O Fed vai pegar mais leve com a inflação?
A inundação de liquidez nos mercados mundiais não deve diminuir tão cedo. Ao menos foi assim que os investidores interpretaram a mudança de estratégia na política do Federal Reserve, o banco central americano, confirmada pelo seu presidente, Jerome Powell, nesta quinta.
O Fed anunciou que passará a observar a inflação média para tomar suas decisões de juros. Assim, se a inflação ficar abaixo da meta de 2% em um dado período, ela poderá superar os 2% em um período mais adiante, desde que a média não supere os 2%.
Na prática, a mudança representa uma política um pouco mais frouxa em relação à inflação, o que significa que os juros americanos devem permanecer no atual patamar por mais tempo do que o inicialmente esperado. Em outras palavras, não será um repique inflacionário momentâneo que vai levar as taxas para cima.
Naturalmente que isso é música para os ouvidos dos investidores, pois quanto menores os juros, mais atrativos ficam os ativos de risco.
Mas não podemos esquecer que, apesar de estarmos vivendo em um mundo “sem inflação”, a sombra do dragão, ainda que apagada e distante, já paira no horizonte, com as impressoras de dinheiro ligadas na potência máxima ao redor do globo.
O discurso de Powell repercutiu bem nas bolsas lá fora, mas aqui no Brasil só foi suficiente para derrubar um pouco o dólar e impedir o Ibovespa de cair. O risco fiscal continua pesando por aqui.
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Depois de muita volatilidade no dia, o Ibovespa terminou o pregão com uma curiosa "variação" de zero por cento. Já o dólar cedeu 0,66%. O Ricardo Gozzi conta todos os detalhes nesta matéria.
INVESTIMENTOS
• Na onda das taxas de corretagem zeradas, a Guide reduziu a sua para 0,1% com o teto de R$ 7,50. A ideia é mirar os novatos da B3, que cresceram em número em meio à pandemia.
EMPRESAS
• O governo federal quer que um senador apresente um projeto clone para privatizar a Eletrobras, que seria idêntico à proposta já enviada pelo Executivo à Câmara. O atalho para desestatizar a elétrica, porém, pode encontrar problemas pelo caminho.
• A Anatel pediu à Justiça o adiamento por 60 dias da assembleia geral de credores da Oi, marcada para 8 de setembro. Entenda o motivo.
• A JHSF anunciou programa de recompra de 28 milhões de ações. Os papéis da incorporadora caíram 19% em agosto, após alertas de empresa de auditoria sobre operações não usuais ou complexas envolvendo o seu controlador.
• O Cade aprovou, sem restrições, a aquisição da Inloco Media pelo Magazine Luiza, que permitirá a entrada da varejista no segmento de publicidade on-line.
• O fundador da Amazon, Jeff Bezos, tornou-se a primeira pessoa do mundo a atingir um patrimônio de US$ 200 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg. A companhia tem se beneficiado do crescimento do e-commerce durante a pandemia.
ECONOMIA
• A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), prevista na proposta de reforma tributária enviada pelo governo, aumentará o spread bancário em 1 ponto porcentual, diz a Febraban. Segundo o presidente da entidade, os impostos correspondem, hoje, a 19,3% do spread.
• O BNDES está estudando a concessão de florestas na Amazônia. Os estudos contemplam também a concessão de parques e jardins botânicos públicos à iniciativa privada.
• Os fluxos de recursos para as economias emergentes mostram sinais de retomada, após saídas recordes em 2020, diz o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, em inglês). Mas não no caso do Brasil. Aqui, a tendência ainda é a saída de recursos.
COLUNISTAS
• Qual a probabilidade de o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixar o governo? Para o nosso colunista Rodolfo Amstalden, ele sempre esteve próximo de sair. Afinal, trata-se de um cargo maldito. Entenda.
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