🔴 [NO AR] ONDE INVESTIR EM MAIO: CONFIRA +30 RECOMENDAÇÕES PARA ESTE MÊS – ASSISTA AGORA

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

fechamento da semana

Disparada dos juros futuros americanos impede recuperação total do Ibovespa; dólar recua na semana após ações do BC

Em semana marcada pelas aprovações do pacote de estímulos nos EUA e da PEC Emergencial por aqui, além do retorno do ex-presidente Lula ao cenário político, a bolsa recuou 0,90%. Já o dólar contou com uma ajudinha do BC

Jasmine Olga
Jasmine Olga
12 de março de 2021
19:45 - atualizado às 20:44
Grafico Queda PEC emergencial lula juros americanos diinheiro emergência estatua da liberdade
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Nesta semana, a pandemia do coronavírus completou oficialmente um ano. Foi no dia 11 de março de 2020 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que o “novo coronavírus” havia atingido o status de pandemia. Foi há um ano também que a maior parte das pessoas abandonaram os seus escritórios com a esperança de estar de volta em apenas algumas semanas. 

O “aniversário” da pandemia não foi marcado pela tão sonhada volta à normalidade. Muito pelo contrário. Ao longo da semana o que se viu foi uma nova rodada de medidas ainda mais restritivas em diversas regiões do país, principalmente no estado de São Paulo, para contornar os problemas de um sistema de saúde que entrou em colapso e a disseminação de novas variantes ainda mais letais. 

Nem mesmo o retorno inesperado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jogo político foi capaz de ofuscar a pandemia. Bom, no dia da decisão não se falava em outra coisa, mas logo as atenções do mercado se voltaram para as pautas mais urgentes e que, de fato, deram o tom dos negócios nesta semana. 

Tendo em vista os sinais fracos da economia brasileira e a intensificação das medidas de isolamento, o Congresso tem pressa em viabilizar uma nova rodada de pagamento do auxílio emergencial para a população mais pobre. O primeiro passo para isso foi dado, com a votação da PEC Emergencial. Ainda que o texto final tenha sido desidratado, o saldo final foi considerado positivo pelo mercado.

Nos Estados Unidos, a economia começa a reagir, mas ainda está longe do ideal. Para contornar os efeitos do coronavírus, o presidente Joe Biden finalmente sancionou o aguardado pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão. 

Essas duas medidas, tão aguardadas pelo mercado há meses, foram responsáveis por evitar que o Ibovespa tivesse uma queda mais expressiva após o tombo de quase 4% diante do “efeito Lula”.

Leia Também

O saldo final foi de uma queda de “apenas” 0,90%. Hoje, o dia fechou no vermelho, mas esteve muito mais relacionado a fatores externos do que ao cenário local. O retorno dos títulos públicos americanos voltou a disparar e levou o Ibovespa a fechar em queda de 0,72%, aos 114.160 pontos. 

Após avançar acima da casa dos R$ 5,80, o câmbio fechou a semana com um recuo de 2,18%, após inúmeras atuações do Banco Central para tentar segurar a moeda. Hoje o avanço foi de 0,30%, a R$ 5,5597. 

Na cola do mercado de juros americano, os juros futuros tiveram mais um dia de alta. Na semana que vem, tanto o Banco Central brasileiro quanto o Federal Reserve divulgam as suas decisões de política monetária. Por aqui, o consenso é de uma alta da taxa Selic. Nos EUA, os investidores precificam a manutenção da taxa básica, mas começam a precificar uma alta antes do esperado, o que influencia na ponta mais longa da curva. Confira as taxas de fechamento desta sexta-feira:

  • Janeiro/2022: de 4,13% para 4,22%
  • Janeiro/2023: de 5,91% para 5,96%
  • Janeiro/2025: de 7,37% para 7,40%
  • Janeiro/2027: de 7,90% para 7,96%

Enfim, aprovados!

Depois de meses de negociação e muita tensão no mercado, dois pacotes de socorro foram enfim aprovados nesta semana. 

Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes finalmente aprovou o pacote de US$ 1,9 trilhão, sancionado ontem pelo presidente Joe Biden. No Brasil, o Congresso encerrou a votação da PEC Emergencial. Os dois temas trouxeram volatilidade e - após a aprovação - alívio aos mercados. 

No caso brasileiro, a PEC abre caminho para o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial, com gatilhos para conter os gastos públicos e não deteriorar ainda mais o cenário fiscal. Ao longo da semana, o presidente Jair Bolsonaro chegou a apoiar uma medida que deixaria de fora a segurança pública do congelamento de promoções, gratificações e salários, mas, no fim, o relator da pauta e o presidente da Câmara, Arthur Lira, chegaram a um acordo que ignorava a proposta. 

Na visão de Alexandre Almeida, economista da CM Capital, o texto foi de fato desidratado, mas, para o mercado, a espinha dorsal pretendida pela equipe econômica foi mantida e as mudanças não foram “tão relevantes”, já que o maior temor era de que diversas categorias saíssem do rigor fiscal.

Com sinais fracos da economia brasileira, como os números do varejo de janeiro divulgados hoje e uma inflação mais forte, e novos lockdowns previstos, a retomada do auxílio emergencial é vista como essencial para amparar a população mais carente e manter a economia em funcionamento. 

Faca de dois gumes

A aprovação do pacote fiscal nos Estados Unidos não foi recebida apenas com festa. Depois de um dia de trégua, os juros futuros dos EUA voltaram a disparar, precificando um temor de que o Federal Reserve volte a subir os juros em breve. 

O que leva a essa percepção é a leitura de que a abundância de estímulos durante o último ano (e agora também com o “pacote Biden”) levará a uma pressão inflacionária que resultará na elevação das taxas pelo Fed. 

O discurso dos dirigentes ao longo das últimas semanas é de que, de fato, pode existir uma pressão de curto prazo nos preços, mas que o Fed não vê riscos que possam levar a uma elevação dos juros antes do tempo. 

No entanto, não é isso que vem sendo precificado pelo mercado. A disparada dos juros futuros leva a um aumento do retorno dos títulos públicos, que, por sua vez, leva a uma migração de recursos para esses ativos, já que são considerados mais seguros do que a bolsa. Os mercados emergentes, como o brasileiro, tendem a ser fortemente afetados, mas esse é um movimento que respinga em todos os cantos, até mesmo na Europa. 

“Se comemora porque a atividade norte americana não movimenta somente a economia local, mas toda a atividade global. Com esse auxílio emergencial eles estão assegurando um de consumo deles e reduzindo danos causados à atividade econômica O que gera preocupação é em relação à dívida que vai ser rolada atrelada aos juros” - Alexandre Almeida, CM Capital.

Hoje o juro da T-Note de 2 anos avançou 0,153%, o da T-Note de 10 anos a 1,623% e o de 30 anos foi a 2,387%, o que levou as bolsas americanas a operarem em queda durante a maior parte do dia e só conseguirem uma recuperação parcial após o presidente Joe Biden defender o gasto público como forma de gerar crescimento. 

No fim do dia, somente o Nasdaq fechou em queda, ao cair 0,59%. O Dow Jones e o S&P 500 avançaram 0,90% e 0,10%, respectivamente. 

Antecipando as emoções

A semana começou agitada em terras brasileiras, com uma reviravolta que poucos esperavam e um tombo e tanto. 

Na segunda-feira (08) o mercado foi pego de surpresa pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de declarar a Vara Federal de Curitiba incompetente no caso das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A 13ª Vara era onde atuava o ex-ministro Sergio Moro e foi responsável pelas condenações nos casos do Sítio de Atibaia, triplex do Guarujá e a sede do Instituto Lula. Para o ministro, os processos não deveriam ter tramitado no Paraná

A decisão monocrática do ministro restabeleceu os direitos políticos do ex-presidente, que voltou a ser elegível, e trouxe uma boa dose extra de instabilidade ao mercado local. Na segunda-feira, o Ibovespa, que já operava em queda firme repercutindo outras incertezas locais - como o avanço da pandemia e a tensão em torno da tramitação da PEC Emergencial - registrou um recuo da ordem de 4%. Já o dólar disparou em direção à casa dos R$ 5,80. 

Segundo analistas e gestores, a volta de Lula ao jogo político torna os próximos passos do presidente Jair Bolsonaro uma incógnita. O temor é que Bolsonaro opte por medidas mais populistas como forma de rivalizar com Lula. Além disso, diversos analistas reforçaram que a percepção de risco no curto prazo fica elevada devido aos temores de uma maior insegurança jurídica, que afasta ainda mais o capital estrangeiro, e à antecipação do cenário eleitoral de 2022, o que poderia atrasar ainda mais pautas como as reformas. 

No dia da decisão, o repórter Vinícius Pinheiro ouviu analistas e gestores para saber qual a visão do mercado sobre um possível terceiro mandato de Lula e você pode conferir a matéria clicando aqui

No calor do momento, a bolsa brasileira reagiu de forma exagerada, como vem sendo comum ao longo de toda a pandemia. No entanto, essa não foi a toada predominante da semana. Aos poucos, a atenção dos investidores se voltou para pautas mais urgentes e de impacto conhecido. 

Isso não significa que a leitura de que 2022 já tenha começado a ficar de lado. Hoje uma pesquisa feita pela XP/Ipespe mostrou que Bolsonaro e Lula estariam tecnicamente empatados na corrida para a presidência. O mercado agora aguarda as cenas dos próximos capítulos....

Sobe e desce

Nesta semana, o governo federal fez importantes movimentos na busca de vacinas contra o coronavírus, além de permitir que o setor privado também compre doses. Esses movimentos beneficiaram principalmente empresas dos setores mais frágeis, como o setor aéreo e o turismo. Além disso, essas empresas também possuem boa parte do seu custo em dólar, e são favorecidas pela queda da moeda. 

Confira as principais altas da semana:

CÓDIGONOME VALORVAR SEM
CVCB3CVC ON         R$ 18,3512,58%
EMBR3Embraer ON         R$ 14,4012,32%
GOLL4Gol PN         R$ 22,7811,39%
BRKM5Braskem PNA         R$ 33,7310,48%
PCAR3GPA ON         R$ 24,908,69%

Na ponta contrária, o destaque negativo ficou com B2W e Lojas Americanas, que além de apresentarem balanços abaixo do esperado pelo mercado, também são afetadas pelas perspectivas fracas para o varejo. 

Já a Totvs recuou após a valorização expressiva na esteira da aquisição de uma companhia de marketing digital. A PetroRio acompanhou um recuo do petróleo e entrou em um movimento de realização de lucros recentes. 

No caso da SulAmérica, a companhia foi negativamente afetada pelo crescimento da taxa de ocupação dos hospitais. 

CÓDIGONOME VALORVAR SEM
BTOW3B2W ON         R$ 63,91-10,60%
LAME4Lojas Americanas PN         R$ 21,67-9,41%
TOTS3Totvs ON         R$ 27,66-8,17%
PRIO3PetroRio ON         R$ 93,51-6,55%
SULA11SulAmérica units         R$ 31,75-5,37%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços

5 de maio de 2025 - 8:26

Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques

DINHEIRO NA MÃO

Veja as empresas que pagam dividendos e juros sobre capital próprio na próxima semana

3 de maio de 2025 - 16:04

Magalu, Santander, Fleury e mais 15 empresas pagam proventos nos próximos dias; confira o calendário

RECAPITULANDO

Semana mais curta teve ganhos para a Bolsa brasileira e o real; veja como foram os últimos dias para Ibovespa e dólar

3 de maio de 2025 - 11:43

O destaque da semana que vem são as reuniões dos comitês de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos para decidir sobre as taxas de juros dos seus países, na chamada “Super Quarta”

DIRETO DE OMAHA

Warren Buffett não foi às compras: Berkshire Hathaway tem caixa recorde de US$ 347,7 bilhões no primeiro trimestre; lucro cai 14%

3 de maio de 2025 - 10:37

Caixa recorde indica que Buffett não aproveitou a queda do mercado de ações no primeiro trimestre para aplicar o dinheiro em novas oportunidades

APÓS MÊS DIFÍCIL

Petrobras (PETR3) excluída: Santander retira petroleira da sua principal carteira recomendada de ações em maio; entenda por quê

2 de maio de 2025 - 13:13

Papel foi substituído por uma empresa mais sensível a juros, do setor imobiliário; saiba qual

CARTEIRA RECOMENDADA

IRB (IRBR3) volta a integrar carteira de small caps do BTG em maio: ‘uma das nossas grandes apostas’ para 2025; veja as demais alterações

2 de maio de 2025 - 12:02

Além do retorno da resseguradora, foram acrescentadas também as ações da SLC Agrícola (SLCE3) e da Blau Farmacêutica (BLAU3) no lugar de três papéis que foram retirados

DEIXOU DE SER QUERIDINHA?

WEG (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo JP Morgan após queda recente; banco diz se ainda vale comprar a ‘fábrica de bilionários’

2 de maio de 2025 - 10:35

Preço-alvo para a ação da companhia no fim do ano caiu de R$ 66 para R$ 61 depois de balanço fraco no primeiro trimestre

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta

2 de maio de 2025 - 8:21

As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA

DE CARA NOVA

Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela

1 de maio de 2025 - 17:30

Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca

ÚLTIMA CHANCE

Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como

1 de maio de 2025 - 12:44

Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como

ABRINDO A TEMPORADA

Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?

30 de abril de 2025 - 11:58

Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram

Mundo FIIs

Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento

30 de abril de 2025 - 11:06

Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

DERRETENDO

Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?

29 de abril de 2025 - 17:09

Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

29 de abril de 2025 - 9:15

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

AÇÕES EM PETRÓLEO

Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI

26 de abril de 2025 - 16:47

Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar