Via Varejo, Magazine Luiza e Mercado Livre celebram Black Friday — mas à sua maneira
Empresas usam parâmetros próprios para reportar aumento nas vendas; papéis caem com desempenho do setor no piso das estimativas

Na primeira semana pós-Black Friday, as gigantes Via Varejo, Magazine Luiza e Mercado Livre celebram uma alta nas vendas online — mas cada uma à sua maneira, destacando os dados mais convenientes. Já B2W (dona da Americanas.com e Submarino) optou por não divulgar nenhum dado até o momento.
Enquanto a dona das Casas Bahia reportou os dados da última semana, Magalu divulgou os números do mês. Varejista argentina com forte atuação no Brasil, o Mercado Livre repercutiu a alta da sexta-feira passada.
No e-commerce brasileiro, as vendas somaram R$ 4,02 bilhões na Black Friday, em uma alta 25,1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Ebit/Nielsen.
A Via Varejo informou que entre 22 e 28 de novembro as vendas online cresceram 99% na comparação anual — participação de 62,4% nas vendas totais. O 3P (que não faz parte do estoque próprio) teve crescimento de 125%, diz a empresa.
Para a dona da Casas Bahia, o ganho de participação de mercado online no período foi de 4,2 pontos percentuais, segundo análise da plataforma Compre & Confie. A empresa diz que o vendedor online teve importante participação, atingindo 18% das vendas online.
Ainda segundo dados da própria Via Varejo, as vendas com opção retira-loja apresentaram alta de 142%. Dentre as categorias com maior crescimento, a empresa destacou:
Leia Também
- Informática +109% (+177% no 1P)
- Telefonia celular +37% (+110% no 1P)
- Televisores +24% (+83% no 1P).
No marketplace, as maiores altas foram em Esporte / lazer (+263%), automotivo (+186%) e cama mesa e banho (+103%).
"Durante a Black Friday a companhia superou seu recorde de 2019, atingindo R$ 3 bilhões em vendas (GMV pedido), contra R$ 2,2 bilhões no mesmo período do ano passado, com crescimento de 37%", disse a Via Varejo.
Magazine Luiza e Mercado Livre
O Magazine Luiza informou uma alta no e-commerce acima de 100% em novembro. A empresa considerou todo o mês porque antecipou algumas promoções.
De acordo com a Ebit/Nielsen, a companhia aumentou em 10 pontos percentuais seu marketshare no e-commerce do país.
Nas lojas físicas, o crescimento no conceito mesmas lojas em novembro se manteve no mesmo patamar dos meses anteriores, sendo mais forte nas primeiras semanas e estável na véspera e no dia da Black Friday, diz a empresa.
O Magazine Luiza destacou o crescimento da categoria de mercado e disse que vendeu mais de 1 milhão itens dessa categoria durante a Black Friday, com "alto volume de vendas de itens como cerveja, ketchup, creme de leite, achocolatado, fralda e protetor solar".
Em comunicado ao mercado, a empresa não detalhou os números de cada categoria. O Mercado Livre também deu poucas informações preliminares e divulgou uma métrica diferente de Magalu e Via Varejo.
Fernando Yunes, executivo da varejista, destacou em post no Linkedin a alta de 130% em volume de vendas entre quinta e sexta-feira.
Ações caem
Os papéis das varejistas caem nesta segunda-feira (30), no primeiro pregão pós-Black Friday. O dia é de queda do Ibovespa, influenciado pelas bolsas estrangeiras.
A baixa das empresas do setor do varejo acontece ainda após uma intensa valorização das ações ao longo deste ano, com a perspectiva de ganhos por conta da aceleração do digital.
Pesa ainda o desempenho levantado pelo Ebit Nielsen, que apontaria uma alta discreta nas vendas de sexta-feira. Por volta das 15h, as ações de Via Varejo (VVAR3) caíam 3,5%, os de Magalu (MGLU3) recuavam 2,6%.
B2W seguia na esteira do desempenho da concorrência, com queda de 5,7%. Na Nasdaq, Mercado Livre subia 0,43% — além de Brasil, a varejista argentina atua em 17 países. Veja a cobertura de mercados desta segunda-feira.
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Mercado Pago contrata Anitta, cutuca o Nubank e mira o topo como banco digital da América Latina
Anitta é a nova embaixadora do Mercado Pago, fintech do Mercado Livre, e provoca o Nubank em campanha ousada para liderar os bancos digitais na América Latina
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Mercado Livre (MELI34) vai aniquilar a concorrência com investimento de R$ 34 bilhões no Brasil? O que será de Casas Bahia (BHIA3) e Magalu (MGLU3)?
Aposta bilionária deve ser usada para dobrar a logística no país e consolidar vantagem sobre concorrentes locais e globais. Como fica o setor de e-commerce como um todo?
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Mercado Livre (MELI34) anuncia investimento de R$ 34 bi no Brasil e mostra que não tem medo das varejistas asiáticas — e nem das tarifas de Trump
Gigante do e-commerce fará o maior investimento da história da companhia no Brasil — e CEO explica por que não se assusta com Trump ou concorrência asiática
As melhores empresas para crescer na carreira em 2025, segundo o LinkedIn
Setor bancário lidera a seleção do LinkedIn Top Companies 2025, que mede o desenvolvimento profissional dentro das empresas
Michael Klein volta atrás em pedido de assembleia e desiste de assumir a presidência do conselho da Casas Bahia (BHIA3)
O empresário vinha preparando o terreno para voltar à presidência do conselho, mas decidiu dar “um voto de confiança” para a diretoria atual
Michael Klein eleva posição acionária na Casas Bahia (BHIA3) e dá mais um passo para retornar ao conselho da varejista
Segundo o comunicado, o aumento da posição acionária tem como objetivo viabilizar o envolvimento de Michael Klein na gestão da Casas Bahia (BHIA3)
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Shopee quer bater de frente com Mercado Livre e Amazon no Brasil — mas BTG faz alerta
O banco destaca a mudança na estratégia da Shopee que pode ser um alerta para as rivais — mas deixa claro: não será nada fácil
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Mercado Livre (MELI34) recebe o selo de compra da XP: anúncios e Mercado Pago são as alavancas de valor
Analistas esperam valorização da ação e indicam que o valuation no curto prazo aponta para um preço 40% abaixo da média histórica de 3 anos
Um olhar pelo retrovisor: Ibovespa tenta manter alta com investidores de olho em balanços e Petrobras em destaque
Além dos números da Petrobras, investidores repercutem balanços da Ambev, do IRB, da Klabin e da WEG, entre outros
JP Morgan ‘volta atrás’ e eleva o preço-alvo de Mercado Livre — mas ainda não recomenda a compra da ação do e-commerce
Resultados robustos no quarto trimestre de 2024 deram uma injeção de otimismo nos analistas
De onde não se espera nada: Ibovespa repercute balanços e entrevista de Haddad depois de surpresa com a Vale
Agenda vazia de indicadores obriga investidores a concentrarem foco em balanços e comentários do ministro da Fazenda