Bolsa atenua queda e dólar cai acompanhando melhora em Wall Street
Resultados trimestrais abaixo do esperado e contração de 32,9% da economia norte-americana pesam sobre mercado de ações no Brasil
O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira em reação a temores relacionados à pandemia, a resultados corporativos abaixo do esperado e a dados monstrando a maior retração do PIB dos Estados Unidos para segundo trimestre desde 1947.
A melhora observada em Wall Street, especialmente entre as ações do setor de tecnologia, atenua parcialmente a queda no principal índice brasileiro de ações, mas o mau humor externo é apontado como principal motor da queda, observa Luís Sales, analista de mercado da Guide Investimentos.
Por volta das 16h40, o Ibovespa operava em queda de 0,58%, a 104.995 pontos. Em Wall Street, o índice Nasdaq subia 0,5% enquanto o Dow Jones recuava 0,8%.
Também entrou em cena um pouco de realização de lucros em reação à forte alta registrada ontem depois de o Federal Reserve Bank (o banco central norte-americano) ter decidido pela manutenção de juros baixos e de medidas de estímulo até se certificar que a economia dos EUA superou a crise.
Em relação às empresas que apresentaram balanços hoje, a Vale ON (VALE3) aproximava-se do fim da sessão em queda de 3,2%. A mineradora reverteu no segundo trimestre de 2020 o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior e lucrou US$ 995 milhões.
Entretanto, o resultado poderia ter vindo ainda melhor não fosse o impacto de uma baixa contábil (impairment) em ativos de níquel de US$ 314 milhões e provisões adicionais de US$ 566 milhões para financiar a Fundação Renova, criada para gerir os programas de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Leia Também
3 surpresas que podem mexer com os mercados em 2026, segundo o Morgan Stanley
As ações ON do Bradesco (BBDC3), por sua vez, operavam em queda de 2,5% na reta final da sessão. Um novo aumento nas despesas para compensar perdas no crédito em meio à crise do novo coronavírus derrubou o lucro líquido do banco em 40,1% no segundo trimestre, para R$ 3,873 bilhões.
As ações ON da Ambev (ABEV3) abriram em forte alta com os investidores celebrando o lucro acima do esperado mesmo com a queda de 49,35% em comparação com o mesmo período de 2019. Com o andar do pregão, entretanto, os papéis da cervejaria mudaram de curso e caíam 2,2% por volta das 16h40.
Ao mesmo tempo, a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais pesou sobre as ações da Petrobras, que caíam cerca de 2%. A companhia prepara-se para divulgar, depois do fim do pregão, o balanço do segundo trimestre.
No campo positivo, as ações ON da Localiza (RENT3) subiam 11,5% com a recuperação do aluguel de carros em julho aos níveis de um ano atrás e a perspectiva de melhora nos próximos meses.
Dólar e juro
O dólar, por sua vez, voltou a cair na esteira da divulgação dos dados do PIB dos EUA, que tombou 32,9% no segundo trimestre de 2020. O movimento retoma a recente tendência de enfraquecimento da moeda norte-americana. Por volta das 16h40, o dólar era cotado a R$ 5,15 (-0,4%).
Os contratos de juros futuros, por sua vez, fecharam em queda firme em meio à expectativa de novo corte na taxa Selic na reunião de política monetária do Banco Central do Brasil em agosto.
Confira os principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,918% para 1,910%;
- Janeiro/2022: de 2,742% para 2,630%;
- Janeiro/2023: de 3,803% para 3,660%;
- Janeiro/2025: de 5,383% para 5,230%.
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque