Presidente do Itaú diz que ficou satisfeito com mudança no modelo de cobrança da XP
Com a mudança, XP acabou dando razão ao modelo do banco, segundo Candido Bracher, presidente do Itaú, que descartou se desfazer da participação na corretora
Após uma briga pública com a sócia XP Investimentos, o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, disse que recebeu com "satisfação" a decisão da corretora de mudar a forma de cobrança dos clientes.
Na semana passada, a XP anunciou que os investidores poderão escolher entre o modelo de remuneração atual — em que o assessor de investimentos recebe uma comissão por cada produto no qual o cliente investe — ou passar a pagar um percentual fixo ao profissional.
A mudança ocorreu depois que o Itaú lançou uma campanha publicitária na qual ataca o modelo de remuneração dos assessores de investimento adotado pelas corretoras. A XP não é mencionada diretamente, mas acusou o golpe e respondeu duramente às críticas.
Questionado sobre o assunto durante teleconferência com a imprensa sobre o balanço do banco do segundo trimestre, Bracher disse que não classifica o episódio como uma briga.
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Para ele, é preciso separar a visão do Itaú como investidor da XP (o banco comprou 49% do capital da corretora em 2017) do olhar da área de investimentos da instituição, que tem a XP como concorrente.
Ele afirmou que a mudança promovida pela XP acabou dando razão ao modelo encampado pelo próprio Itaú, que remunera seus gerentes com base no dinheiro captado dos clientes, independente do produto.
Do ponto de vista do Itaú como investidor, a mudança também agradou. “Foi uma decisão que me deixou contente porque mostra a orientação [da XP] de melhorar sempre”, afirmou Bracher, ao descartar a possibilidade de o banco vender a participação na XP.
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