IRB desaba mais de 30% com vexame internacional após Buffett negar compra de ações
Após notícias publicadas na imprensa, a Berkshire Hathaway, holding de Buffett, informou ontem à noite que nunca teve, não tem e não pretende ter ações da resseguradora brasileira
As ações da resseguradora IRB Brasil registraram uma queda vertiginosa de mais de 30% depois de a Berkshire Hathaway, holding que concentra os investimentos do bilionário Warren Buffett, negar que tenha ações da companhia.
A cúpula da empresa caiu na noite de hoje em meio aos desdobramentos da crise, que envolve também questionamentos ao balanço.
O vexame internacional acontece pouco mais de uma semana depois que a imprensa publicou notícias falsas de que o lendário investidor teria aproveitado a forte queda dos papéis no último mês para aumentar sua posição. Eu gravei um vídeo no canal do Seu Dinheiro para comentar o assunto que agitou a bolsa nesta quarta-feira.
As ações do IRB subiram forte no pregão seguinte à divulgação da notícia. Ontem à noite, contudo, a Berkshire divulgou um inusitado comunicado no qual diz basicamente que nunca teve, não tem e não pretende ter ações da empresa.
Os rumores sobre o suposto investimento de Buffett de certo modo foram corroborados pela direção do IRB, que indicou para o conselho fiscal a advogada Márcia Cicarelli, procuradora da Berkshire no país. Executivos da empresa também teriam confirmado a notícia em uma teleconferência com analistas.
Leia também:
- Holding de Warren Buffett diz que não tem nem planeja ter ações do IRB
- Executivos do IRB voltam a defender balanço, mas evitam confrontar Squadra
- Dono de 11% do IRB, Itaú diz estar confortável com balanços da empresa
- IRB turbinou lucro em R$ 1,5 bilhão com itens extraordinários, diz Squadra
O conselho de administração do IRB se reuniu na manhã de hoje para discutir o assunto. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que o conselho determinou à diretoria da companhia que "promova uma análise criteriosa a partir das notícias divulgadas na data de ontem relativas à sua base acionária".
Disputa com a Squadra
As ações do IRB estão sob forte pressão desde o início de fevereiro, depois que a gestora carioca Squadra divulgou uma carta aos investidores na qual justifica a grande posição vendida nos papéis da companhia.
Na análise da Squadra, os resultados do IRB foram turbinados por efeitos que não vão se repetir em balanços seguintes e somaram R$ 1,5 bilhão de janeiro a setembro do ano passado.
A empresa negou a informação e publicou o balanço do quarto trimestre com o laudo de uma segunda auditoria específica para os dados atuariais, feito pela Ernst & Young (EY), além do trabalho já feito pela PwC. Mas não foi suficiente para eliminar as dúvidas do mercado.
Desde o início da disputa, as ações do IRB acumulam uma perda de mais da metade do valor de mercado, o equivalente a quase R$ 27 bilhões. Hoje, os papéis desabaram 16,17%, cotados a R$ 15,97. E isso em um dia de alta da bolsa, como você pode ler na nossa cobertura de mercados.
Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA
Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista
Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?
O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)
Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Leia Também
Mais lidas
-
1
Ficou mais difícil investir em LCI e LCA após mudanças nas regras? Veja que outras opções você encontra no mercado
-
2
Novo imposto vem aí? Governo avalia criar cota e sobretaxar em até 25% excesso de importação de aço, mas teme disparada da inflação
-
3
Enquanto o dólar não para de subir… Brasil sobe em ranking internacional e este bilionário indonésio fica 10x mais rico em um ano