Ibovespa opera em queda, atento ao cenário no Oriente Médio; dólar tem leve alta
Ainda tenso com o cenário turbulento entre EUA e Irã, o Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira em baixa, fixando-se no nível de 116 mil pontos
Mesmo após duas sessões em baixa, o Ibovespa continua aparecendo no campo negativo nesta terça-feira (7). Por aqui, os agentes financeiros seguem mostrado cautela em relação às tensões entre Estados Unidos e Irã — uma postura que desencadeia movimentos de correção no índice, que estava nas máximas no início do ano.
Por volta de 17h05, o Ibovespa recuava 0,20%, aos 116.640,50 pontos — mais cedo, chegou a tocar os 115.965,38 pontos (-0,78%). A bolsa brasileira, assim, fica em linha com o exterior: nos EUA, o Dow Jones (-0,32%) e o S&P 500 (-0,20%) também caem; já o Nasdaq (+0,06%) sustenta leve alta.
A cautela também é vista no mercado de câmbio, que teve uma sessão bastante volátil: o dólar à vista foi a R$ 4,0924 na máxima (+0,73%) mas terminou a sessão perto da estabilidade, com leve alta de 0,04%, a R$ 4,0646.
Assim como nos últimos dias, o panorama turbulento no Oriente Médio aparece como principal fator de influência para as negociações globais. Sem grandes novidades na agenda econômica, os investidores voltam as atenções ao Irã, atentos às possíveis movimentações militares do país.
Desde a semana passada, quando uma ação militar dos EUA resultou na morte de Qassim Suleimani, o principal general do exército do Irã, cresceu a preocupação quanto a um eventual conflito armado no Oriente Médio. Esse temor desencadeou uma onda de correções nas bolsas e uma elevação nos preços do petróleo.
E os agentes financeiros locais mostram-se particularmente preocupados, uma vez que o Irã convocou a representante da embaixada brasileira no país — o Itamaraty divulgou uma nota dizendo apoiar a luta contra o terrorismo.
Leia Também
"Isso gera preocupação, especialmente para as empresas que exportam para o Oriente Médio", diz Sabrina Cassiano, analista da Necton Investimentos. "Ainda que o Irã não seja um país relevante para a balança comercial, o mercado fica atento para possíveis desdobramentos".
Lá fora, contudo, os investidores tentam colocar os nervos no lugar. Após dias bastante tensos, a percepção é a de que, por enquanto, a escalada nos atritos têm se restringido ao campo da retórica, sem ações concretas de ambas as partes.
Nesse cenário, as bolsas mundiais conseguem ter uma sessão mais amena até agora. E, no mercado de commodities, o petróleo fechou em baixa, tanto o Brent quanto o WTI, devolvendo parte dos ganhos recentes.
Dólar instável
No mercado de câmbio, o dólar ganhando terreno em escala global — um indício de busca de proteção por parte dos investidores.
O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta com as principais divisas do mundo — como o euro, a libra esterlina e o iene —, opera em alta de 0,35%.
Em relação às divisas de países emergentes, o tom é o mesmo: o dólar sobe na comparação com o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano e o rand sul-africano, entre outras — o real, assim, acompanhou o contexto externo.
Com o dólar se afastando das máximas, as curvas de juros aproveitaram para fazer o mesmo movimento e terminaram a sessão em baixa, devolvendo parte dos ganhos recentes. Veja como ficaram os principais DIs nesta terça-feira:
- Janeiro/2021: de 4,52% para 4,48%;
- Janeiro/2023: de 5,82% para 5,78%;
- Janeiro/2025: de 6,46% para 6,44%;
- Janeiro/2027: estável em 6,79%.
Top 5
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa no momento:
- Cemig PN (CMIG4): +3,45%
- Azul PN (AZUL4): +2,67%
- Marfrig ON (MRFG3): +2,58%
- Ecorodovias ON (ECOR3): +2,43%
- B3 ON (B3SA3): +2,40%
Confira também as maores quedas do índice:
- Cia Hering ON (HGTX3): -3,56%
- NotreDame Intermédica ON (GNDI3): -3,53%
- Qualicorp ON (QUAL3): -2,88%
- SulAmérica units (SULA11): -2,59%
- BTG Pactual units (BPAC11): -2,23%
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
