🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Disparada

R$ 4,58: dólar à vista sobe pela 11ª sessão consecutiva e ignora anúncio de atuação do BC

O dólar à vista subiu 1,55% hoje e, agora, já acumula ganhos de mais de 12% no ano. A nova onda de pressão se deve à perspectiva de continuidade nos cortes da Selic — e a postura do BC apenas contribuiu para trazer mais estresse ao câmbio

Dólar
Imagem: Shutterstock

Na faculdade de jornalismo, um dos primeiros ensinamentos passados aos alunos é o de que "não há manchete que dure 24 horas". Ou seja: por mais grave que seja um acontecimento, ele perde relevância rapidamente — assim, é preciso dar um passo além e buscar mais informações para manter o tema em destaque.

Nesse contexto, dizer que o dólar à vista cravou uma nova máxima já não causa mais a comoção de antes, já que a renovação dos recordes tem sido rotineira — para ser mais preciso, foram 16 novos picos apenas em 2020, incluindo a sessão desta quarta-feira (4), a R$ 4,5801 (+1,52%).

Pensando nisso e nas aulas da faculdade, eu resolvi dar o passo além. Eis alguns números que ilustram melhor o comportamento recente do dólar:

  • Décima primeira alta consecutiva: a última vez que o dólar à vista fechou em baixa foi em 14 de fevereiro — na ocasião, a moeda americana encerrou a R$ 4,3004 (-0,77%);
  • Ganhos acumulados: desde o início da atual sequência de valorização, o dólar à vista já acumula uma alta de 6,50% em relação ao real;
  • Desempenho no ano: o dólar à vista já saltou 12,44% desde o início de 2020 — no fim de 2019, valia R$ 4,0118;
  • Amplitude: em pouco mais de três meses, a cotação do dólar à vista saltou quase R$ 0,57.

Sim, eu sei: os atuais R$ 4,58 representam apenas uma máxima nominal, sem levar em conta os efeitos da inflação. Mas, de qualquer maneira, há um inegável movimento de desvalorização do real, seja por fatores externos ou domésticos — ou a junção dos dois.

Afinal, o surto de coronavírus, as eleições americanas e as instabilidades no cenário político brasileiro contribuem para criar um cenário cheio de incertezas. E, quando não há clareza no horizonte, os investidores costumam adotar uma postura mais defensiva, correndo para a segurança do dólar.

Dito isso, chama a atenção do comportamento do mercado de câmbio nesta quarta-feira, com uma forte alta de 1,52% no dólar à vista, que já estava nas máximas na sessão passada. O que motivou tamanho salto?

Leia Também

Corta ou não corta?

A nova onda de cautela ocorreu num contexto de incerteza quanto ao futuro da Selic, em meio aos novos afrouxamentos monetários vistos no exterior. Os bancos centrais da Austrália e da Malásia já cortaram juros e, ontem, o Fed reduziu as taxas nos EUA de maneira extraordinária, em 0,5 ponto.

Tudo isso para blindar as economias locais dos eventuais impactos negativos do surto de coronavírus. No entanto, essa movimentação abrupta — principalmente por parte do Fed — gerou contestações: há quem diga que a postura foi precipitada e causou mais alarde em relação à doença.

De qualquer maneira, com o Fed abrindo a porta para mais um ciclo de corte de juros no mundo, os investidores agora apostam que o Copom irá seguir os passos da autoridade americana, dando continuidade aos ajustes negativos na Selic.

E o comportamento dos DIs nesta quarta-feira comprova que o mercado já dá como certos os novos cortes na taxa básica de juros brasileira. As curvas de vencimentos mais curtos renovaram as mínimas históricas, e mesmo as mais longas também fecharam em baixa:

  • Janeiro/2021: de 3,84% para 3,76%;
  • Janeiro/2022: de 4,25% para 4,22%;
  • Janeiro/2023: de 4,87% para 4,84%;
  • Janeiro/2025: de 5,84% para 5,81%.

Num cenário de novas baixas na Selic, as pressões sobre o câmbio permanecem inalteradas, já que, caso o Copom acompanhe o Fed, o diferencial de juros em relação aos EUA permanecerá inalterado.

Assim, não houve espaço para um alívio no dólar — ainda mais se considerarmos que o coronavírus segue trazendo incertezas ao panorama global e que, no front doméstico, há ruídos no lado político.

Nesse contexto, nem mesmo o anúncio de um leilão extra de swap cambial pelo BC, na quinta-feira (5), serviu para aliviar as tensões. Logo após a divulgação dos planos, o dólar até perdeu parte da força, mas logo voltou a subir e renovar as máximas.

Na verdade, a postura do BC acabou aumentando o nervosismo, já que os investidores esperavam por uma atuação já na sessão de hoje. Assim, ao anunciar uma operação apenas para amanhã, houve frustração no mercado — o que desencadeou uma puxada no dólar rumo aos R$ 4,58.

Ibovespa respira

Após uma grande turbulência na sessão passada, o Ibovespa conseguiu engatar uma recuperação hoje. Os resultados das prévias do partido Democrata nos EUA deram força às bolsas globais, neutralizando parte das incertezas ligadas ao coronavírus.

O Ibovespa fechou em alta de 1,60%, aos 107.224,22 pontos — ao longo do dia, o índice já oscilou entre os 105.042,11 pontos (-0,47%) e os 107.808,91 pontos (+2,15%). Nos Estados Unidos, o Dow Jones (+4,53%), o S&P 500 (+4,22%) e o Nasdaq (+3,85%) avançaram em bloco.

Diversos fatores influenciaram as decisões dos investidores nesta quarta-feira. Em primeiro plano, apareceu o bom desempenho do ex-vice-presidente Joe Biden nas prévias do partido Democrata — ele saiu vitorioso em vários Estados e, com isso, ultrapassou o senador Bernie Sanders na corrida pela vaga à disputa pela presidência.

Biden é visto como mais moderado e amigável ao mercado, em contraste com Sanders, tido como mais radical. Assim, uma eventual indicação do ex-vice-presidente seria bem recebida pelos investidores — o representante democrata irá concorrer à presidência d país com o atual chefe da Casa Branca, o republicano Donald Trump.

A notícia de que o bilionário Michael Bloomberg desistiu da corrida democrata, declarando apoio a Biden, também foi comemorada em Wall Street — o poderio financeiro do magnata poderá dar impulso à campanha do ex-vice-presidente, aumentando ainda mais suas chances contra Sanders.

O panorama eleitoral nos EUA serviu para trazer algum alento às preocupações dos agentes financeiros quanto ao coronavírus e o rumo da economia mundial. A doença segue se espalhando num ritmo elevado na Itália e, do outro lado do Atlântico, crescem os números de mortos em terreno americano.

Escândalo

As ações ON do IRB (IRBR3) despencaram 31,96% e, obviamente, tiveram o pior desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira, após o megainvestidor Warren Buffett desmentir publicamente a resseguradora e afirmar que não tem interesse em investir na empresa.

Há alguns dias, em meio ao imbróglio entre a gestora Squadra e a companhia, surgiram rumores de que a Berkshire Hathaway, conglomerado de investimentos de Buffett, havia aumentado sua participação no IRB — informação que teria sido confirmada pela própria empresa, em conferência com analistas.

Tais notícias deram um impulso às ações do IRB, mas, com a negativa do bilionário e a consequente perda de credibilidade por parte do mercado em relação à gestão da companhia, os papéis hoje desabam.

  • Veja abaixo o comentário do Vinicius Pinheiro a respeito do vexame protagonizado pelo IRB:

Top 5

Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa:

  • Suzano ON (SUZB3): +9,01%
  • Usiminas PNA (USIM5): +7,00%
  • Klabin units (KLBN11): +6,06%
  • Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): +5,88%
  • Cyrela ON (CYRE3): +5,27%

Confira também as maiores baixas do índice:

  • IRB ON (IRBR3): -31,96%
  • Hapvida ON (HAPV3): -3,41%
  • Yduqs ON (YDUQ3): -2,08%
  • Qualicorp ON (QUAL3): -1,88%
  • NotreDame Intermédica ON (GNDI3): -1,56%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
A LIDERANÇA ESCAPOU

Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)

14 de julho de 2025 - 12:25

Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+

O SOL NASCERÁ?

Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos

13 de julho de 2025 - 15:57

Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial

RANKING SEMANAL

Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana

12 de julho de 2025 - 15:46

Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)

MERCADOS HOJE

Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475

11 de julho de 2025 - 12:59

A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios

FIIS HOJE

BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões

10 de julho de 2025 - 16:16

O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais

AÇÕES BLINDADAS

XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas

10 de julho de 2025 - 14:56

Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452

10 de julho de 2025 - 11:33

Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados

VOLATILIDADE CRESCENTE

Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora

10 de julho de 2025 - 10:26

A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas

NOVOS HORIZONTES

Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso

10 de julho de 2025 - 6:03

Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”

APERTEM OS CINTOS!

O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3

9 de julho de 2025 - 20:19

O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%

CHANCE DOURADA

A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato

9 de julho de 2025 - 18:00

A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024

9 de julho de 2025 - 14:01

Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros

FIIS HOJE

FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria

9 de julho de 2025 - 12:52

Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira

VISÃO DO GESTOR

O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora

9 de julho de 2025 - 6:08

Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações

DIA DA LIBERTAÇÃO RELOADED

A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano

8 de julho de 2025 - 19:58

O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora

VOLTOU A VALER A PENA

Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil

7 de julho de 2025 - 19:49

Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo

ENTREGOU TUDO

Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016

7 de julho de 2025 - 17:24

Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana

MERCADOS E TARIFAS

Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778

7 de julho de 2025 - 13:46

Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes

DE ENDEREÇO NOVO

Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência

7 de julho de 2025 - 12:12

Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado

FII DO MÊS

De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking

7 de julho de 2025 - 6:01

Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar