Após queda de executivos, IRB descarta rever balanços contestados pela Squadra
Conselheiro diz que foi pego de surpresa com a notícia falsa sobre a compra de ações do IRB pela holding de Warren Buffett e que empresa vai apurar o caso
Um dia depois da lambança que envolveu o nome do bilionário Warren Buffett e levou à queda da cúpula da empresa de resseguros IRB Brasil, os executivos da companhia vieram a público hoje pela manhã para reafirmar que todos os acionistas e o conselho estão tranquilos com os resultados divulgados pela empresa.
Em teleconferência com analistas, o presidente interino do conselho de administração do IRB, Pedro Guimarães, afirmou que não há nenhum motivo para "nem pensar em republicar" algum balanço.
"O conselho e todos nós acionistas temos total tranquilidade com o balanço", afirmou Guimarães.
A crise no IRB teve início em fevereiro, quando a gestora carioca Squadra divulgou uma carta aos investidores na qual contestou os resultados da companhia.
Com uma grande posição vendida em ações da companhia, a gestora sustenta que os balanços foram turbinados por itens não-recorrentes, ou seja, que não vão se repetir em resultados seguintes.
Embora não veja razões para rever os balanços da gestão passada, o IRB pretende aprimorar a forma como publica os resultados, segundo Werner Suffert, novo vice-presidente financeiro e de relações com investidores e presidente interino da companhia.
Leia Também
"É claro que temos que melhorar transparência e trazer conforto para quem investe e para os reguladores", disse Suffert, que fazia parte do conselho do IRB e estava na BB Seguridade.
Leia também:
- Cúpula do IRB Brasil cai após lambança com nome de Warren Buffett e questionamento a balanço
- IRB desaba mais de 30% com vexame internacional após Buffett negar compra de ações
- Executivos do IRB voltam a defender balanço, mas evitam confrontar Squadra
- IRB turbinou lucro em R$ 1,5 bilhão com itens extraordinários, diz Squadra
Desconforto com Buffett
A situação do IRB se deteriorou na terça-feira à noite, depois que a Berkshire Hathaway, holding que concentra os investimentos do bilionário Warren Buffett, informou que nunca teve, não tem e não pretende ter ações da empresa.
A manifestação da Berkshire ocorreu depois da publicação de notícias falsas de que a holding do bilionário teria comprado ações do IRB.
Guimarães negou que a diretoria anterior do IRB tenha informado o conselho sobre a suposta compra de ações pela Berkshire e disse que foi pego de surpresa com a negativa.
O executivo disse que a notícia sobre o desmentido da empresa de Buffett trouxe um desconforto para a companhia e que o caso será investigado.
Entre as questões que serão apuradas está a indicação da advogada Márcia Cicarelli, procuradora da Berkshire no país, para o conselho fiscal da companhia. A notícia foi interpretada pelo mercado como uma forma de a antiga administração sustentar a notícia falsa sobre a participação de Buffett no IRB.
Saída de Ivan Monteiro
Pedro Guimarães, que é presidente da Caixa Econômica Federal, assumiu o comando do conselho do IRB interinamente após a renúncia de Ivan Monteiro. A saída dele, aliás, foi outro ponto mal explicado pela antiga diretoria da companhia.
A informação sobre a renúncia de Monteiro, também publicada antecipadamente pela imprensa, foi desmentida pela companhia. O problema é que desta vez a informação era verídica. No dia seguinte ao desmentido do IRB, o executivo formalizou o pedido de renúncia ao cargo.
Guimarães negou, contudo, que a saída de Monteiro tenha sido motivada por algum tipo de desconforto com os balanços do IRB, como a imprensa também chegou a noticiar.
"Nunca houve nenhum tipo de desconforto do Ivan [Monteiro] até por uma questão matemática. Se houvesse, ele não teria assinado o último balanço", afirmou Guimarães.
O presidente da Caixa, disse que ficará na presidência do conselho por apenas mais alguns dias e que a empresa busca para a vaga um nome com larga experiência no ramo de seguros e resseguros, inclusive em empresas internacionais.
Após a violenta queda de mais de 30% no pregão de ontem, as ações do IRB ensaiaram uma reação na abertura do pregão desta quinta-feira, mas voltaram a cair forte e despencaram 16,47%. Desde o início de fevereiro, a companhia já perdeu quase 65% do valor na bolsa, o equivalente a R$ 27 bilhões. Leia também nossa cobertura completa de mercados.
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
