo certeiro para ganhos em 2021, têm apresentado dificuldades em setembro, por outro, investidores têm ficado animados com o mercado de energia.
Ontem, os preços do petróleo aceleraram uma recente recuperação depois que um relatório do governo dos EUA mostrou uma redução nos estoques para a semana encerrada em 10 de setembro, que foi mais acentuada do que o esperado – o petróleo já sobe 6,6% nas últimas quatro sessões.
Claro que petróleo mais caro indica mais inflação para o mundo em uma segunda pernada. Em resposta, já vemos movimentações sobre apertos monetários em diferentes países, não só no Brasil, inclusive em mercados desenvolvidos.
É o caso da Zona do Euro, em que a presidente do BCE, Christine Lagarde, já anunciou redução pequena no nível de compra mensal de ativos e hoje volta a falar, podendo dar mais novidades sobre o processo.
Anote aí!
Nos EUA, além das vendas no varejo, o Departamento do Trabalho informa os pedidos iniciais de seguro-desemprego estadual para a semana encerrada em 11 de setembro. Na Europa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa da primeira edição do HEC Talks e poderá dar detalhes do plano de aperto monetário europeu e deve ter efeito na bolsa.
Aqui no Brasil, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado promove audiência pública sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, com o presidente da instituição, Marcos Troyjo.
Ainda hoje, a Secretaria de Política Econômica divulga a grade de parâmetros macroeconômicos, com posterior coletiva do secretário Adolfo Sachsida.
Muda o que na minha vida?
Ontem (15) de noite, os EUA tiveram a primeira missão totalmente civil a orbitar a Terra. Esta missão, a Inspiration4 da SpaceX, é muito mais ambiciosa e tecnicamente difícil do que os voos espaciais de outros bilionários.
O voo Blue Origin de Bezos foi a primeira missão suborbital totalmente civil, e a viagem de Richard Branson, da Virgin Galactic, foi tão suborbital que alguns questionam se ele estava no espaço.
Agora, porém, temos a primeira tripulação inteiramente civil a entrar em órbita, indo muito além da Estação Espacial Internacional a uma altura de 579,4 km acima da Terra.
Muito mais distante do que os voos recentes de Richard Branson da Virgin Galactic (80,5 km acima) e Jeff Bezos da Blue Origin (104,6 km acima), que discutiram sobre a definição de espaço durante seus voos suborbitais em julho.
Os próximos dias serão uma prova de conceito para a indústria de voos espaciais privados mais ampla, que espera enviar muito mais pessoas ao espaço nos próximos anos.
A tripulação de quatro pessoas passará três dias em órbita e realizará uma série de experimentos médicos e coleta de dados. Essas informações serão cruciais para as próximas missões, à medida que mais astronautas vão para o espaço (apenas 600 pessoas já estiveram no espaço na história).
Por meio de seu Programa de Tripulação Comercial, a NASA investiu bilhões na Boeing e na SpaceX para fazer decolar os voos espaciais comerciais. Esta é a primeira missão totalmente civil da SpaceX e o quarto voo tripulado no geral, colocando-a anos-luz à frente da Boeing, que ainda não enviou humanos ao espaço.
Os assentos, porém, ainda são muito caros (US$ 450 mil por pessoa para a Virgin Galactic) para o consumidor médio pagar. Ainda assim, o interesse pelo espaço tem crescido a uma taxa exponencial, especialmente nos mercados públicos.
De 2000 a 2018, as startups espaciais atraíram US$ 22,6 bilhões em investimentos, mas esse número aumentou rapidamente nos últimos anos, acumulando US$ 6,5 bilhões em 2019 e US$ 7,6 bilhões em 2020.
Agora, as empresas estão lutando por participação em um mercado espacial que triplicará de tamanho para mais de US$ 1 trilhão em vendas anuais até 2040, de acordo com o Morgan Stanley, cuja previsão pressupõe um rápido desenvolvimento no turismo espacial, pousos na lua e internet de banda larga via satélite.
Fique de olho!
Descubra o que o “Efeito Cripto” pode fazer por você e pela sua carteira
Somente nos últimos 5 anos, o Bitcoin entregou um retorno bruto de mais de 19.400%, o que seria capaz detransformar R$ 1 mil investidos em R$ 195 mil, bruto de impostos, ou então, bastaria ter investido apenas R$ 10 mil, para superar a marca de R$ 1,9 milhão, de acordo com o CoinMarketCap.
Recentemente, o Mike McGlone, estrategista sênior de commodities da Bloomberg Intelligence, disse que o Bitcoin pode superar seu topo histórico de US$ 64.829 já nos próximos meses.
Apesar de retornos passados não garantirem retornos futuros, o fato é que, cada vez mais, vemos players gigantes do mercado adotando o Bitcoin para compor seus portfólios.
Além do Bitcoin, o crescimento exponencial dos ativos de finanças descentralizadas (DeFi) e as explosivas NFTs já colocaram muito dinheiro no bolso dos investidores mais atentos.
Uma verdadeira revolução está acontecendo, e se você ainda NÃO é uma dessas pessoas, recomendamos fortemente que você conheça agora todo o Potencial Multiplicador do “Efeito Cripto”.
Nesse momento que a Bolsa não está entregando o que se espera, você tem a chance de investir em um mercado totalmente descorrelacionado, onde pessoas comuns conseguiram ter ganhos exponenciais.
Essa oportunidade está disponível para TODOS os investidores.
Convidamos você a clicar no botão abaixo para saber como “Efeito Cripto” pode transformar pequenas quantias em retornos explosivos na sua carteira.
[QUERO CONHECER O EFEITO CRIPTO]
Atenção:
- Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir. Não há garantia de retorno. Retornos passados não garantem retornos futuros.
- Antes de investir, verifique se o apetite a risco do fundo está em linha com o seu perfil de investimento.
- As rentabilidades apresentadas nas comunicações da Vitreo não são líquidas de impostos.
- A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje