Pré-mercado: Risco fiscal pressiona bolsa brasileira, que deve digerir Brasília em dia de cautela antes da Ata do Fed
As reuniões dos Poderes e de representantes do Banco Central devem movimentar os negócios hoje

A bolsa brasileira deve acompanhar os desdobramentos dos debates envolvendo a reforma do Imposto de Renda. O Ibovespa ainda deve ser influenciado pelos desdobramentos políticos do exterior nesta quarta-feira (18).
A reforma do IR foi adiada mais uma vez na Câmara dos Deputados. Fontes ouvidas pelo Broadcast afirmam que há muito tempo o texto “já não se paga”. A briga por recursos do IRPJ, que coloca em xeque principalmente o caixa de estados e municípios, segue sem um acordo, segundo Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado.
Os debates ocorrem em meio a uma tensão envolvendo o teto de gastos, que já foi extrapolado este ano em virtude dos reflexos da pandemia de covid-19. O Orçamento para 2022, entretanto, segue pressionado pelo ano de eleição e pela necessidade de o presidente Jair Bolsonaro conseguir encaixar um “pacote de bondades”, visando aumentar sua popularidade para o próximo pleito.
Você pode conferir o que movimenta o Congresso Nacional e como isso mexe com os seus investimentos clicando aqui.
Na agenda do dia, a crise das instituições ganha um novo capítulo, com uma reunião marcada entre o presidente do STF, Luiz Fux, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Há algumas semanas, Fux cancelou uma reunião com os representantes dos Poderes após falas de Bolsonaro sobre as eleições.
Além disso, com o cenário fiscal em jogo, representantes de Política Monetária, Política Econômica e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central participam de reunião hoje. O evento é fechado à imprensa.
Leia Também
No pregão de ontem, o Ibovespa encerrou o dia aos 117.903 pontos, uma queda de 1,07%. O dólar à vista também fechou em queda, de 0,20%, a R$ 5,2701.
Ata do Fed
O Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, deve divulgar ainda hoje a ata de sua última reunião de política monetária. O texto deve trazer os próximos passos da retirada de estímulos da economia, ação conhecida como tapering.
Diversos dirigentes do Fed já sinalizaram que a retirada de estímulos deve acontecer somente no próximo ano. ao mesmo tempo, a atual política de compra de ativos está pressionando a inflação e a curva de juros para cima e influenciando pouco os números do emprego.
China X Tech
O primeiro ministro da China, Xi Jinping, emitiu um comunicado por meio da cadeia nacional à empresas do setor de tecnologia. Segundo ele, o Partido Comunista Chinês pretende tomar medidas mais amplas e contra o setor, ao invés de direcionar suas forças para "más práticas".
A mídia estatal chinesa relatou que Xi fez afirmações sobre a necessidade de "regulamentar rendas excessivamente altas e encorajar grupos e empresas de alta renda a retornarem mais à sociedade" em reunião do governo. A investida contra empresas de tecnologia do Gigante Asiático deve colocar ainda mais pressão sobre os índices internacionais.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quarta-feira em alta, em movimento de recuperação depois de uma sequência de quedas. Os dados da China, divulgados na última segunda-feira (16), pioraram o sentimento dos investidores.
Na Europa, as bolsas abrem sem direção única, após dados regionais de inflação da Zona do Euro apontarem para uma alta mais forte dos preços, enquanto no Reino Unido, o avanço é mais moderado.
Por fim, os futuros de Nova York operam em queda, com o aumento da cautela antes da ata da última reunião do Federal Reserve.
Os investidores internacionais devem seguir de olho nos dados de construção de moradias dos estados unidos e nos desdobramentos da crise humanitária no Oriente Médio.
Agenda do dia
- Banco Central: Diretores do BC, Bruno Serra Fernandes (Política Monetária), Fábio Kanczuk (Política Econômica) e Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) participam de reunião com economistas (9h)
- Congresso Nacional: Presidente do STF, Luiz Fux, e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), têm reunião (13h)
- Tesouro Nacional: Secretário Especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, participa de audiência na CMO sobre o cenário econômico e fiscal (14h)
- Estados Unidos: Federal Reserve divulga a ata de sua última reunião (15h)
Bolsonaro diz que governo trabalha com alternativas para financiar Auxílio Brasil
O Ministério da Cidadania já confirmou que o reajuste no Bolsa Família será apenas para R$ 240 em novembro e o governo conta com a aprovação da PEC dos precatórios para fazer um pagamento maior a partir de dezembro.
Furo no teto e Guedes na corda bamba elevam apostas para os próximos passos da Selic; contratos de DI atingem oscilação máxima
Hoje os olhos do mercado se voltam para o próprio Guedes, com temores de que o ministro seja o próximo a pular fora do barco. A curva de juros reage
Com lambança fiscal do Auxílio Brasil, taxa dos títulos do Tesouro Direto já rende quase 1% ao mês
Quem investir hoje no título do Tesouro Direto prefixado com vencimento em 2031 leva para casa um retorno de 12,10% ao ano, o equivalente a 0,9563% ao mês
Cuidado fiscal: Presidente da Câmara quer PEC dos Precatórios dentro do teto de gastos
Arthur Lira (PP-AL) afirma que vai conversar com o STF para que a corte faça a intermediação com o governo para encontrar uma solução
AGORA: Ibovespa futuro abre em queda de mais de 1% enquanto dólar avança hoje
Os bons dias da bolsa brasileira parecem ter ficado para trás e o clima da eleição de 2022 tomou conta das decisões do Congresso
Pré-mercado: Ata do Fed repercute nas bolsas e Ibovespa deve cair hoje com risco fiscal e aumento da cautela no radar
Os bons dias da bolsa brasileira parecem ter ficado para trás e o clima da eleição de 2022 tomou conta das decisões do Congresso
AGORA: Ibovespa futuro opera em alta, mesmo com risco fiscal e exterior em compasso de espera antes da ata do Fed; dólar avança hoje
A tensão política também aumenta em Brasília e a reforma do Imposto de Renda segue sem um acordo entre os entes da federação
Pré-mercado: sem maiores indicadores no exterior, bolsa deve sentir risco fiscal e prévia do PIB (IBC-Br) hoje
Além disso, o Ipea deve divulgar a inflação por faixa de renda ainda hoje e os balanços após o fechamento e antes da abertura também devem movimentar os negócios
As rainhas do curto prazo: a variante delta e o quadro fiscal brasileiro
Como a vida de Maria Stuart pode nos ensinar sobre as diferenças entre os ruídos do momento e a consistência necessária no longo prazo
Queda de Vale e Petrobras pressiona, mas Ibovespa e dólar se agarram ao menor sinal de respeito ao teto de gastos
Além disso, o medo da variante delta do coronavírus segue pressionando os mercados e as commodities de energia e infraestrutura
Risco fiscal e cautela pré-Copom pesam e o Ibovespa recua 1%; Petrobras tem forte queda antes do balanço
A temporada de balanços segue a todo vapor, mas o Ibovespa também fica de olho nos atritos políticos em Brasília e nas contas públicas
Luz no fim do túnel: superávit primário está mais próximo do que o mercado imagina
Mesmo com tentativa de furar o teto de gastos, orçamento fictício e novos gastos extraordinários, o país pode ter superávit de 0,4% do PIB em 2023
Bolsonaro, sobre auxílio: nossa capacidade de endividamento está no limite
Além de justificar as decisões sobre os valores do programa social, presidente criticou Lula e descartou intervenção sobre os preços da carne
Após diversas polêmicas, Guedes demite secretário da Fazenda, dizem sites
Waldery Rodrigues foi duramente criticado pela forma com que conduziu o processo de aprovação do Orçamento de 2021
Marcos Pontes classifica corte de orçamento como “estrago” para pesquisas
Presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 200 milhões que seriam usados no desenvolvimento da vacina contra covid-19 “100% brasileira”
Máquina pública pode parar após cortes orçamentários, avalia IFI do Senado
Em nota técnica, a instituição afirma que o risco de shutdown é elevado e que a composição do corte poderá levar a prejuízo de políticas públicas essenciais
Governo e Congresso fecham acordo, mantêm emendas e deixam R$ 125 bi fora do teto
Governo cedeu à pressão e deve preservar R$ 16,5 bilhões em emendas dentro do Orçamento a partir de cortes em custeio e investimento
Selic maior pode elevar dívida do Brasil em R$ 100 bilhões
Tesouro pode optar por mudanças na estratégia de emissões de papéis para suavizar o impacto nos próximos meses, diz economista
Por lei apoiada por Michelle, Bolsonaro dribla Economia
Cálculos do governo apontam o risco de aumento na despesa com o BPC em R$ 5 bilhões com lei que declara a visão monocular como deficiência
Congresso aprova Orçamento de 2021 com “festa de emendas” e que arrisca teto de gastos
Lei orçamentária prevê mais verbas para emendas parlamentares e militares e corte nas despesas obrigatórias de Previdência Social