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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

mercados hoje

Ibovespa dispara e volta aos 111 mil com exterior embalado por vacina; dólar e juros tombam

Ambiente a favor da tomada de risco é guiado pela esperança de vacinas em um curto período de tempo no exterior, após solicitações de autorização de uso emergencial de Pfizer e Moderna

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
1 de dezembro de 2020
10:45 - atualizado às 15:45
vacina bolsa coronavírus
Imagem: Shutterstock

O Ibovespa vai iniciando dezembro nesta terça-feira (1) como fechou novembro: em forte alta.

Guiado pelas esperanças de vacina no exterior, já que Pfizer e BioNTech solicitaram a autorização do uso emergencial de uma vacina à União Europeia (UE), o principal índice acionário da B3 vai registrando forte alta de 2,2% por volta das 15h40, operando aos 111.270 pontos.

As ações de bancos, Petrobras e Vale continuam a impulsionar o índice, com grande entrada de estrangeiros nesses papéis. Papéis de concessionárias, como EcoRodovias ON, Rumo ON e CCR ON avançam.

Além disso, ações de shoppings, como Multiplan ON e Iguatemi ON, também sobem.

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
ECOR3Ecorodovias ON             13,18 9,56%
SANB11Santander Brasil units             42,45 8,43%
CCRO3CCR ON             13,95 6,98%
MULT3Multiplan ON             24,20 6,75%
IGTA3Iguatemi ON             38,48 6,42%

Na outra ponta, ações de varejistas como Carrefour Brasil ON e GPA ON lideram as quedas, bem como papéis do setor de saúde.

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
NTCO3Natura ON             48,53 -3,73%
TOTS3Totvs ON             25,87 -3,29%
RADL3Raia Drogasil ON             25,00 -3,29%
VVAR3Via Varejo ON             17,23 -2,93%
HYPE3Hypera ON             31,19 -2,87%

Com o avanço de hoje, o índice local de ações vai reduzindo as perdas em 2020 para 3,7%.

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A UE também já havia recebido solicitação da Moderna para autorização emergencial. A agência do bloco europeu responsável por dar aval a medicamentos informou que poderá aprovar os pedidos de ambas as farmacêuticas para liberação do uso das vacinas entre dezembro e janeiro.

A notícia infla de bom humor os investidores globalmente. Inclusive, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse em áudio obtido pela CBS News que o processo de vacinação no país poderia ser iniciado tão cedo quanto a semana de 14 de dezembro, em face de pedidos tanto de Moderna quanto Pfizer para autorização de uso emergencial ao órgão regulador americano.

Em face de um cenário positivo, as bolsas americanas disparam, registrando ganhos de ao menos 1,1%. Os principais índices acionários na Europa, em praças como Londres, Paris e Frankfurt, também marcam altas da mesma magnitude, no mínimo.

Os ganhos de hoje destoam da sessão anterior, na qual predominaram o mau humor causado pelo recrudescimento das tensões entre Estados Unidos e China — para além de uma natural realização de lucros.

Por falar no gigante asiático, a economia do país continua a dar indícios de recuperação. O índice de gerente de compras (PMI, da sigla em inglês) industrial divulgado na noite de ontem avançou de 53,6 em outubro para 54,9 em novembro, o maior nível desde novembro de 2010.

Dólar e juros tombam

O dólar também aproveita um cenário de risk-on para manter a trajetória de queda vista em novembro e cai 1,7%, cotado a R$ 5,2546, puxado pelo fluxo estrangeiro em ingresso nos mercados locais.

A moeda também apresenta queda frente aos pares emergentes do real, como rublo russo, rand sul-africano e peso mexicano.

O Dollar Index (DXY) aponta fraqueza do dólar frente a moedas fortes como euro, libra e iene, em um dia de ampla tomada de risco nos mercados financeiros globais no qual os agentes financeiros aproveitam para se desfazer de ativos considerados "porto seguro", como é o caso da divisa americana.

O DXY intensificou a queda e agora aponta recuo de 0,6%, para 91,3, no nível mais baixo em dois anos e meio.

Os juros futuros ao longo de toda a curva reagem ao ambiente mais propício para a tomada de risco em forte queda na sessão de hoje. O movimento de descompressão das taxas é intenso e, no miolo da curva, em taxas de contratos para janeiro/2022 e janeiro/2023, por exemplo, chega aos 20 pontos-base de queda (0,2 ponto percentual).

A ponta longa da curva, que monitora a situação fiscal do país mais de perto, também tem queda forte, em linha com a dos juros de janeiro/2023.

O fato de o presidente Jair Bolsonaro ter sinalizado que o auxílio emergencial se encerra no fim do ano também traz alívio tanto ao mercado de juros quanto o de câmbio.

"Querem perpetuar benefícios. Ninguém vive dessa forma, é caminho para insucesso", disse o presidente, em visita às obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai.

De outro lado, a agenda econômica de reformas estruturantes — como a tributária e a administrativa — ainda está paralisada no Congresso, apesar de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ter afirmado ontem que "temos votos suficientes" para aprovar a reforma tributária.

Do ponto de vista macroeconômico, temos novidade sobre inflação. As bandeiras tarifárias vermelhas na conta de luz serão retomadas, o que deve pressionar ainda mais o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro. Com a próxima decisão do Copom se aproximando, os investidores monitorarão a resposta do Banco Central.

Além disso, o Tesouro Nacional realizou hoje leilão de NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional Série B), título público que tem a rentabilidade atrelada à inflação. Foram vendidos 8 milhões desses títulos, a oferta integral do lote.

Confira as taxas dos principais vencimentos:

  • Janeiro/2021: de 1,928% para 1,916%
  • Janeiro/2022: de 3,31% para 3,12%
  • Janeiro/2023: de 5,01% para 4,82%
  • Janeiro/2025: de 6,78% para 6,60%

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