Rogério Xavier, da SPX, vê euforia local e minimiza disputa entre Lula e Bolsonaro
Para o gestor, investidores vão ancorar otimismo em crescimento dos EUA neste ano, “novo boom das commodities” e avanço do processo de vacinação
O sócio-fundador da SPX Capital, Rogério Xavier, disse que não vê as eleições de 2022 como um problema para o mercado doméstico, ao menos pelos próximos seis meses.
"O mercado é muito cínico. As pessoas ainda vão usar o argumento de que [uma eventual eleição do ex-presidente] Lula não é tão ruim assim, de que ele será o mesmo do primeiro mandato", disse em evento da EQI Investimentos nesta segunda-feira (24).
Por outro lado, a reeleição do presidente Jair Bolsonaro seria uma continuação da política de Paulo Guedes, defende o gestor. "Acho que não há nada que atrapalhará a animação dos ativos no geral".
Pesquisa Datafolha divulgada no último dia 12 mostrou que Lula tem 41% das intenções de voto no primeiro turno e Bolsonaro, 23%. Candidatos da "terceira via" têm no máximo 7%, segundo o levantamento.
Euforia local
Xavier fala em uma "certa euforia" do mercado local por conta de três fatores: possível crescimento dos Estados Unidos na ordem de 10% neste ano, "novo boom das commodities" e avanço do processo de vacinação.
"Se o investidor pudesse escolher um cenário, ele estaria escolhendo esse".
Rogério Xavier, da SPX
O gestor, no entanto, aponta o risco de o Fed, o banco central dos EUA, estar errado a respeito da inflação. Apesar da alta recente dos preços, a autoridade monetária vê as expectativas de longo prazo "bem ancoradas" e aponta uma tendência desinflacionária.
Segundo Xavier, se o Fed estiver errado, "essa estrutura de curva [de juros] do mercado está toda errada". "Os efeitos são óbvios: EUA chupam a poupança do mundo para eles, e sobra menos para os emergentes", disse.
O que fazer
Para o gestor, os títulos NTN-B, que acompanham a inflação, podem ser uma "excelente alternativa". "Pode ser que a inflação implícita não esteja tão barata assim, mas os juros embutidos no papel estão elevados."
Em maio, a SPX disse em carta que estava com posições compradas, no mercado acionário brasileiro, nos setores de consumo, mineração e serviços financeiros. A alta das commodities e o reaquecimento gradual do consumo foram apontados como fatores decisivos para a alocação.
No exterior, a SPX também fez algumas apostas para surfar os temas do momento, aumentando o posicionamento comprado em Europa; no mercado americano, ações de empresas que se beneficiam da proposta de aumento de impostos corporativos agora têm um peso maior no portfólio.
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