O ressegurador IRB Brasil informou nesta quarta-feira (23) que fechou julho com um prejuízo líquido reportado de R$ 62,4 milhões. Excluindo os efeitos de negócios descontinuados, a empresa apresentou lucro de R$ 36 milhões.
Os prêmios emitidos, que representam seu faturamento bruto, atingiram R$ 1,5 bilhão, um crescimento de 100,8% em relação ao mesmo período de 2019. A empresa informou que a alta foi provocada renovação, com crescimento de coberturas, de um contrato no segmento de petróleo emitido no mês.
Já os prêmios ganhos, o faturamento de competência, totalizaram R$ 657,6 milhões em julho. O ressegurador não divulgou a comparação com o desempenho em julho de 2019.
Ainda de acordo com o comunicado divulgado pelo IRB Brasil, o resultado de underwriting, da análise do risco dos contratos, foi negativo em R$ 137,6 milhões. A companhia atribuiu o resultado ao volume elevado de negócios descontinuados, que somaram R$ 160,8 milhões. Já o índice de sinistralidade total foi de 97,1% em julho. Excluindo os sinistros de negócios não continuados, o índice alcançou 73,2%.
O IRB Brasil passou recentemente por uma reestruturação interna, que inclui a revisão do portfólio de contratos. O processo foi desencadeado pela identificação de irregularidades cometidas por ex-diretores, como alteração dos resultados financeiros. A empresa chegou a ser acusada de disseminar “fake news” sobre a compra de ações pelo investidor bilionário Warren Buffett.
No segundo trimestre, a empresa teve prejuízo de R$ 685,1 milhões, revertendo o lucro registrado no mesmo período do ano passado.
O ressegurador destacou que os números de julho são prévios e não passaram por auditoria. Eles constam no relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados (Susep).