Parece cloroquina mas é só tristeza
O Brasil perdeu hoje o segundo ministro da Saúde em menos de um mês. O que já seria algo pouco convencional em “tempos de paz” se torna ainda mais preocupante quando acontece no meio de uma pandemia que já matou 14 mil brasileiros.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão, já dizia Renato Russo. Nelson Teich chegou ao governo pregando alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro. Mas não foi isso o que se viu nos 28 dias em que esteve à frente da pasta.
Nas esquinas invisíveis da Esplanada dos Ministérios, Teich já era carta fora do baralho pelo menos desde a publicação do decreto que estabeleceu como atividades essenciais barbearias, salões de beleza e academias. Como sabemos, a medida foi tomada sem o conhecimento do então ministro.
Como sempre discreto, Teich fez um breve pronunciamento para falar sobre a saída do governo, mas não falou sobre os motivos do pedido de demissão.
A razão alegada pela imprensa para o fim do “casamento” – para usar a metáfora favorita do presidente – teria sido a desavença sobre o uso da cloroquina (ou hidroxicloroquina para os íntimos) no tratamento do coronavírus. O medicamento defendido por Bolsonaro não teve até o momento eficácia comprovada contra a doença.
De todo modo, a confirmação da saída de mais um ministro da Saúde pesou sobre os mercados e aumentou a incerteza sobre a forma como o governo vai lidar com o avanço do vírus.
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O Ibovespa ampliou as perdas logo após a notícia e fechou a sexta-feira em queda de 1,84%. O dólar voltou a subir e encerrou o dia cotado a R$ 5,839 (+0,34%).
Lá fora, as bolsas fecharam em alta hoje, embora não tenha sido uma semana fácil nos mercados globais. Saiba com o Victor Aguiar como as crises simultâneas na saúde, na economia e na política mexeram com o humor dos investidores.
O ministro, o dólar e mais
A confirmação da saída do ministro Nelson Teich ocorreu logo no começo da transmissão ao vivo do nosso podcast Touros e Ursos. O Victor Aguiar e a Julia Wiltgen comentaram o assunto, é claro, assim como a nova disparada do dólar, agora flertando com os R$ 6,00, e responderam às dúvidas dos internautas. Se você perdeu a transmissão confere lá no nosso canal no YouTube.
Menção nada honrosa
A consultoria Eurasia voltou a criticar Jair Bolsonaro, dizendo que se trata do líder “mais incompetente” no combate ao coronavírus em uma democracia. A declaração foi dada pelo presidente da consultoria política, Ian Bremmer. Ele também chamou atenção para a demissão do segundo ministro da Saúde em menos de um mês e disse que Donald Trump parece muito bom perto do presidente brasileiro.
Falou PF
E por falar em Bolsonaro, o chefe do Executivo admitiu que disse “PF”, as iniciais para Polícia Federal, no vídeo da reunião ministerial citada como Sergio Moro como prova de interferência na corporação. O presidente disse que a sua queixa se referia à PF, mas que tinha a ver com outra coisa: o serviço de inteligência que ela desempenha. Anteriormente, Bolsonaro havia dito que não havia usado a expressão “Polícia Federal” na gravação. Leia mais sobre a polêmica das iniciais.
Ajuda aérea
O BNDES afirmou que as três principais companhias aéreas aderiram à ajuda do banco. O pacote de apoio veio de um sindicato de bancos coordenado pelo órgão. De acordo com o presidente da instituição, Gustavo Montezano, o pacote de socorro está agora na “execução desses mandatos”. Confira o que se especula até agora sobre o plano de resgate.
Esteves banca IPO
O bilionário André Esteves não está para papinho: o banqueiro do BTG Pactual sinalizou que garantiria o IPO da Estapar se o preço da ação ficasse no piso indicativo da faixa. E não deu outra. O banqueiro comprou 40% das ações da empresa de estacionamentos na oferta pública inicial. A rede de estacionamentos captou quase R$ 350 milhões com a operação, mas as ações derraparam na estreia.
O diabo mora nos detalhes
Você investiria em um fundo que entregasse como rentabilidade o dobro do Ibovespa, para cima ou para baixo? Pode parecer um risco calculado à primeira vista, mas e se eu dissesse que esse retorno é garantido apenas por um dia, e não ao longo do tempo? Nesta coluna, o Bruno Marola conta o que aconteceu com alguns “fundos de índice” (ETFs, na sigla em inglês) alavancados na crise. Vale a pena ler!
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