Bolsa cai com realização; dólar em queda com andamento da agenda de reformas e exterior tranquilo
Investidores reagem à aprovação legislativa, ontem à noite, do novo marco regulatório para o gás natural; no exterior, mercado aguarda os dados do Livro Bege do Fed

O Ibovespa abriu em alta nesta quarta-feira, mas passou a cair ainda na primeira hora de sessão em um movimento interpretado por analistas como uma realização de lucros depois do forte avanço registrado ontem.
Essa realização de lucros afeta principalmente as ações da Vale e de empresas do setor de siderurgia. No mundo dos IPOs, Pague Menos e Lavvi vivem situações diametralmente opostas em suas respectivas estreias na B3.
Enquanto os papéis da rede de farmácia disparam, as ações da construtora de imóveis de alto padrão despencam na sessão de hoje.
Apesar da guinada no rumo dos negócios hoje, os agentes do mercado financeiro estão otimistas com o andamento da agenda de reformas pelo governo brasileiro.
O avanço consistente das bolsas de valores europeias e a alta em Wall Street limitam a realização de lucros no principal índice do mercado brasileiro de ações.
Ainda assim, o Ibovespa brigou para manter-se acima d o nível de suporte de 101 mil pontos. Por volta das 16h40, a bolsa brasileira operava em queda de 0,80%, aos 101.353 pontos.
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Na noite de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou a chamada Lei do Gás. O governo acredita que a medida pode destravar investimentos de até R$ 43 bilhões e contribuir para a reindustrialização do momento.
Com a aprovação e a reforma administrativa no horizonte, a percepção de uma melhora no cenário político e no risco fiscal parece predominar entre os investidores brasileiros neste início de pregão.
No exterior, o destaque ficou por conta da divulgação do Livro Bege do Federal Reserve Bank (o banco central norte-americano). O documento destacou que a atividade econômica norte-americana segue em nível bem inferior ao de antes da pandemia e que os avanços registrados foram modestos.
Dólar e juro
O dólar mantém o movimento de queda observado em relação ao real. Os investidores reagem aos dados aquém das expectativas contidos no relatório ADP sobre a situação do emprego no setor privado norte-americano.
Outro fator a manter a valorização do real ante o dólar neste início de sessão é a promessa feita ontem pelo presidente Jair Bolsonaro de entregar amanhã ao Congresso uma proposta de reforma administrativa.
Por volta das 16h40, a moeda norte-americana operava em queda de 0,51%, cotada a R$ 5,3575.
Já os contratos de juros futuros apresentaram intensa volatilidade durante a sessão desta quarta-feira. Eles abriram em alta, passaram a cair acompanhando o dólar depois da divulgação do ADP e voltaram a subir no fim da sessão, com os investidores se antecipando ao leilão de títulos prefixados marcado para amanhã.
Comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o pouco espaço para futuros cortes na taxa Selic pressionaram especialmente os trechos curto e intermediário da curva a termo.
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 2,790% para 2,830%;
- Janeiro/2023: de 3,960% para 4,010%;
- Janeiro/2025: de 5,770% para 5,820%;
- Janeiro/2027: de 6,740% para 6,780%.
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