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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

Ela vive!

Onde investir no 2º semestre: A renda fixa não morreu e ainda reserva oportunidades

O que pode ficar no passado é o CDI como referência de rentabilidade. Aliás, quem mirar a renda fixa além desse parâmetro verá que ainda existem boas opções de investimento

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
15 de julho de 2020
5:52 - atualizado às 8:38
Onde Investir em 2020 2º Semestre Renda Fixa
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Elvis Presley não morreu, diz uma das mais conhecidas lendas do rock. Já foram criadas inúmeras teorias sobre o destino do cantor que, oficialmente, faleceu em decorrência de um ataque cardíaco em 1977, aos 42 anos.

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O tempo passa e as histórias apenas se renovam. Uma das mais recentes diz que o Rei do Rock não teria sequer deixado sua mansão em Graceland. Supostas imagens do ídolo, que estaria com mais de 80 anos se estivesse vivo, surgiram inclusive no YouTube.

O mundo dos investimentos tem as suas próprias lendas, e a internet também ajudou a disseminá-las. A mais comentada no momento é a tal da “morte da renda fixa”. Ela teria sido vítima da redução da taxa básica de juros (Selic) para os atuais 2,25% ao ano, o menor patamar de todos os tempos.

De fato, a queda dos juros acabou com um paradoxo que resistiu por décadas no mercado brasileiro: a possibilidade de obter ao mesmo tempo rentabilidade e liquidez com baixo risco.

Mas a verdade é que a renda fixa segue não apenas segue viva como se mantém como opção inevitável para compor um portfólio balanceado.

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Dizer que a renda fixa morreu não passa de um clichê, me disse Sergio Machado, sócio e gestor da Trópico SF2 Investimentos. “Sem a renda fixa como os governos e as empresas se financiam? Como bancos tomam dinheiro para lubrificar a economia?”

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Para ele, o que pode ter ficado no passado é o CDI como referência de rentabilidade para o investidor. Aliás, quem mirar a renda fixa além desse parâmetro verá que ainda existem boas oportunidades de ganhar dinheiro.

Só que para isso será preciso correr um pouco mais de risco e/ou abrir mão da possibilidade de resgate imediato. A seguir eu trago para você algumas opções para turbinar seus investimentos sem abrir mão do conforto da renda fixa.

Este texto faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir no segundo semestre de 2020. Eis a lista completa:

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  • Ações
  • Fundos imobiliários
  • Renda fixa (você está aqui)
  • Dólar (disponível em 16/7)
  • Criptomoedas (disponível em 17/7)
  • Imóveis (disponível em 20/7)

Reserva de emergência

Antes de mais nada, é preciso reservar uma parcela da sua carteira de investimentos para a chamada reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar a qualquer momento.

Essa parcela dos recursos deve continuar em aplicações de risco baixo e liquidez imediata. Então vão render continuar rendendo pouco no atual cenário.

A melhor opção para esse dinheiro hoje são os fundos DI simples com taxa zero. Existem pelo menos cinco deles disponíveis hoje, nas plataformas do BTG Pactual, Órama, Pi, Rico e Vitreo. Você também pode manter esses recursos no Tesouro Selic, título público que paga a variação da taxa básica de juros.

Embora não seja um consenso, eu considero o CDB de um banco de primeiríssima linha — leia-se Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa e Santander — uma alternativa válida para a reserva de emergência. Desde que a remuneração oferecida seja de pelo menos 100% do CDI e com liquidez diária, é claro.

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O mapa do Tesouro Direto

Separada a parcela da reserva de emergência, quem deseja ganhar mais do que os 2,25% ao ano no mundo da renda fixa terá de olhar para além do mundo dos títulos atrelados à Selic ou ao CDI.

Uma opção que combina hoje boas condições de risco e retorno é o Tesouro IPCA, título público que remunera o investidor com uma taxa de juros e mais a inflação.

Para Gustavo Pessoa, sócio e gestor da Legacy Capital, os papéis de mais longo prazo hoje são os mais atrativos. Na segunda-feira, o Tesouro IPCA com vencimento em 2055 pagava um rendimento de 3,96% além da inflação.

“Você não encontra esse juro real em nenhum lugar do mundo, a não ser países em processo de default [calote].”

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Mesmo que não seja a sua intenção manter o dinheiro até 2055, os papéis podem se beneficiar de um cenário de melhora nos mercados que leve a uma redução nas taxas de longo prazo. Os preços e taxas de todos os papéis estão disponíveis no site do Tesouro.

Claudio Sanches, diretor de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco, também vê boas oportunidades nos títulos atrelados à inflação. Mas prefere os papéis de prazo mais curto, com a visão de que o ciclo de corte de juros ainda não chegou ao fim.

No cenário do banco, a Selic tem espaço para atingir a mínima de 1,75% ao ano nos próximos 12 meses. “Dentro desse movimento, acredito que a inflação curta tem mais chance de ter prêmio para o investidor.”

Vale ressaltar que a taxa de juros dos títulos públicos é garantida apenas no vencimento. Isso significa que o investidor que precisar do dinheiro antes terá de vender na taxa em que o papel for negociado naquele momento, mais ou menos como acontece como uma ação na bolsa.

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Do mesmo jeito que você pode ter um ganho se vender antes do prazo um título caso as taxas caiam ainda mais, o seu extrato do Tesouro Direto pode eventualmente apresentar rentabilidade negativa no caso de uma piora no cenário. Sim, a renda fixa varia.

Foi o que aconteceu, por exemplo, em março deste ano com o pânico generalizado nos mercados provocado pelo coronavírus. Quem quiser entender melhor como funciona a tal "marcação a mercado" e como ela afeta os títulos no Tesouro Direto pode ler este texto.

E qual o risco você corre hoje hoje ao aplicar no Tesouro IPCA? No caso dos títulos mais curtos, a dinâmica das taxas está mais ligada à trajetória da Selic. Se o BC tiver de subir os juros para conter alguma surpresa com a inflação esses papéis tendem a sofrer.

Já os títulos mais longos reagem pior em momentos de crise e também quando a sustentabilidade das contas públicas é colocada em xeque. Qualquer tentativa de derrubar o teto de gastos, por exemplo, deve pesar sobre os títulos de longo prazo, segundo o sócio da Legacy.

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Fundos de crédito privado

Investir em um título público equivale a emprestar dinheiro ao governo. Mas você também pode fazer isso para empresas ou bancos. É o que acontece quando você aplica em um CDB, por exemplo.

Nesse caso, você também corre o risco de calote do emissor do papel. Com a diferença que, no caso dos bancos, existe a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil.

De todo modo, existe um risco maior do que aplicar num título do governo, em tese o ativo mais seguro de todos. Por isso os papéis privados costumam oferecer rentabilidades melhores. Mas será que esse ganho adicional compensa?

O mercado de crédito privado foi um dos que mais sofreu na crise do coronavírus, diante do temor de que as empresas deixassem de honrar seus compromissos. Esse receio fez as taxas de juros pagas em papéis como debêntures dispararem.

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Esse cenário abriu uma oportunidade de entrada para o investidor, ainda que a saúde financeira das empresas na crise ainda não seja um assunto totalmente superado.

Para quem quer uma alocação direta, Sergio Machado, da Trópico, vê espaço em CDBs de curto prazo de bancos, dentro do limite da cobertura do FGC.

Mas a forma mais indicada pelos especialistas para se investir em renda fixa privada é via fundos. Nesta matéria que eu escrevi para o Seu Dinheiro Premium eu trago uma opção de gestora especializada em investir em crédito corporativo. Você pode experimentar o conteúdo Premium gratuitamente por 30 dias.

Renda fixa lá fora

Bem, imagino que você já percebeu a esta altura que a renda fixa não só não morreu como se sofisticou nesse mundo de juros baixos. E dentro dessa sofisticação, talvez esteja na hora de começar a analisar opções de investimento fora do país.

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É o que fazem gestoras como a Legacy, que tem parte dos recursos dos fundos aplicados em taxas de juros de países como o México. “Uma das razões porque não temos títulos de curto prazo no Brasil é porque as taxas no México hoje são mais atraentes”, me disse o sócio da gestora.

O diretor do Itaú também indica para os clientes que buscam diversificação na renda fixa alguma exposição internacional. E indica três fundos disponíveis na prateleira do banco: dois deles possuem também uma parcela em ações lá fora: o recém lançado Carteira Itaú Internacional e o Global Allocation.

Para quem deseja ficar apenas na renda fixa lá fora, a indicação do banco é o Pimco Income. O fundo disponível no Itaú possui proteção (hedge) cambial, o que pode ser mais indicado para os investidores com perfil mais conservador, embora eu particularmente prefira fundos no exterior com exposição ao câmbio.

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