O clube dos 900%: o que você pode aprender com os maiores casos de geração de riqueza da Bolsa americana
Empresas quebrando são mais frequentes que empresas dominando o mundo em algumas décadas. Mas poucos acertos podem rechear a sua carteira e garantir sua aposentadoria precoce.
Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre Aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early). Nesta semana, fizemos uma série de lives comemorando os 11 anos da Empiricus.
Como sempre, os conteúdos mais legais são aqueles que passam despercebidos.
Todo mundo assistiu a Live com o Ministro Paulo Guedes, mas nem 10% dessas pessoas assistiram a fantástica aula do professor Hendrik Bessembinder.
Para todos que estão num projeto de aposentadoria precoce e independência financeira, eu compilo abaixo os insights valiosos do professor.
Boa leitura.
Zero é sempre o resultado mais provável, e daí?
O professor Bessembinder compilou dados históricos de mais de 64 mil empresas com ações listadas, comparando três intervalos diferentes:
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
- Retornos mensais,
- Retornos em 10 anos,
- Retornos em 30 anos.
Para organizar as ideias e tirar conclusões efetivas, ele nos apresentou alguns gráficos com a distribuição de frequências.
Como assim?
No gráfico abaixo, ele compila os retornos obtidos por essas ações, mensalmente. No eixo horizontal está o retorno ao final do mês. No vertical, o percentual de ações que tiveram aquele retorno.

Fonte: Palestra do Professor Bessembinder, 25.11.2020
Como já era de se esperar, a grande maioria dos retornos mensais se concentram ao redor de zero.
A curva, aliás, é bastante parecida com a distribuição normal.
Porém, ao invés de simétrica, ela possui um claro viés em direção à direita, ou seja, em direção aos resultados positivos.
A grande sacada, porém, está na réplica deste gráfico para um período de 10 anos, que suprime parte relevante da aleatoriedade que impacta os resultados mensais.

Fonte: Palestra do Professor Bessembinder, 25.11.2020
Que conclusões tiramos dessa figura, tão diferente da anterior?
Primeiro, que depois de 10 anos, o resultado mais frequente entre mais de 64 mil ações é o de uma queda de aproximadamente 100% no valor das ações.
Estes são os picos próximos ao lado esquerdo do gráfico.
Ou seja, empresas quebrando são mais frequentes que empresas dominando o mundo. Parece razoável.
Entretanto, o que salta aos olhos é o que acontece no canto direito do gráfico.
O segundo grupo mais frequente é o das empresas que apresentaram retornos iguais ou maiores do que 900% em 10 anos.
Conclusão?
Poucas empresas são responsáveis por quase toda a geração de riqueza no mercado de ações
Na semana passada, escrevi sobre como o mercado é eficiente, e na maior parte das vezes, tudo o que você precisa fazer é seguir a manada.
Ser “do contra” paga bem apenas numa minoria do tempo.
Esse parece ser também o resultado da pesquisa do professor Bessembinder.
Repare, na tabela abaixo, como a diferença entre os retornos médios e a mediana para as ações em nível global, EUA e Brasil, são completamente diferentes:
Fonte: Palestra do Professor Bessembinder, 25.11.2020
Apenas para nivelarmos: a mediana é o ponto central de uma distribuição, a média o somatório de toda a amostra, dividido pelo quantidade de observações.
Numa amostra de salários de 10 pessoas, em que 9 ganham 5 salários mínimos e o décimo elemento é o senhor Bill Gates, a mediana será igual a 5 salários mínimos, e a média será de alguns bilhões de dólares (claramente não representativa).
Ou seja, a mediana dos retornos, em 30 anos, é negativa nos EUA, nos emergentes como classe, no Brasil, em todo lugar…
Mas a média dos retornos é absurdamente positiva. Isso porque as empresas que dão certo, o “clube dos 900%”, dão extremamente certo.
O mesmo exercício, para o Brasil
Aplicando a metodologia ao Brasil, o professor encontrou as 20 ações que mais geraram riqueza a seus acionistas nos últimos 30 anos.
Vale, Magazine Luiza, Weg, Raia Drogasil, Ambev, Localiza…
No final do dia, por mais sem graça que pareça, tudo o que você precisa é das Melhores Ações da Bolsa.
E quais são elas? O meu colega Max Bohm montou uma lista das 18 Melhores Ações da bolsa brasileira. Neste link, ele fala sobre a sua “ação número 1”, aquela que, a seu ver, tem o maior potencial de alta reprimido da B3.
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional