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Rafaella Bertolini
Aumento nos preços

IPCA sobe 0,87% em agosto e fica bem acima das projeções do mercado; veja o que mais pesou na inflação

A gasolina foi a grande vilã do mês e subiu 2,80%, tendo o maior impacto individual no indicador

Rafaella Bertolini
9 de setembro de 2021
9:03 - atualizado às 12:58
Imagem mostrando uma bomba de combustíveis abastecendo um carro, sinalizando o preço da gasolina e do etanol ao consumidor | ICMS
Com a alta nos preços e o aumento da conta de luz, inflação piora / Imagem: Shutterstock

Nesta manhã, o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto, mostrando uma inflação ainda mais acentuada e bem acima das expectativas do mercado

O principal índice de evolução dos preços no país subiu 0,87% em agosto, ante a mediana estimada por economistas de 0,70%, conforme levantamento do Broadcast. As projeções iam de 0,62% a 0,85%.

Em julho o índice havia marcado 0,96%. No acumulado dos 12 meses a inflação está em 9,68%, acima dos 8,99% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em 2021, o IPCA acumula alta de 5,67%.

De acordo com a divulgação mais recente do Boletim Focus, publicada no último dia (06), a mediana das previsões para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor) neste ano foi 7,58%.

Lembrando que a meta estipulada pelo Banco Central (BC) em 2021 é de 3,75%, com o piso em 2,25% e o teto em 5,25%.

Alta dos preços

Dos nove grupos pesquisados, oito registraram aumento em agosto, afirmou o IBGE. A maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) vieram do transporte, influenciado principalmente pelos combustíveis.

Combustíveis e transporte

A gasolina foi a grande vilã do mês e subiu 2,80%, tendo o maior impacto individual. O Etanol (4,50%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%) também ficaram mais caros em agosto.

Ainda no grupo de transportes, os veículos próprios (1,16%), registraram alta de 1,98% nos automóveis usados, 1,79% nos novos, e 1,01% em motocicletas.

Transportes públicos tiveram queda média de 1,21%, sob influência de uma queda de 10,69% nos preços das passagens aéreas.

Inflação dos alimentos

Os preços dos alimentos continuam pesando sem trégua no bolso dos consumidores. Com alta de 1,39% (mais que o dobro da alta de 0,60% registrada em julho), o grupo de alimentação e bebidas foi o segundo de maior impacto sobre a inflação do mês de agosto.

Maiores aumentos:

  • Batata-inglesa: 19,91%
  • Café moído: 7,51%
  • Frango em pedaços: 4,47¨
  • Frutas: 3,90%
  • Carnes: 0,63%

A alimentação no domicílio saltou de 0,78% para 1,63% em um mês.

Conta de luz

Mesmo vindo mais alta, o aumento na conta de energia foi mais leve no mês de agosto comparado a julho. Foi registrado aumento de 1,10% ante 7,88% no mês anterior.

Além disso, os preços do gás encanado (2,70%) e gás botijão (2,40%) também aumentaram.

Serviços

Entre os principais aumentos de preços no mês para o grupo de serviços estão:

  • Aluguel de veículos (6,61%)
  • Serviços de streaming (6,39%)

O setor apresentou desaceleração no mês de agosto. Segundo André Almeida, analista da pesquisa divulgada pelo IBGE, o abrandamento no preço dos serviços se da sobretudo, a queda das passagens aéreas.

Em julho houve um surpreendente aumento de 35,22% das passagens, este mês a queda foi de 10,69%.

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