A grande aposta da Squadra contra o IRB
No meio da década passada, Michael Burry constatou que havia algo errado com o mercado imobiliário nos Estados Unidos.
Convicto de que o aumento da inadimplência nas hipotecas de alto risco (subprime) levaria a uma quebradeira do sistema, ele decidiu montar uma ousada posição contra o mercado – algo praticamente inédito até então.
A história de Burry e outros investidores que ganharam rios de dinheiro na esteira da crise financeira de 2008 é retratada no filme A Grande Aposta, baseado no livro de Michael Lewis.
No mercado brasileiro não é muito comum conhecer histórias de investidores que ostentam grandes posições vendidas contra o consenso de mercado. Mas a publicação da carta de uma gestora de fundos hoje trouxe um desses casos à tona.
No documento de mais de 150 páginas, a Squadra Investimentos traz os fundamentos de sua aposta contra as ações da empresa de resseguros IRB-Brasil, uma das maiores sensações da bolsa.
Trimestre após trimestre, a ex-estatal vem entregando resultados acima do esperado pelo mercado e ainda ostenta o título de resseguradora mais rentável do mundo.
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Para você ter uma ideia, o retorno sobre o patrimônio da companhia de janeiro a setembro de 2019 foi de 37% – contra uma Selic que agora está em 4,5% ao ano.
Os investidores premiaram esse desempenho. Desde a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em julho de 2017, o valor de mercado do IRB se multiplicou por quatro.
A Squadra acredita, contudo, que os resultados do IRB não se sustentam e foram turbinados por efeitos que não vão se repetir nos próximos balanços.
A publicação da carta da gestora fez estrago nas ações da resseguradora no pregão desta segunda-feira. Eu conto para você mais detalhes sobre essa grande aposta.
Um alívio nas bolsas
Apesar da queda dos papéis do IRB, o Ibovespa como um todo teve um dia de recuperação após as perdas de 4% na semana passada. A bolsa seguiu o movimento dos mercados nos Estados Unidos e sustentou uma alta consistente durante todo o pregão. O dólar também teve um dia de alívio, ainda que as preocupações sobre a disseminação do coronavírus não tenham sido afastadas. Entenda o que movimentou as bolsas na sessão de hoje com o Victor Aguiar.
De olho no “clubinho”
Com o objetivo de integrar o “clube dos países mais ricos” da OCDE e de aumentar a produtividade das pequenas e médias empresas, o governo vai lançar neste mês o programa “Brasil Mais”. A ideia é atender entre 250 mil e 300 mil companhias até 2022. Mas para participar da iniciativa, elas deverão oferecer uma contrapartida. Confira as condições e os principais detalhes do programa.
Quem mexeu no meu imposto?
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O show da política
De olho na disputa da Casa Branca, Michael Bloomberg e Donald Trump pagaram algo em torno de R$ 47 milhões para disputar o horário comercial no Super Bowl. A final do campeonato de futebol americano é o maior evento do mercado publicitário do país. Nesta matéria você pode ler (e assistir) o que disseram os dois candidatos à presidência.
Precisamos falar sobre day trade
O crescimento no número de investidores na bolsa é mais do que bem vindo. Mas pelo menos uma consequência dessa euforia é preocupante: a maior participação de pequenos investidores no mercado futuro, principalmente em operações de “day trade” – de compra e venda no mesmo dia. O alerta é do nosso colunista Felipe Miranda. Vale muito a pena você ler a análise sobre esse comportamento para evitar erros que ele próprio conhece muito bem.
Uma ótima noite para você.
Aquele abraço!
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