Um dos homens mais poderosos do Irã, o general Qassem Soleimani morreu em um ataque aéreo dos Estados Unidos nesta quinta-feira (2), em Bagdá. O Pentágono confirmou que a ordem partiu do presidente Donald Trump.
Em reação, os preços do petróleo tipo Brent subiam cerca de 4%, por volta das 6h (horário de Brasília). As bolsas na Europa operavam em queda, enquanto os futuros de Nova York recuavam mais de 1%.
O assassinato de Soleimani marca uma escalada dramática nas tensões entre Irã, os Estados Unidos e seus aliados - em especial Israel e Arábia Saudita.
O principal comandante da milícia iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis, conselheiro de Soleimani, também foi morto no ataque. O Irã prometeu retaliação.
O país tem travado um longo conflito com os Estados Unidos. Na semana passada, milicianos do País atacaram uma embaixada dos EUA no Iraque em reação a um outro ataque aéreo dos EUA à milícia Kataib Hezbollah, fundada por Muhandis.
"Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos", disse o Pentágono.
Grupos paramilitares iraquianos disseram que três foguetes pousaram perto do terminal de carga do aeroporto de Bagdá, atingindo dois veículos e matando cinco paramilitares iraquianos e outras duas pessoas. As imagens mostravam destroços em chamas em uma estrada do aeroporto.
Em comunicado divulgado pela televisão estatal, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu três dias de luto nacional.
Soleimani, que liderou a Força Quds, o braço estrangeiro da Guarda Revolucionária e teve um papel fundamental nos combates na Síria e no Iraque, adquiriu status de celebridade no País e no exterior.
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi disse que o ataque foi realizado sem consulta ao Congresso e sem autorização para o uso de força militar contra o Irã. Trump apenas postou uma foto da bandeira dos EUA no Twitter.
Saudi Aramco
Em setembro, as autoridades americanas culparam o Irã por um ataque de mísseis e drones às instalações de petróleo da Saudi Aramco, a maior exportadora de petróleo do mundo.
*Com informações da Reuters