Em dia de exterior positivo, investidores ficam de olho na atuação dos BCs e números do varejo
Hoje é dia de vendas no varejo de janeiro (9h), que mesmo sem refletir o fator coronavírus, deve vir mais fraco do que o esperado e repercutir no mercado local
O coronavírus segue sendo o maior fator de influência nos mercados globais, com os investidores de olho nos pacotes de estímulos que buscam diminuir o impacto da doença na economia.
Já são mais de 387 mil casos no mundo inteiro, com 16,5 mil mortes. Por aqui, são mais de 1.800 casos confirmados e 34 óbitos.
Enquanto o mundo para, a atividade econômica mundial desacelera e fica cada vez mais claro que um cenário de recessão não está distante. Governos, Bancos e casas de análise já revisam as projeções para a economia, mesmo após atuação intensa dos bancos centrais para tentar estancar a sangria. Nessa toada, o mercado acionário segue alternando dias de alta com dias de baixa.
Sobe e desce
Os números parecem indicar mais um dia de grande volatilidade nos mercados.Se em Nova York as bolsas fecharam no vermelho ontem, as sessões na Ásia não se deixaram contaminar pelo mau humor e recuperaram parte das perdas recentes.
As bolsas locais reagiram bem aos pacotes de estímulos dos bancos centrais e a possível aprovação de um pacote fiscal trilionário no Congresso dos Estados Unidos.
O pacote foi rejeitado nas suas duas passagens pelo Senado, mas o mercado confia no sucesso da medida em uma nova passagem pela casa ainda nesta terça-feira. O pacote pode injetar até US$ 1,7 trilhão na economia. Além disso, entra na conta dos investidores as medidas complementares do Federal Reserve, que tenta reconquistar a confiança do mercado.
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Na região, o grande destaque foi mais uma vez o índice sul-coreano, o Kospi, que teve ganhos de mais de 8% após o governo da Coreia do Sul dobrar o pacote de resgate para as empresas do país.
Os índices futuros em Nova York começaram uma onda de recuperação durante a madrugada e tiveram as negociações interrompidas no começo da manhã, após atingirem o limite de alta de 5%.
Na Europa, que também começa o dia no campo positivo, os investidores refletem sobre a desaceleração dos casos do novo coronavírus na Itália e novas rodadas de estímulo por parte dos governos.
Pé esquerdo
A semana começou com o pessimismo ainda tomando conta dos mercados e os investidores digerindo as notícias do fim de semana.
Nem mesmo as novas medidas anunciadas pelo Banco Central para dar maior liquidez e crédito às pessoas físicas e empresas deram conta de segurar a queda do índice.
O pacote do BC deve liberar RS 1,2 trilhão no sistema financeiro, mas não deu segurança aos negócios. A cifra equivale a 16,7% do PIB brasileiro.
Dentre as medidas estão:
- Redução temporária da alíquota dos depósitos compulsórios a prazo de 25% para 17%;
- Flexibilização nas regras de Letras de Crédito de Agronegócios (LCA).
Por aqui, o Ibovespa renovou as mínimas do ano e caiu 5,22%, fechando a sessão aos 63.569,62 pontos.
O dólar, que chegou a ter momentos de alívio, fechou o dia com um avanço de 2,15%, a R$ 5,1347.
Tensão local
A tensão entre o presidente Jair Bolsonaro, Congresso e os governos estaduais parece ter chegado a um novo capítulo.
Abandonando parte do discurso anterior, Bolsonaro anunciou uma ajuda de R$ 85,8 bilhões para Estados e munícipios combaterem o coronavírus.
Os governadores tiveram uma reunião com Bolsonaro, onde ficou suspenso o pagamento de R$ 12,6 bilhões da dívida dos Estados à União.
Mas o desgaste gerado pela MP que permitia a suspensão dos salários por quatro meses foi maior. O mercado cobra de Paulo Guedes uma participação mais ativa em meio à crise.
Não se sabe ainda com certeza qual será a medida compensatória estabelecida pelo governo. Há divergências dentro da fala do próprio ministro da Economia, Paulo Guedes.
Mudou o tom
A ata do Copom trouxe um BC diferente do apresentado nos últimos comunicados.
Dessa vez, o Banco Central admitiu novos cortes da Selic e apresentou uma linguagem mais alinhada com o que o mercado gostariam de ouvir.
O aceno para novos cortes acentuou a inclinação da curva do DI, ontem.
A conta do vírus
A Ambev divulgou que irá retirar a projeção para o Ebitda do 1º trimestre por conta da pandemia de coronavírus que tomou conta do mundo. A queda projetada era de até 20%. Além disso, a empresa também disse estar com o restante das projeções de 2020 comprometidas.
Agenda
Hoje é dia de vendas no varejo de janeiro (9h), que mesmo sem refletir o fator coronavírus, deve vir mais fraco do que o esperado.
O Tesouro também fará novos leilões extraordinários e ofesta de até 1,5 milhão de NTN-F (compra) e até 500 mil (venda).
Lá fora, os governos tentam encontrar uma saída para o impacto do coronavírus. Os ministros de Finanpças da zona do euro e de Relações Exteriores do G7 realizam teleconferência para discutir o coronavírus.
De portas fechadas (ou quase)
As empresas continuam divulgando suas medidas para tentar diminuir o risco de contágio do novo coronavírus e cumprir as regras de quarentena impostas em alguns estados. Confira:
- Cia Hering foi mais uma varejista a fechar as portas por 15 dias
- CVC anunciou a redução de jornada de trabalho em 50% para todos os funcionários a partir de 1º de abril
- Mahle Metal Leve adotou regime de home office e também adotará férias coletivas em todas as suas unidades.
- Weg reduziu pela metade o seu número de colaboradores nas operações em Santa Catarina
Fique de olho
- Raia Drogasil irá pagar juros sobre capital próprio de R$ 0,14 por ação.
- Iochpe- Maxion adiou Assembleia Geral Ordinária que seria realizada no dia 24 de abril.
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