Bolsa passa por correção, mas zera perdas na reta final do pregão; dólar retoma alta
Principal índice de ações da B3 passou por correção e ignorou durante a maior parte do dia o impulso do setor de tecnologia à bolsa de Nova York
Pensa num dia chato. Um dia chato pra você, pois cada um deve ter direito a sua própria definição de chatice. Ainda não pensou? Assim que vier a imagem do que é um dia chato pra você, transponha-o para a B3 e tenha uma ideia aproximada do que foi a sessão desta sexta-feira nos mercados financeiros locais.
Não tinha agenda relevante. Nem de indicadores nem de eventos. Nada. Não dá pra dizer que não tinha notícia porque nosso feed estaria aí pra me desmentir, mas as horas se arrastaram como poucas vezes acontece.
Nem é questão de ser reclamão – espero estar mais pra desabafo, já que a semana foi pra lá de agitada e talvez eu tinha ficado um pouco condicionado –, mas um pouquinho de emoção não teria feito mal nenhum hoje.
Nem a virada robusta da bolsa de valores de Nova York, que também abriu em baixa, serviu para levantar o ânimo na B3. Em Wall Street, os índices pareciam disputar qual teria o melhor desempenho, renovando as máximas do dia na última hora de negócios. Quando a NYSE fechou, o Dow Jones subia 1,34%, o S&P 500 tinha ganhos de 1,60% e o Nasdaq avançava 2,26% em relação ao encerramento da véspera.
Por aqui, só lá no finzinho, nos acréscimos daquele segundo tempo amarrado em que o juiz estica o jogo e só acaba quando o time da casa empatar, é que o Ibovespa deu uma melhoradinha, encerrando praticamente estável (-0,01% conta como queda?), aos 96.999,38 pontos.
Na semana, entretanto, o Ibovespa acumulou 1,31% de perda. Este foi o quarto recuo semanal consecutiva do índice, que tem queda acumulada de 2,38% no que vai de setembro.
Leia Também
O principal índice do mercado brasileiro de ações operou em queda desde a abertura de um pregão marcado por correção em meio à percepção entre os investidores de deterioração do cenário fiscal e ao aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa.
Nos EUA, os investidores monitoravam o impasse entre republicanos e democratas no Congresso em torno de novos estímulos à economia enquanto surfavam a onda da recuperação das techs.
No Brasil, a preocupação fiscal prevaleceu em dia de agenda fraca e correção após a forte alta da véspera.
Investidores temem o impacto sobre as contas públicas de uma eventual prorrogação do seguro-desemprego para quem foi demitido durante a pandemia.
Também pesou sobre o índice o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a privatização de subsidiárias da Petrobras.
O lado corporativo voltou a ter entre seus destaques os papéis ON da IRB Brasil (IRBR3), que apresentam recuperação acentuada desde o início da semana, quando a resseguradora divulgou os resultados referentes a julho.
A elevação do preço-alvo da Suzano (SUZB3) pelo Credit Suisse em meio a sinais positivos para o mercado de celulose também contribuiu para a recuperação do Ibovespa.
Confira a seguir as cinco altas e baixas mais expressivas do dia entre os componentes do Ibovespa.
MAIORES ALTAS
- Suzano ON (SUZB3) +4,65%
- Via Varejo ON (VVAR3) +3,99%
- Localiza ON (RENT3) +1,74%
- Magalu ON (MGLU3) +1,49%
- Cogna ON (COGN3) +1,45%
MAIORES QUEDAS
- Multiplan ON (MULT3) -2,99%
- PetroRio ON (PRIO3) -2,74%
- Iguatemi ON (IGTA3) -2,28%
- Cemig PN (CMIG4) -2,23%
- CVC ON (CVCB3) -2,16%
Dólar e juro
Enquanto o Ibovespa zerou as perdas, o dólar registrou alta consistente hoje, retomando a recente tendência de apreciação sobre outras moedas apenas um dia depois de ter devolvido parte dos fortes ganhos obtidos sobre o real no decorrer da última semana.
A divisa norte-americana ganhou terreno contra a maior parte das moedas estrangeiras nesta sexta-feira e fechou em alta de 0,81%, cotado a R$ 5,5553. No acumulado da semana, o dólar avançou 3,3% sobre o real. Trata-se da terceira semana seguida de ganhos para a verdinha.
Já os contratos de juros futuros ignoraram os temores fiscais e repercutiram a notícia de que a Câmara e o governo buscam acordo para a reforma tributária.
Além disso, o mercado de juros ainda ecoa comentários feitos ontem pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, assegurando que a autoridade monetária está 'tranquila' com inflação futura, 'otimista' com a melhora da atividade e pronta para agir diante dos riscos fiscais.
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 2,830% para 2,850%;
- Janeiro/2023: de 4,250% para 4,230%;
- Janeiro/2025: de 6,210% para 6,220%;
- Janeiro/2027: de 7,190% para 7,210%.
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic