🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Estadão Conteúdo
Desenvolvimento sustentável

BNDES estuda concessão de florestas

Os estudos do BNDES contemplam também a concessão de parques e jardins botânicos públicos à iniciativa privada

Estadão Conteúdo
27 de agosto de 2020
12:48 - atualizado às 18:10
floresta, amazonia
Imagem: Shutterstock

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estuda um modelo para a concessão de florestas na Amazônia ao setor privado. O objetivo da instituição é chegar a uma modelagem que preveja o desenvolvimento da região com a preservação ambiental.

"Será que a única forma de fazer o valor emergir (de uma floresta) é através do manejo? Será que manter uma floresta de pé traz dividendos reputacionais pelos quais alguém pagaria?", questiona o diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs do BNDES, Fábio Almeida Abrahão, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Os estudos do BNDES contemplam também a concessão de parques e jardins botânicos públicos à iniciativa privada. "Imagine o Ibirapuera (concedido à iniciativa privada em 2019), ou algumas praças de São Paulo. A praça foi privatizada? Não foi. Ninguém colocou uma cerca falando que as pessoas não vão poder entrar. Será uma concessão", afirma sobre ideias do modelo em gestação no BNDES.

O banco de fomento tem cerca de um milhão de hectares concedidos com foco no manejo. "Só nossa carteira tem mais de dois milhões de hectares. É um crescimento bastante expressivo", afirma.

Abrahão diz que a instituição está conversando com diversos bancos multilaterais para coletar modelos de concessão similares no mundo. À mesa estão o GI Hub, do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), além do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo o diretor do BNDES, o objetivo hoje é identificar potenciais investidores e desafios legais para avançar com os projetos de concessão. Entre as ideias, ele prevê negociações de créditos de carbono. A ideia do BNDES é apresentar o modelo no ano que vem.

De acordo com o executivo do BNDES, o assunto também está sendo discutido no âmbito do Conselho da Amazônia, órgão liderado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão. O órgão foi criado pelo governo federal para conduzir soluções de preservação da floresta, em meio ao crescimento das críticas sobre o desmatamento por parte de investidores, fundos estrangeiros, empresas, bancos e entidades nacionais.

Parques como Lençóis Maranhenses (MA), Jericoacoara (CE) e Iguaçu (PR) - que fazem parte do programa nacional de desestatização desde dezembro - têm vocação mais clara. Segundo Abrahão, no caso de parques e jardins botânicos, é possível extrair valor na concessão por meio de visitações turísticas. "Sabemos que existe um elemento de gravidade para o ativo ser usado para valor turístico. É claro que, em volta disso, tem a percepção de imagem, mas o núcleo duro é turístico mesmo", diz.

Crédito de Carbono

Uma janela de oportunidade com a concessão de florestas estaria na criação de créditos de carbono. No momento, entretanto, tudo está no campo das ideias. "Do ponto de vista legal, o uso do crédito de carbono precisa ser olhado em detalhes e, se for o caso, propor mudanças (na legislação). Mas é de se imaginar que uma companhia com essa pegada de carbono ajudar na manutenção de uma floresta tem tudo a ver. É um serviço para o Estado e também para a população. De quebra, emerge o valor para contribuir para zerar a emissão de carbono", diz ele.

O mercado de crédito de carbono começou a crescer no mundo e deu seus primeiros passos no Brasil neste ano. Em abril, começaram a ser negociados na B3 (Bolsa paulista) os Créditos de Descarbonização (Cbios), do Programa Renovabio. O instrumento visa a disponibilizar ao produtor de combustíveis fósseis créditos para redução das suas emissões de gases efeito estufa com a compra de créditos de produtores de biocombustíveis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

NOVIDADE NA PRAÇA

BNDES vai comprar R$ 8,7 milhões em créditos de carbono; conheça os detalhes deste mercado

26 de maio de 2022 - 16:00

A ideia do BNDES é realizar novas chamadas, investindo de R$ 100 a R$ 300 milhões na compra de créditos de carbono nos próximos dois anos

Resultado

Oi (OIBR3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 1,669 bilhão no 4T21; veja os destaques do balanço

5 de maio de 2022 - 8:39

No negócio de fibra, um dos focos da “nova Oi”, a empresa chegou a 3,4 milhões de casas conectadas, com uma receita anual de R$ 2,9 bilhões

NÃO PERDEU TEMPO

Oi (OIBR3) usa dinheiro de venda a rivais para quitar dívida bilionária com o BNDES; valor foi o maior já recuperado na história do banco

20 de abril de 2022 - 19:32

A operadora desembolsou R$ 4,6 bilhões para liquidar dívidas de contratos celebrados em 2009 e 2012

DESINVESTIMENTO

BNDES segue plano estratégico e vende mais 50 milhões de ações da JBS (JBSS3) nesta quarta-feira (16); papéis recuam mais de 3%

16 de fevereiro de 2022 - 11:04

O primeiro block trade do BNDES foi feito em dezembro, com a venda de 70 milhões de ações. Após a finalização da operação, o BNDES ainda deterá 19,5% do capital da JBS

LA GARANTIA SOY YO

BNDES vai emprestar R$ 200 milhões para concessão rodoviária, garantia será o próprio projeto; entenda

27 de janeiro de 2022 - 16:11

Embora o valor seja pequeno para os padrões do banco de fomento, é mais um passo para diversificar os instrumentos de crédito à infraestrutura, já que o empréstimo foi estruturado com um “project finance non recourse”

BLOCK TRADE CONCLUÍDO

A crônica de uma saída anunciada: BNDES vende 12% de sua participação na JBS (JBSS3) e inicia desinvestimento

16 de dezembro de 2021 - 8:54

Operação de block trade ocorreu na manhã de hoje e movimentou R$ 2,66 bilhões

Entrevista exclusiva

‘Não é função de um banco público ficar carregando R$ 120 bilhões em ações’, diz presidente do BNDES

11 de novembro de 2021 - 14:36

Gustavo Montezano afirmou que banco seguirá vendendo participações em empresas, hoje estimadas em R$ 70 bilhões, e redirecionará recursos para financiar projetos de infraestrutura e de apoio a micro e pequenas empresas

CRÉDITO NO AR

BNDES abre linha de mais de US$ 500 milhões para financiar exportação de 24 jatos da Embraer

7 de outubro de 2021 - 9:10

A entrega dos jatos à SkyWest Airlines começou em agosto do ano passado e deve se estender até abril do ano que vem

SEM LOTE SECUNDÁRIO

AES Brasil (AESB3) levanta R$ 1,1 bilhão em oferta restrita de ações

29 de setembro de 2021 - 6:14

Oferta poderia ter ultrapassado a marca de R$ 1,5 bi, mas lote secundário acabou retirado a pedido do BNDESPar

PARADA OBRIGATÓRIA

BNDES vira ‘sócio’ da Mesbla e de outras empresas que não existem mais

28 de agosto de 2021 - 8:25

O BNDES ressaltou que as ações de firmas “em processos de recuperação ou falência ou outras situações inoperantes” foram “incorporadas” ao balanço da BNDESPar, a empresa de participações do banco, “sem nenhum custo para sua aquisição”

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar