Ata do Copom é o destaque do dia, enquanto mercado internacional sobe apoiado nas vacinas
Lá fora, o otimismo com o início da vacinação contra a covid-19 se choca com a possibilidade cada vez mais certa de novas medidas de lockdown
Os investidores ficam atentos ao futuro da política monetária brasileira nesta terça-feira. Com a divulgação da ata da última reunião do Copom e a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em eventos, o mercado fica atento às sinalizações do que pode acontecer em breve com a taxa básica de juros.
Lá fora, a preocupação com novas medidas restritivas de circulação e o otimismo com o início da vacinação contra a covid-19 se chocam, limitando a alta nesta manhã. Na Ásia, a indefinição em torno de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos também pesou, levando as bolsas da região a fecharem o dia no vermelho.
Com emoção
Depois de oscilar próximo da estabilidade durante boa parte do dia, o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,45%, aos 114.610 pontos. O dólar avançou 1,5%, aos R$ 5,12.
A bolsa refletiu o peso da preocupação com o cenário fiscal e o desempenho das gigantes Vale, Ambev, Itaú e Bradesco, que pressionaram o índice para baixo.
No mercado, pesou a decisão do presidente do Senado, Davi ALcolumbre, de não protocolar a apreciação dos vetos relativos ao pacotwe anticrime e ao marco do saneamento, o que pode atrasar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Outro ponto de atenção, é a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial até março.
De olho no BC
A ata da última reunião de política monetária do Copom é o grande destaque do dia de hoje.
Leia Também
Embora o Banco Central tenha mantido a taxa básica de juros em seu piso histórico, os investidores buscam sinalizações de que o 'forward guidance' da instituição deve ser abandonado em breve e outras leituras sobre a situação da economia brasileira feita pelo BC (8h).
A autoridade fiscal segue em destaque ao longo da tarde, com a participação do presidente Roberto Campos Neto em dois eventos com investidores (10h e 17h30).
Com moderação
O avanço da covid-19 pelo mundo e a necessidade de medidas restritivas cada vez mais rígidas limita o apetite por risco dos investidores estrangeiros nesta terça-feira.
A preocupação, no entanto, é neutralizada pelo início da campanha de vacinação contra a doença nos Estados Unidos e a previsão de que a FDA, a Anvisa americana, aprove a vacina para uso geral já no fim desta semana.
Outro assunto que não sai do radar e a negociação do novo pacote fiscal americano que pode amenizar o impacto do coronavírus na economia. Segundo Nancy Pelosi, o Congresso deve aumentar o plano existente e aprovar a medida ainda nesta semana.
Embora ainda sem solução, um acordo entre Reino Unido e União Europeia para um cenário pós-Brexit também é monitorado. Com a soma de todos esses fatores, as bolsas europeias apresentam desempenho positivo nesta manhã, mas sem muito fôlego para um rali mais intenso.
O mesmo ocorre nos Estados Unidos, onde o medo de novas restrições é balanceado pela vacinação. Os índices futuros em Wall Street operam em leve alta.
Durante a madrugada, na Ásia, o sentimento entre os investidores foi diferente.
Mesmo com dados chineses que mostraram um avanço na recuperação da produção industrial e nas vendas do varejo, os investidores preferiram dar mais atenção ao aumento das restrições de circulação no mundo devido ao avanço do coronavírus. A indefinição de um acordo no Congresso americano sobre o pacote de estímulos também minou o bom humor do mercado. Assim, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda.
No rastro da vacina
Não é só lá fora que as expectativas pela vacina mexem com os investidores.
Por aqui, o mercado também aguarda plano mais bem desenhados sobre a estratégia de vacinação adotada pelo governo federal.
Hoje, o presidente Jair Bolsonaro deve assinar uma medida provisória que libera R$ 20 bilhões para a compra de vacinas.
Agenda
Além da ata e as falas de Campos Neto, outras divulgações econômicas também ficam no radar.
De olho na inflação, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de dezembro e referente ao ano de 2020 será divulgado hoje (8h).
Nos Estados Unidos, é dia de conhecer a produção industrial de novembro (11h15) e o índice de atividade industrial Empire State (10h30). Temos também o discurso do economista-chefe do BCE, Philip Lane (11h).
Fique de olho
- A Ultrapar avalia vender sua fatia na petroquímica Oxiteno.
- A JHSF vendeu por R$ 98,6 milhões uma área no complexo Parque Catarina para a construção do Villa XP.
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
