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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores

Prévia do terceiro trimestre

Grandes bancos começam a olhar crise pelo retrovisor, mas com lucro ainda em queda

Lucro combinado de Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander deve aumentar em relação ao trimestre anterior, mas ainda ficará bem abaixo dos patamares de 2019

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
24 de outubro de 2020
7:16 - atualizado às 19:25
Logo dos bancos Bancos Bradesco, Itau, Santander, Banco do Brasil em cima de passagens de pedágio.
Imagem: Marcos Santos/Jornal da USP - Montagem Andrei Morais

Os grandes bancos devem começar a ver os efeitos da crise do coronavírus pelo retrovisor nos resultados que começam a ser publicados na próxima terça-feira. A grande dúvida do mercado agora é quando (e se) Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil voltarão a viver os dias de glória.

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O lucro combinado das quatro grandes instituições financeiras com capital aberto deve atingir R$ 15,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a estimativa média dos analistas. O resultado projetado representa um aumento de 17% em relação ao trimestre anterior, mas ainda é 27% menor que o obtido pelos bancões no mesmo período de 2019.

As despesas bilionárias com provisões para perdas no crédito com a pandemia do coronavírus derrubou o lucro dos grandes bancos no primeiro semestre deste ano. Mas os analistas esperam que a maior parte do estrago já foi feita.

A expectativa positiva para os números do trimestre inclusive levou um pequeno rali nas ações de Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander neste mês de outubro, com altas de até 20%. No acumulado do ano, porém, o setor segue com um dos piores desempenhos da bolsa.

O problema é que a estrada à frente está longe de ser tranquila. Os bancões certamente terão de lidar com uma maior inadimplência, que foi contida em um primeiro momento diante dos processos de renegociação e prorrogação dos vencimentos de parcelas no auge da crise.

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Isso sem falar no grande ponto de interrogação com o avanço da concorrência das fintechs, as novas empresas de tecnologia financeira. O grande indutor da competição é o Banco Central, que lança em novembro o Pix, o sistema de transferências e pagamentos instantâneos — e gratuitos.

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Nos cálculos da agência Moody's, os bancos podem perder até 8% das receitas com tarifas após a entrada em operação do Pix. Leia a seguir o que esperar para os resultados de cada banco.

Santander acelera

Dos quatro bancos, o Santander é o que deve mostrar a maior evolução nos resultados, segundo os analistas. A média das estimativas aponta para um lucro de R$ 2,764 bilhões, um avanço de 29,4% na comparação com o trimestre anterior, mas ainda assim uma queda de 25% frente ao mesmo período de 2019.

A expectativa positiva para o balanço provocou um pequeno rali nas ações da unidade brasileira do banco espanhol (SANB11), que acumulam valorização de quase 15% em outubro.

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“A retomada da economia brasileira, especialmente a concessão de crédito imobiliário, automóveis e cartão de crédito, deve ter um impacto positivo no crescimento da carteira de crédito do banco”, escreveram os analistas do UBS BB, em relatório a clientes. O Santander divulga o balanço na terça-feira (27), antes da abertura da bolsa.

Bradesco noturno

O Bradesco vai romper uma antiga tradição no balanço que sai na próxima quarta-feira (28). Em vez de publicar os resultados bem cedo pela manhã, o banco com sede na Cidade de Deus programou a divulgação para depois do fechamento dos mercados.

A projeção média dos analistas aponta para um lucro líquido de R$ 4,513 bilhões para o Bradesco, alta de 16,5% no trimestre e queda anual de 31%.

A melhora nos resultados do terceiro trimestre virá principalmente das despesas com provisões, que devem recuar 24% em relação ao trimestre anterior, para R$ 6,8 bilhões, de acordo com o Credit Suisse.

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Pelas estimativas do banco suíço, a rentabilidade do Bradesco deve subir de 11,9% para 14,1%. Apesar da melhora, o retorno ainda está bem abaixo do desejo do presidente do banco, Octavio de Lazari, de retomar o nível histórico de 20%.

Itaú conservador

No auge da crise, o Itaú Unibanco adotou uma postura mais conservadora e reduziu a concessão e refinanciou as linhas de crédito de maior risco, como o cheque especial. O problema é que esses também são os produtos mais rentáveis.

Com isso, a expectativa para o lucro do maior banco privado brasileiro é de R$ 4,745 bilhões, uma alta de 12,8% na comparação com o segundo trimestre — a menor entre os bancões. O Itaú divulga o balanço no dia 3 de novembro, após o fechamento da bolsa.

Para os analistas do UBS BB, o banco deve sofrer a maior pressão na margem financeira, a linha do balanço que contabiliza as receitas dos bancos com a concessão de crédito menos os custos de captação.

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Ainda assim, as ações do Itaú (ITUB4) são as favoritas do setor para os analistas. No ano, os papéis acumulam queda da ordem de 30%.

Além dos resultados, os investidores vão acompanhar de perto as movimentações em torno da sucessão no banco. Candido Bracher, o atual presidente, completa em dezembro 62 anos, idade-limite do estatuto para que um executivo permaneça no comando da instituição.

Banco do Brasil em transição

Por falar em mudança no comando, o Banco do Brasil tem novo presidente com a confirmação de André Brandão, ex-HSBC, no mês passado.

Ele deve ser questionado sobre os rumos do banco no atual cenário de pressão competitiva que vive o setor. O BB adotou a estratégia de separar e buscar sócios para algumas áreas de negócio.

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Depois do IPO da unidade de seguros, com a criação da BB Seguridade, a instituição fechou uma parceria com o UBS em banco de investimento. O mercado aguarda que um movimento semelhante ocorra com a área de gestão de fundos, a BB DTVM.

O Banco do Brasil divulga os resultados do terceiro trimestre no dia 5 de novembro, antes da abertura da bolsa. Pela estimativa média dos analistas, o banco deve ter lucro de R$ 3,735 bilhões, o que representa uma alta de 16,4% no trimestre e uma redução de 12,2% na comparação anual.

“Esperamos uma inadimplência menor e possível recuperação mais rápida que o mercado”, escreveram os analistas da XP Investimentos, em relatório.

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