Ibovespa cai 1% com blue chips, ecoando Nova York, e dólar avança
Índice caminha para fechar novembro em alta de 16%. Dia é de estresse para ativos de risco pelo mundo após EUA sancionarem empresa chinesa. Por aqui, Estado de São Paulo volta à fase amarela da reabertura da economia

O Ibovespa opera em queda firme na última sessão de novembro, sem fôlego para adicionar ganhos aos registrados no mês refletindo o recuo dos índices acionários à vista em Nova York, sob pressão de pesos-pesados do índice como bancos, Vale e Petrobras.
Ativos de risco no mundo inteiro passaram a se deteriorar com mais força nesta segunda-feira (30) após os Estados Unidos decidirem impor sanções a uma companhia chinesa que supostamente vendia tecnologia à Venezuela, a China National Eletronics Import and Export Corporation, piorando o clima de tomada de risco e fortalecendo o dólar.
Os principais índices acionários na Europa em Londres, Paris e Frankfurt, de seu lado, fecharam em queda de ao menos 0,3%.
Por volta das 17h, o principal índice acionário da B3 caía 1,2%, cotado aos 109.205 pontos — no entanto, ele ainda caminha para fechar novembro em alta de 16%.
Ações como Azul, Gol e CVC, de setores amplamente penalizados pela pandemia, estavam entre as maiores altas do índice após a confirmação da eficácia da vacina da Moderna e seu pedido para uso emergencial.
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
AZUL4 | Azul PN | 38,87 | 5,37% |
GOLL4 | Gol PN | 24,06 | 4,79% |
YDUQ3 | Yduqs ON | 32,95 | 2,97% |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | 19,67 | 1,34% |
CMIG4 | Cemig PN | 12,61 | 1,29% |
Papéis de bancos, Vale e Petrobras operavam em queda, pesando no índice por conta de sua alta participação. A estatal cai acompanhando a baixa do preço do barril de petróleo Brent no mercado internacional.
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou, por volta das 15h, que a reunião de hoje do cartel terminou hoje e continuará amanhã. O grupo ainda não decidiu sobre uma possível prorrogação do acordo que prevê cortes na produção da commodity para o ano que vem, disse a Dow Jones Newswires.
Varejistas, como Magazine Luiza ON (que cai 3%), Via Varejo e B2W, também operavam em queda, em um mês de rotação setorial que preteriu as ações vencedoras com as medidas de isolamento social e preferiu blue chips e papéis defasados.
Outra notícia no radar dos investidores é a regressão de todo o Estado de São Paulo para a fase amarela no plano de reabertura da economia, o que pressiona ações do varejo e shoppings (além de BR Malls, Multiplan ON cai 3%). A mudança não fechará bares, restaurantes, comércio nem escolas.
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
BTOW3 | B2W ON | 71,31 | -6,92% |
CIEL3 | Cielo ON | 3,59 | -4,52% |
BRML3 | BR Malls ON | 9,81 | -4,11% |
VVAR3 | Via Varejo ON | 17,77 | -3,89% |
WEGE3 | Weg ON | 74,04 | -3,84% |
Dólar e juros para cima
O dólar, por sua vez, iniciou a sessão em recuo, mas não consegue, nesta segunda, manter a trajetória de queda vista no mês — em que a baixa foi sustentada pelo ingresso de recursos estrangeiros no país.
A moeda agora opera em alta, refletindo a sanção dos EUA à empresa chinesa. O Dollar Index (DXY), que compara o dólar a uma cesta de moedas fortes como euro, libra e iene, também aponta para cima, com um leve ganho.
Por volta das 17h, a moeda americana subia 0,5%, para R$ 5,3537.
No cenário local, os investidores monitoram o andamento da pauta econômica do governo no Congresso Nacional.
O jornal Valor Econômico noticia que, passado o período de eleições, o objetivo primeiro da gestão Jair Bolsonaro é aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Outros projetos com tramitação travada, como o PLP 137 (que libera recursos R$ 177 bilhões de 29 fundos à covid019), a PEC Emergencial, o PL da Cabotagem e o PLP 101, que estabelece o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal, também são temas de prioridade.
Os juros, precificando essa piora do risco, além de uma situação fiscal já delicada, chegaram a subir 20 pontos-base (0,2 ponto percentual) na ponta longa (contrato de janeiro de 2025), mas saíram das máximas e têm apenas uma leve alta neste momento. Taxas futuras mais curtas recuam.
O boletim Focus do Banco Central apontou que os economistas estão observando uma alta cada vez maior dos preços para 2020, em meio à postura do BC de tratar essa inflação como resultado de um choque transitório.
Esta foi a 16ª semana consecutiva que o relatório mostra um ajuste positivo no principal indicador de inflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Na semana passada, a expectativa era de fechar 2020 com um avanço de 3,45% — nesta, é de 3,54%, de acordo com a mediana.
Veja as taxas dos principais vencimentos agora:
- Janeiro/2021: de 1,932% para 1,912%
- Janeiro/2022: de 3,28% para 3,27%
- Janeiro/2023: de 4,94% para 5,00%
- Janeiro/2025: de 6,70% para 6,77%
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