A Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), dona da marca Pão de Açúcar, anunciou nesta quinta-feira (23) que a aprovou em assembleia a distribuição de R$ 155,8 milhões em dividendos.
Segundo a companhia, o valor se refere ao período entre 1º de abril a 31 de dezembro de 2019. A cifra corresponde a R$ 0,582024107 por ação ordinária e foi imputado ao dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício de 2019.
Em relação às ações negociadas na B3 e às demais ações escrituradas pelo Itaú, o pagamento será realizado em 15 de junho, com base na posição acionária de 30 de abril deste ano. As ações de emissão do GPA passam a ser negociadas ex-dividendos a partir de 4 de maio de 2020, diz a companhia.
Quanto aos American Depositary Receipts (“ADR”) representativos de ações ordinárias de emissão do GPA, negociados na Bolsa de Nova York, os titulares de ADR na data-base de 5 de maio de 2020 terão direito a esse dividendo.
O pagamento aos titulares de ADR acontece por meio do JPMorgan, banco depositário dos ADRs, ainda segundo o GPA.
A aprovação do pagamento acontece em meio a um movimento do mercado de postergar ou diminuir o valor de dividendos, para preservar o caixa. Os bancos, que costumavam distribuir mais de 60% dos seus lucros, terão que distribuir apenas 25%, por determinação do Banco Central.
Os bancos lucraram R$ 91 bilhões em 2019 e o mercado esperava cerca de R$ 74 bilhões em proventos, mas agora o esperado são R$ 18 bilhões.
Além do segmento bancário, pelo menos seis das 25 principais pagadoras de dividendos do país também já afirmaram que devem reduzir os desembolsos ao mínimo ou, na melhor das hipóteses, postergar os pagamentos para o fim do ano.