Frustração com possível tratamento da covid-19 e tensão entre Bolsonaro e Moro pautam o dia
Lá fora, as bolsas reagem ao fracasso do primeiro teste clínico com o antiviral Remdesivir. Aqui, a exoneração do diretor-geral da PF deve ampliar atritos entre Bolsonaro e o ministro da Justiça
 
					O mundo segue de olho, e cauteloso, com os efeitos do surto do coronavírus e os seus efeitos na economia. A norma é evitar correr riscos desnecessários e manter uma postura mais defensiva.
Mas, aqui no Brasil, outras pautas competem com a pandemia e pressionam ainda mais o câmbio e a bolsa brasileira.
É um combo de fatores a ser digerido pelos investidores: a piora do quadro fiscal do país - principalmente após a apresentação do programa Pró-Brasil, as apostas em um novo corte na Selic na próxima reunião do Copom, e os ruídos em torno do pedido de demissão do ministro da Justiça Sergio Moro.
Depois de ficar boa parte do dia no campo positivo, a bolsa brasileira terminou o dia em baixa, recuando 1,26%, aos 79.673,30 pontos. O desempenho do Ibovespa destoou do movimento de alta moderada observado no exterior, principalmente após as primeiras informações sobre a possível demissão de Moro começarem a circular.
Voando cada vez mais alto
Com todo o estresse no campo doméstico, o dólar atingiu uma nova máxima ao fim do dia, após avançar 2,22%, e terminou cotado a R$ 5,5287. A moeda já se valorizou 37,81% em 2020.
O BC chegou a tentar controlar a escalada e promoveu três leilões extraordinários de swap - uma injeção de US$ 1,5 bilhõ em recursos. Mas, a atuação pouco adiantou para trazer algum alívio ao câmbio.
Leia Também
Bolsonaro X Moro
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Sergio Moro pediu demissão do cargo de ministro após o presidente Jair Bolsonaro indicar uma troca na diretoria-geral da Polícia Federal.
Nesta sexta-feira, a exoneração de Maurício Valeixo, do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, foi oficializada. O decreto consta na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União e vem assinado tanto pelo presidente da República quanto pelo Ministro da Justiça.
Uma saída definitiva de Moro aprofundaria as sucessivas crises políticas que envolvem o governo Bolsonaro nas últimas semanas, principalmente após a reaproximação do presidente com nomes 'complicados' do Centrão.
O ministro da Justiça marcou um pronunciamento para às 11 horas da manhã desta sexta-feira.
Desentendimentos também com a equipe econômica são pauta no planalto. O programa 'Pró-Brasil' anunciado pela Casa Civil foi apelidado pela equipe econômica de Dilma 3, já que prevê uma ampliação dos gastos públicos em infraestrutura, o que infla as preocupações com a saúde fiscal do país.
Outro foco de crise
O ministro Celso de Mello, do STF, pediu explicações ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre porque o pedido de impeachment de Bolsonaro ainda não foi apreciado. Maia está sendo acusado de ser omisso sobre o tema e tem dez dias para prestar esclarecimentos.
Mercados lá fora hoje
Os investidores ainda refletem o fracasso do primeiro teste clínico com o medicamento antiviral Remdesivir da Gilead Sciences. Assunto que já havia pesado nas bolsas americanas ontem.
Durante a madrugada, as incertezas em torno do medicamento para o tratamento do coronavírus fez as bolsas asiáticas fecharem em baixa.
Na China, o mercado ignorou até mesmo a nova atuação do banco central chinês, que reduziu a taxa de juros da sua linha de crédito de médio prazo.
Os índices futuros em Nova York operam em alta moderada. Os investidores também aguardam novos indicadores econômicos e os balanços do dia, que devem movimentar o mercado local.
Na Europa, o sentimento é negativo com o aparente fracasso com o medicamento. Impulsionadas ainda por dados fracos da atividade econômica, as bolsas do continente abrem em baixa nesta manhã.
Casos do covid-19 continuam crescendo…
O Brasil registrou nas últimas 24 horas um salto no número de mortos, que chegou a 407. No total, o número já chega a 3,3 mil. Já são mais de 49,4 mil casos confirmados. O novo ministro da saúde, Nelson Teich, não soube explicar a tendência explosiva da curva de casos e óbitos.
Um crescimento ainda maior da curva, pode jogar por água abaixo os planos de reabertura de muitos governantes.
Mas, por enquanto, cada vez mais centros comerciais voltam a abrir as portas.
Mais um shopping aberto: o Iguatemi irá reabrir em horário reduzido o Fashion Outlet Santa Catarina. A Renner também informou que reabrirá as lojas (incluindo Camicado, Youcom e Ashua), respeitando os decretos locais.
Grendene também retomará as atividades em Sobral e Crato, no Ceará, a partir do dia 27. A jornada será reduzida e os salários serão cortados em até 70%.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump disse que pode ser necessário estender as diretrizes de distanciamento, mesmo após a apresentação de um plano de reabertura.
Balanços
Temporada de balanços brasileira dá a largada e a Hypera divulga os seus números depois do fechamento.
Lá fora, Amex e American Airlines divulgam os seus números.
Agenda
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participará de live com o banco Itaú, Ás 10h30.
Entre os indicadores econômicos, temos a prévia da confiança da indústria em abril e dados do setor externo anunciados pelo BC.
Lá fora, temos decisão de juros na Rússia. Na Alemanha, divulgação do clima de negócios. Nos Estados Unidos, o destaque é o sentimento do consumidor de abril.
Fique de olho
- Azul manterá três voos semanais para os Estados Unidos e Portugal em maio. O embarque será em Viracopos.
- Iochpe-Maxion realizará sua assembleia geral ordinária e extraordinária no dia 28 de abril, de modo totalmente digital.
- Even alterou pagamento de dividendos para o dia 31 de dezembro, tendo em vista o impacto da covid-19.
- GPA irá realizar pagamento de dividendos no valor de R$ 0,5820 por ação.
- BRF irá pagar US$ 40 milhões para encerrar ação coletiva nos Estados Unidos, feita por investidores que pediram compensação pelos prejuízos da Operação Carne Fraca.
- Arezzo adiou a divulgação do seu balanço para o dia 27 de maio. Já o Itaú divulga os seus resultados no dia 4 de maio.
- Segundo a ANP, a produção da Petrobras teve uma alta de 1,8%, para 2,789 milhões BOE em março.
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					