🔴 +20 IDEIAS DE ONDE INVESTIR ANTES DE 2024 ACABAR VEJA AQUI

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
SD Premium - Lupa dos fundos

Um fundo de crédito privado para deixar sua renda fixa mais temperada

Enquanto o mercado de crédito privado enfrenta uma crise, conheça o trabalho de uma gestora com 16 anos e R$ 7 bilhões em patrimônio especializada em selecionar e investir em títulos emitidos por empresas e tem fundos disponíveis nas principais plataformas de investimento e também na bolsa

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
21 de novembro de 2019
5:35 - atualizado às 12:57
Selo Lupa dos Fundos sem logo

Aplicação sagrada nos tempos de juros altos, a renda fixa virou praticamente sinônimo de palavrão com a queda da Selic. Mas ainda hoje é indispensável manter uma parte da carteira em investimentos de menor risco.

Só que, mesmo para essa parcela do seu capital, é preciso buscar alguma diversificação em busca de uma rentabilidade que traga algum ganho em relação ao minguado CDI, o indicador de referência da renda fixa.

Nesse cenário, os fundos de crédito privado acabaram ganhando espaço. Nos últimos 12 meses, os gestores que investem em títulos de dívida emitidos por empresas, como debêntures, captaram mais de R$ 40 bilhões de investidores. Para pegar o embalo nessa onda, diversas casas lançaram fundos de crédito privado nos últimos anos.

Mas Arturo Profili já atuava nesse mercado quando tudo ainda era mato. Ele fundou a Capitânia há 16 anos, com um time que se manteve praticamente o mesmo desde a criação. A gestora conta hoje com R$ 7 bilhões sob gestão em três grandes áreas de atuação: crédito corporativo, imobiliário e infraestrutura.

Sapo na panela

Ter experiência nesse negócio é fundamental. De todas as categorias de fundos disponíveis, a de crédito privado talvez seja a que mais engane. O investidor que aplica, por exemplo, em uma carteira de ações ou multimercados em geral sabe que está sujeito a eventuais perdas e volatilidade.

Já os fundos de crédito costumam funcionar na base do 8 ou 80. Ou melhor, 100 ou zero. Mais ou menos como naquela história do sapo na panela com água no fogão, que não percebe a temperatura aumentar até que é tarde demais.

Leia Também

Adaptando a fábula para os fundos, a água ferve quando uma empresa que faz parte da carteira dá calote. O caso mais ruidoso foi o da Rodovias do Tietê, que deu calote em mais de 15 mil investidores que compraram debêntures de infraestrutura emitidas pela concessionária, atraídos pela isenção de imposto de renda e a rentabilidade atrativa.

Os fundos de crédito privado passam neste momento por outro ponto de fervura, com o chamado fenômeno da marcação a mercado, sobre o qual eu conto logo mais nesta reportagem.

Sofisticado e chato

Para me explicar como a Capitânia trabalha para escapar da panela fervente, Profili me contou como funciona todo o processo de investimento da gestora. Primeiro, considerando todos os ativos sob gestão como se estivessem reunidos em um único fundo.

Com uma equipe de 16 pessoas, considerando apenas o time de investimentos, a gestora como um todo possui hoje uma cesta de 150 papéis, sendo que quatro novos entram para a carteira a cada mês, com uma média de R$ 200 milhões investidos. Sem contar a parcela alocada em títulos públicos, o prazo médio da carteira (duration) é de pouco mais de três anos.

O objetivo da Capitânia é chegar aos R$ 15 bilhões em patrimônio, tamanho que Profili considera ideal para investir de forma mais eficiente. “Eu não acho impossível chegar a esse tamanho dentro de 24 a 36 meses”, disse.

O tempo de mercado também ajuda no trânsito em busca das melhores oportunidades de investimento. Nesse processo, Profili e sua equipe costumam ser procurados pelos bancos quando surge uma oportunidade mais sofisticada.

“A gente brinca de fazer encomenda e tirar pedidos”, disse o gestor que se considera um comprador “sofisticado e chato”.

Vítimas do sucesso

Ser chato é questão de sobrevivência em um mercado que, vira e mexe, apronta das suas. No mês passado, a maior parte dos fundos da indústria foi vítima do fenômeno da chamada "marcação a mercado". Em outras palavras, foram vítimas do próprio sucesso.

Isso porque o aumento da captação dos fundos de crédito privado levou a uma demanda muito maior por debêntures e outros papéis de empresas do que a quantidade disponível no mercado. Como em toda situação de desequilíbrio na oferta e na demanda, vários fundos acabaram investindo em debêntures que ofereciam taxas muito baixas.

O problema é que essa situação se reverteu em outubro, quando houve a venda dos mesmos papéis no mercado a taxas mais altas, o que obrigou os gestores a marcar o novo preço nas suas carteiras e afetou a rentabilidade de vários fundos de crédito.

E o que aconteceu com a Capitânia? A seguir eu conto mais sobre os fundos da casa, mas já adianto que o Capitânia Premium, o nosso favorito, rendeu 121% do CDI no mês passado. A situação no mercado ainda não se estabilizou, mas acredito que a turbulência vai criar oportunidades de ganho para o investidor que estiver nos melhores fundos.

Fundo a fundo

Uma vez feita e encomenda e tirados os pedidos, os gestores da Capitânia alocam os ativos de acordo com o perfil de cada um dos produtos. A Capitânia possui fundos disponíveis tanto na prateleira das corretoras e plataformas de investimento como diretamente na bolsa.

A gestora possui um fundo imobiliário listado na B3, o Capitânia Securities II (CPTS11B), que investe em títulos de crédito com lastro imobiliário como CRIs. Trata-se de uma opção caso você esteja em busca de uma renda que pingue na conta todo mês isenta de imposto de renda, ainda que o valor das cotas esteja sujeito às cotações da bolsa.

A Capitânia possui um segundo fundo dedicado ao setor imobiliário (Reit), mas que investe em cotas de outros fundos listados na B3. As duas estratégias permitem aos gestores escolher qual a melhor forma de participar de um determinado projeto imobiliário – via dívida, pelo fundo próprio listado, ou no indiretamente no capital por meio do Reit. “Às vezes a empresa vem pedir uma coisa e acaba levando outra”, disse Profili.

Na renda fixa tradicional, que pode investir em debêntures de empresas de diferentes setores, a Capitânia possui dois fundos principais: o Top e o Premium.

A diferença entre os dois está no perfil de risco. O Top é um produto mais conservador, enquanto que o Premium tem uma exposição maior em títulos de crédito privado, em busca de uma maior rentabilidade.

A estratégia distinta se reflete também na liquidez. Enquanto os pedidos de resgate no Top são pagos no dia seguinte, quem investe no Premium e decide sacar precisa esperar 45 dias para ter o dinheiro na conta.

O prazo é necessário para que o gestor tenha tempo suficiente para vender algum ativo para fazer frente a eventuais resgates sem comprometer o resultado do fundo.

Com a trajetória de queda da taxa básica de juros, a tendência é que o investidor precise abrir mão da liquidez diária para obter melhores retornos.

Por isso mesmo, a nossa preferência entre os dois hoje é pelo fundo Premium, cujas informações você pode conferir na lupa no fim desta reportagem. De todo modo, não se trata de um investimento indicado para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar a qualquer momento. Se este é o seu caso, você pode conferir esta reportagem da Julia Wiltgen.

Quem investiu no Capitânia Premium desde o início, em novembro de 2014, obteve uma rentabilidade de 68,4%, o equivalente a 111% do CDI. O fundo não só ganha do indicador de referência no acumulado como em todos os anos desde a criação, inclusive durante a crise econômica, que levou milhares de empresas à recuperação judicial.

Queda dos juros

Por falar em queda de juros, perguntei ao sócio-fundador da Capitânia o que ele espera para os fundos que investem em títulos de dívida de empresas com a redução da Selic para as mínimas históricas.

“Entregar um retorno de pouco acima do CDI com os juros a 15% é uma coisa, outra é superar o CDI com a Selic a 5%.”

Profili ainda não sabe dizer qual será o comportamento do investidor nesse cenário, mas disse que os fundos terão de colocar títulos de mais longo prazo nas carteiras. Em troca, as empresas que emitem os títulos teriam de oferecer uma rentabilidade melhor do que das emissões realizadas hoje no mercado.

Para se adaptar a esse novo mundo, o gestor me disse que a Capitânia prepara o lançamento de produtos com prazo de carência maior para o regate, de 90 dias. A empresa também tem planos de ter outros produtos listados em bolsa, o que permite fazer a gestão sem preocupar com eventuais, já que nesse caso o investidor que desejar sair pode vender suas cotas na B3.

Ainda assim, o gestor da Capitânia vê uma grande oportunidade de crescimento dos fundos que investem em títulos de crédito privado. Um dos filões está nas emissões de empresas de capital fechado, que hoje praticamente não acessam o mercado.

“Hoje 90% das emissões dessas empresas, algo como R$ 400 bilhões, estão nas carteiras dos grandes bancos, e 20% delas poderiam trafegar pelo mercado de capitais.”

Fundo na lupa

Em síntese, o crédito privado permanece como uma alternativa para incrementar seus ganhos na renda fixa, ainda mais em tempos de juros baixos. Mas solavanco recente nesse mercado reforça a importância de se escolher um bom gestor.

A Capitânia acumula uma experiência de 16 anos, enfrentou várias crises e em todos os momentos mostrou resultados consistentes. Dos fundos da gestora, nossa escolha fica com o Capitânia Premium FIC FI RF Crédito Privado. Confira a seguir os detalhes e se o fundo se encaixa com o seu perfil:

Capitânia Premium FIC FI RF Crédito Privado

Aplicação mínima: R$ 5 mil
Taxa de administração: mínimo de 0,55% e máximo de 0,75% mais 15% sobre o que superar o CDI
Patrimônio líquido: R$ 196 milhões
Resgate: 45 dias após o pedido
Resgate Antecipado: 5% de multa sobre a cota de resgate
Data de início: 06/11/2014
Retorno desde o início: 68,37% (equivalente a 111% do CDI)
Por onde investir: Andbank, BTG Digital, Genial, Guide, Modal, Orama, Pi, Warren e XP

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O ESTRANGEIRO VAI VOLTAR?

Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual

25 de novembro de 2024 - 13:54

Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas

AS PREVISÕES DA ESTATAL

Mistério detalhado: Petrobras (PETR4) vai investir 11,9% a menos em 2025 e abre janela de até US$ 55 bilhões para dividendos; confira os números do Plano Estratégico 2025-2029

21 de novembro de 2024 - 21:17

Já era sabido que a petroleira investiria US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos, um aumento de 8,8% sobre a proposta anterior; mercado queria saber se o foco seria em E&P — confira a resposta da companhia

TO THE MOON

Bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 90 mil, mas ainda é possível chegar aos US$ 100 mil? Veja o que dizem especialistas

12 de novembro de 2024 - 11:47

A maior criptomoeda do mundo voltou a registrar alta de mais de três dígitos no acumulado de 2024 — com as profecias do meio do ano se realizando uma a uma

ENERGIA SOLAR

Energia renovável: EDP compra mais 16 novas usinas solares por R$ 218 milhões

6 de novembro de 2024 - 13:09

Empreendimentos estão localizados na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, e somam 44 MWp de capacidade instalada

O QUE COMPRAR

Onde investir na renda fixa em novembro? XP recomenda CDB, LCI, LCA, um título público e ativos isentos de IR; confira

5 de novembro de 2024 - 18:00

Rentabilidades dos títulos sugeridos superam os 6% ao ano mais IPCA nos ativos indexados à inflação, muitos dos quais sem tributação

BALANÇO DO MÊS

Ranking dos investimentos: perto de R$ 5,80, dólar tem uma das maiores altas de outubro e divide pódio com ouro e bitcoin

31 de outubro de 2024 - 19:00

Na lanterna, títulos públicos longos indexados à inflação caminham para se tornar os piores investimentos do ano

RESOLUÇÃO DA TRANSPARÊNCIA

Quanto custa a ‘assessoria gratuita’? O que muda com a regra que obriga à divulgação da remuneração dos assessores de investimento

31 de outubro de 2024 - 6:15

A norma da CVM obriga os assessores de investimentos e outros profissionais do mercado a divulgarem suas formas e valores de remuneração, além de enviarem um extrato trimestral aos clientes

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões

28 de outubro de 2024 - 8:14

Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Este é o tipo de conteúdo que não pode vazar

23 de outubro de 2024 - 20:00

Onde exatamente começam os caprichos da Faria Lima e acabam as condições de sobrevivência?

AGORA VAI?

A porta para mais dividendos foi aberta: Petrobras (PETR4) marca data para apresentar plano estratégico 2025-2029

17 de outubro de 2024 - 15:25

O mercado vinha especulando sobre o momento da divulgação do plano, que pode escancarar as portas para o pagamento de proventos extraordinários — ou deixar só uma fresta

A TAXA FAVORITA DO BRASILEIRO

O retorno de 1% ao mês voltou ao Tesouro Direto: títulos públicos prefixados voltam a pagar mais de 12,7% ao ano com alta dos juros

14 de outubro de 2024 - 15:39

Títulos indexados à inflação negociados no Tesouro Direto também estão pagando mais com avanço nos juros futuros

SIMULAMOS!

Quanto renderia na poupança e no Tesouro Direto o dinheiro que o brasileiro gasta todo mês nas bets

14 de outubro de 2024 - 6:04

Gasto médio do apostador brasileiro nas casas de apostas virtuais é de R$ 263 mensais, segundo levantamento do Datafolha. Mas dados mais recentes do Banco Central mostram que, entre os mais velhos, a média é de R$ 3 mil por mês. Quanto seria possível ganhar se, em vez de jogar, o brasileiro aplicasse esse dinheiro?

Conteúdo BTG Pactual

Em busca de dividendos ou de ganho de capital? Monte uma carteira de investimentos personalizada para o seu perfil de investidor

10 de outubro de 2024 - 8:00

O que é importante saber na hora de montar uma carteira de investimentos? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar o portfólio ‘ideal’

OPERADORAS DE SAÚDE

É hora de comprar a ação da Hapvida? BB Investimentos inicia cobertura de HAPV3 e vê potencial de quase 40% de valorização até 2025; entenda os motivos

9 de outubro de 2024 - 15:14

Entre as razões, BB-BI destacou a estratégia de verticalização da Hapvida, que se tornou a maior operadora de saúde do país após fusão com a NotreDame Intermédica

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros

9 de outubro de 2024 - 8:09

Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior

DE OLHO NAS REDES

O ‘recado anti-cripto’ do governo dos EUA — e o que isso diz sobre como Kamala Harris lidaria com moeda

7 de outubro de 2024 - 17:46

Às vésperas das eleições nos Estados Unidos, o mercado cada vez mais se debruça sobre os possíveis impactos de uma presidência de Kamala Harris ou Donald Trump. No mercado de criptomoedas isso não é diferente. Com o pleito se aproximando, os investidores querem saber: quem é o melhor candidato para o mundo dos criptoativos? No programa […]

Atendimento personalizado

Planejador financeiro certificado (CFP®): como o ‘personal do bolso’ pode te ajudar a organizar as finanças e investir melhor

5 de outubro de 2024 - 8:00

A Dinheirista conversou com Ana Leoni, CEO da Planejar, associação responsável pela certificação de planejador financeiro no Brasil; entenda como trabalha este profissional

SETOR DE SAÚDE

Dona do Ozempic vai investir mais de R$ 800 milhões no Brasil — mas não será para produção de ‘canetas do emagrecimento’

4 de outubro de 2024 - 16:30

A farmacêutica dinamarquesa vai desembolsar R$ 864 milhões para a melhoria de processos na fábrica de Minas Gerais, responsável pela produção de insulina

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo

4 de outubro de 2024 - 8:19

Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa

3 de outubro de 2024 - 8:09

Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar