Ibovespa deixa NY de lado e sobe acima dos 114 mil puxado por bancos; dólar recua ao menor nível desde junho
Índice tenta aumentar ganhos recentes de 12%; moeda americana se enfraquece mais ante real e cai a R$ 5,07

O Ibovespa iniciou a segunda semana de dezembro mantendo o rali visto em novembro e nas últimas sessões, destoando da leve baixa dos índices acionários à vista nos Estados Unidos, que devolvem alguns de seus ganhos após o fechamento nas máximas históricas na sexta-feira (4).
Nesta segunda (7), o principal índice acionário da B3 opera em alta de 0,4%, aos 114.500 pontos, por volta das 16h10.
É o maior patamar desde 21 de fevereiro, quando, na máxima, foi a 114.584 pontos. Apenas nos últimos 30 dias, o Ibovespa avançou 12%. Esse vigor faz a sua queda acumulada em 2020 agora ficar em 1,6%.
O índice ignora o desempenho da Petrobras, cujas ações recuam 0,6%, e é puxado pelos papéis de bancos — Itaú PN sobe 2%; Banco do Brasil ON, 3,2%, Bradesco PN 2% — e pelos de outra gigante, a Ambev, que também sobem forte. Ações da Vale têm leve alta, após o minério de ferro avançar 1% em Qingdao.
Enquanto isso, ações de Gol e IRB lideram as altas percentuais do índice. A aérea realizou nova oferta pela incorporação de ações da Smiles e ampliou as possibilidades de contrapartidas aos detentores de ações da Smiles com a possibilidade de o acionista receber em dinheiro por sua posição.
Além disso, a companhia anunciou que vê a demanda se fortalecendo e gerou fluxo de caixa antes do esperado, o que anima os investidores.
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Veja os maiores ganhos agora:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
IRBR3 | IRB ON | 7,56 | 9,72% |
BTOW3 | B2W ON | 83,92 | 7,59% |
CMIG4 | Cemig PN | 13,37 | 5,61% |
GOLL4 | Gol PN | 28,35 | 4,81% |
SANB11 | Santander Brasil units | 43,69 | 4,02% |
Entre as principais baixas do dia, os papéis do setor de saúde se destacam e três empresas caem. A maior queda é da distribuidora Cosan. Confira abaixo:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
CSAN3 | Cosan ON | 72,43 | -5,07% |
QUAL3 | Qualicorp ON | 34,52 | -2,32% |
GNDI3 | Intermédica ON | 73,05 | -2,30% |
SULA11 | SulAmérica units | 43,11 | -1,87% |
RENT3 | Localiza ON | 65,77 | -1,87% |
Como pano de fundo nos mercados globais está o avanço de casos de coronavírus nos Estados Unidos, levantando preocupações de investidores acerca da recuperação econômica durante os meses de inverno no hemisfério norte. As internações no país subiram à máxima histórica.
Diversas partes do estado da Califórnia entraram em lockdown. Em termos de população, o equivalente a cerca de 34 milhões das 40 milhões de pessoas (85% da população total) está sob medidas mais duras de isolamento social. Os casos de covid-19 atingiram níveis recordes no estado mais populoso do país e a capacidade dos hospitais está em queda.
Enquanto isso, no Reino Unido permanece o impasse do Brexit, após o telefonema entre o premiê Boris Johnson e a presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen sobre a resolução do acordo de saída da União Europeia.
Johnson e von der Leyen falaram por pelo menos 90 minutos, mas até agora nada foi anunciado a respeito da visão deles sobre se o Reino Unido e a UE serão ou não capazes de chegar a um acordo comercial, informa o The Guardian.
Na Europa, duas das principais bolsas, em Paris e em Frankfurt, fecharam em queda — o FTSE 100, índice acionário da bolsa de Londres, terminou com leves ganhos.
Do ponto de vista local, o noticiário político trouxe o Supremo Tribunal Federal rejeitando, por 7 votos a 4, a possibilidade de reeleição à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado em uma mesma legislatura.
Por volta das 10h50, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que "vamos agora sentar à mesa e aprovar pautas" e que, se for necessário, "vamos trabalhar em janeiro" para garantir o reequilíbrio fiscal.
Além disso, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que a vacinação contra a covid-19 em São Paulo começará em 25 de janeiro. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não aprovou a "coronavac".
Enquanto isso, o dólar mantém a sua toada de baixa contra o real, embora tenha se distanciado das mínimas, operando agora em queda de 0,9% para R$ 5,0795, no menor nível desde 15 de junho, na contramão da valorização do dólar no exterior, como indicado pelo Dollar Index (DXY).
No mês, a moeda já cai 4,75% frente à divisa brasileira.
Os juros futuros, por sua vez, operam em queda, verificada principalmente nas taxas de prazo mais curto, seguindo a inflação mais modesta. Hoje, o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) avançou menos do que o esperado para o mês de novembro, reduzindo levemente a percepção de aumento dos preços.
Ainda assim, os analistas de maior esperam maior aceleração dos preços medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial. O mercado elevou mais uma vez a projeção para inflação em 2020, como indicado pela pesquisa Focus do Banco Central divulgada pela manhã.
Amanhã, véspera de decisão sobre o futuro da Selic, será divulgado o IPCA relativo a novembro.
Veja as principais taxas neste momento:
- Janeiro/2021: estável em 1,916%
- Janeiro/2022: de 3,08% para 3,05%
- Janeiro/2023: de 4,50% para 4,44%
- Janeiro/2025: de 6,13% para 6,09%
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