Carrefour, Hapvida, SulAmérica, Cia Hering e Totvs: conheça as novas integrantes do Ibovespa
B3 divulga regularmente três prévias das novas composições do índice; nas duas primeiras prévias, apareceram Carrefour, Hapvida, SulAmérica e Hering.
O clube do Ibovespa, que concentra a elite das ações negociadas em bolsa, tem cinco novos integrantes: Carrefour Brasil ON (CRFB3), Hapvida ON (HAPV3), SulAmérica units (SULA11), Cia Hering ON (HGTX3) e Totvs (TOTS3).
A partir de segunda-feira (6), a carteira do Ibovespa passará a ter 73 ativos — nenhum papel deixou o portfólio. A nova versão do índice valerá pelos próximos quatro meses, com uma nova revisão sendo feita ao fim de abril.
A nova carteira do Ibovespa vigora entre 6 de janeiro e 30 de abril de 2020. As ações PN do Itaú Unibanco (ITUB4) se mantêm com o maior peso na composição do índice, com 8,610%. Em seguida aparecem Vale ON (8,248%), Bradesco PN (6,865%), Petrobras PN (6,684%), e B3 ON (4,278%).
A B3 divulga regularmente três prévias das novas composições do índice: a 1ª prévia, no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira em vigor; a 2ª prévia, no pregão seguinte ao dia 15 do último mês de vigência da carteira em vigor e a 3ª prévia, no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor.
Nas duas primeiras prévias, apareceram Carrefour, Hapvida, SulAmérica e Hering. Nesta quinta, na terceira e última prévia, a Totvs aparece como novidade.
Quem são as novatas?
O Ibovespa como um todo teve um 2019 bastante positivo, acumulando ganhos superiores a 30%. Mas três das quatro novas integrantes superaram em muito o rendimento da carteira.
Leia Também
Foi o caso de Hapvida ON, Totvs e Sulamerica, que teve um ganho superior a 100% Já Carrefour Brasil ON ficou quase empatada com o Ibovespa, saltando cerca de 30% em 2019 — Cia Hering ON, por sua vez, subiu "apenas" 20%.
Surfando a onda doméstica
O Carrefour Brasil aposta suas fichas na retomada do crescimento econômico do país em 2020 — fator que, naturalmente, irá impulsionar suas atividades, já que o ramo de supermercados possui estreita relação com o ritmo da atividade doméstica.
E, considerando que a companhia já vem apresentando resultados interessantes em 2019, as perspectivas são animadoras daqui para frente. No terceiro trimestre, o Carrefour Brasil reportou lucro líquido de R$ 448 milhões, cifra 14,7% maior na base anual — as vendas líquidas avançaram 8,1% na mesma base, para R$ 13,7 bilhões.
Assim como seu principal rival, o GPA, o Carrefour Brasil possui bandeiras voltadas ao varejo e outras para o chamado "atacarejo" — no caso, a marca Atacadão, que é responsável pela maior parte da geração das vedas líquidas.
E o otimismo é reforçado pelos planos de expansão do Carrefour em 2020. Em novembro, o presidente do grupo, Noël Prioux, disse que a companhia planeja abrir 20 lojas Atacadão no ano, além de acelerar o ritmo de inauguração de lojas de vizinhança, do e-commerce e dos serviços financeiros.
Não temos bola de cristal, mas há alguns parâmetros que indicam que 2020 será um pouco melhor", disse Prioux. desde 2016, o Carrefour mantém o ritmo de investimentos, aplicando cerca de R$ 2 bilhões ao ano para a expansão das operações.
Hapvida: Expansão agressiva
A Hapvida, uma empresa do setor de saúde suplementar, tinha como nicho geográfico as regiões Nordeste e Norte do país. Pois em 2019 a empresa resolver ir além, buscando entrar em outros mercados — e fez isso via aquisições.
A primeira grande operação da Hapvida ocorreu em maio, quando fechou a compra do Grupo São Francisco, dono de hospitais e operador de planos de saúde no interior de São Paulo, por R$ 5 bilhões. Esse foi só o começo do processo de expansão.
Somente em 2019, a empresa adquiriu o Grupo América, com atuação no centro-oeste; o Hospital das Clinicas do Cariri, no Ceará; a RN Metropolitan, focada na região do Triângulo Mineiro; o Hospital das Clínicas de Parauapebas, no Pará; e a carteira de clientes de planos médicos da Agemed Saúde, que atua em Santa Catarina.
É claro que, para ter munição para tantas aquisições, a Hapvida precisou acessar o mercado: a empresa concluiu uma oferta subsequente de ações (follow on) em 2019, levantando R$ 2,37 bilhões.
Do ponto de vista financeiro, os analistas ponderam que a Hapvida está bem posicionada, mostrando também crescimento orgânico de suas operações: no terceiro trimestre de 2019, a empresa reportou lucro líquido de R$ 215,9 milhões, alta de 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
SulAmérica: operações enxutas, resultados firmes
A SulAmérica fez o caminho contrário da Hapvida: sua grande movimentação corporativa em 2019 foi a venda de ativos importantes — suas operações de automóveis e de ramos elementares, como proteção ao patrimônio — à Allianz Seguros, por R$ 3 bilhões.
Tudo faz parte da estratégia de longo prazo da SulAmérica, que, a partir de agora, quer ficar focada nos segmentos de saúde e pessoas — e os recursos levantados com a operação abrem a porta para eventuais aquisições nesse setor ao longo de 2020.
Nos últimos anos, o portfólio da SulAmérica vem passando por um processo de enxugamento. Em 2018, a empresa vendeu sua carteira de capitalização à brasileira Icatu; em 2015, os ativos de seguros de grandes riscos e habitacionais já haviam sido negociados com outras empresas.
E, depois de todo esse processo de redefinição de foco, a SulAmérica está bem posicionada para ganhar terreno e buscar maior participação na área de saúde e pessoas. No terceiro trimestre de 2019, a empresa teve lucro líquido de R$ 245,4 milhões, crescendo 4,6% em um ano; entre janeiro e setembro, os ganhos chegaram a R$ 729,7 milhões, um salto de 42,7%.
Cia Hering: Ganhando tração
A Cia Hering é a mais discreta entre as estreantes do Ibovespa: a empresa não fez nenhuma aquisição relevante, não vendeu ativos e não anunciou seus planos para 2020. Então, o que pode direcionar as ações da varejista de moda daqui para frente.
Bem, assim como o Carrefour, a Cia Hering também se beneficia com o aquecimento da economia doméstica — o setor de vestuário é outro que também ganha um impulso com a retomada do nível de atividade do país.
Mas, além disso, analistas notam que, após longos períodos de instabilidade e transição, a Cia Hering começa a dar sinais mais animadores, com um ritmo de crescimento interessante e uma gestão mais sofisticada de estoques.
No terceiro trimestre de 2019, a companhia reportou um salto de 22,3% no lucro líquido na base anual, para R$ 64,1 milhões. O resultado chama ainda mais a atenção porque a receita líquida subiu apenas 0,8% no mesmo intervalo, indicando um ganho de eficiência nas operações.
E, de fato, os índices operacionais da Cia Hering foram elogiados pelo mercado: as vendas no critério mesmas lojas (SSS), um importante indicador para o segmento de varejo, ficaram em 6,6% no terceiro trimestre de 2019 — no mesmo intervalo de 2018, foram de 4,4%.
"A Hering reportou um SSS sólido e uma margem bruta sólida", escreveu a equipe de análise do Itaú BBA, ao comentar os dados da varejista no terceiro trimestre. "Apesar da deterioração na margem Ebitda ajustada, vemos os investimentos em marketing e a distribuição de lucro como um fator positivo para o desempenho futuro [das ações]".
Totvs: fôlego para crescer
A Totvs é a maior empresa de software de gestão do Brasil. Está presente em 41 países e tem quase 8 mil funcionários. A empresa tem um histórico agressivo de aquisições - mais de 30 compras entre 2005 e 2016.
No ano passado, a companhia levantou R$ 1 bilhão em uma oferta subsequente de ações, feita para financiar sua expansão.
E logo foi às compras. Recentemente, comprou uma empresa focada em crédito entre clientes e fornecedores: a Supplier.
Mesmo assim, a empresa entra em 2020 com o bolso cheio e fôlego para crescer. No ano passado, suas ações se valorizaram cerca de 130%.
Entenda
Para as ações de uma empresa estarem no Ibovespa é preciso que elas estejam entre os ativos mais negociados da bolsa nos últimos 12 meses, tanto em volume quanto em presença nos pregões.
Cada ação tem um peso diferente, que leva em conta o seu valor de mercado em negociação na bolsa, o chamado free float. Ou seja, quanto maior o valor de mercado das ações negociadas de uma determinada empresa, maior a sua participação no índice.
A carteira em vigor até 5 de janeiro tem 68 ações ou units (certificados de ações) de 65 empresas. As ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4) possuem hoje a maior participação no Ibovespa, com 9,4%.
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços