A Guide anunciou nesta quinta-feira (27) a reformulação na corretagem para investimentos em ações. A corretora informou que irá reduzir para 0,1% a taxa sobre o valor das ordens emitidas por investidores, com o objetivo de mirar os iniciantes na B3.
Os clientes passam a pagar a nova taxa sobre o valor de compra e venda de papéis a partir de hoje. O teto é de R$ 7,50 por ordem.
Não é uma novidade no mundo cada vez mais competitivo das corretoras, já que o movimento nessa direção tem sido uma tendência no mercado.
Outras corretoras, como Clear e Modal, já possuem taxas zeradas na corretagem de seus produtos. A Toro Investimentos também já zerou taxas para todos os produtos negociados.
Eis como a corretagem da Guide funcionava anteriormente: havia uma taxa de R$ 14 por ordem. Isso significa que, se um cliente abrisse cinco ordens de R$ 1 mil, pagaria R$ 70 na corretagem. Com nova mudança, ele pagará R$ 5,00 pelas mesmas ordens — cinco vezes o valor de 0,1% de R$ 1 mil.
Nas atuais condições, se o cliente enviar uma ordem única de R$ 20 mil, ele não vai pagar R$ 20, mas sim R$ 7,50, já que este valor corresponde ao teto.
A Guide atualmente possui 90 mil clientes e R$ 24 bilhões de ativos sob custódia.
Taxas polêmicas
As taxas cobradas pelos serviços geraram recentemente debates acalorados no meio, para falar o mínimo, especialmente no que se refere às comissões dos agentes de investimentos.
Em junho, Itaú e XP protagonizaram uma disputa pública disparada por uma campanha do bancão. A peça publicitária então criticava o modelo de remuneração dos agentes autônomos.
A resposta veio rápida. No dia seguinte, a XP disse que o Itaú perdia R$ 150 milhões todo dia em recursos de clientes que migram para a corretora e pontuou que "não seria difícil imaginar" o fim do Personnalité em três anos.
No fim de julho, a corretora decidiu exibir as taxas cobradas e adicionar mais uma modalidade de remuneração pelos serviços dos seus assessores.