Prateleira mais restrita. XP Investimentos e Rico aumentam aplicação mínima em CDBs e debêntures
Shopping center financeiro diz que decidiu elevar o tíquete mínimo para evitar que os pequenos investidores concentrem demais o portfólio

O shopping center financeiro da XP Investimentos decidiu restringir nesta semana algumas prateleiras para os clientes com menos dinheiro. A XP e a Rico, corretora que pertence ao mesmo grupo, aumentaram o valor mínimo de aplicação em produtos de renda fixa privada, como CDBs e debêntures.
Na XP, o valor mínimo, que partia de R$ 1 mil, dependendo do produto, subiu para R$ 30 mil. Na Rico, é preciso pelo menos R$ 20 mil para investir em títulos de emissão de bancos ou empresas.
A mudança provocou uma gritaria nas redes sociais. Clientes também me mandaram e-mails questionando a prática.
A XP sabe que o aumento do tíquete mínimo para a aplicação em produtos de renda fixa privada gera rejeição e pode levar a perda de clientes. Mas a decisão foi tomada com o objetivo de evitar que os pequenos investidores concentrem demais o seu portfólio, conforme me disse Gabriel Leal, sócio da corretora que também é dona da Rico.
"Se o cliente tem não recursos suficientes a ponto de diversificar, é melhor que ele acesse o mercado de fundos ou o Tesouro Direto", afirmou.
Leia Também
Leal disse que há casos de clientes que investem todo o patrimônio em um CDB com prazo de três anos, sem liquidez. "Não posso deixar que o pequeno investidor concentre seus recursos num único ativo."
Ele negou que a decisão tenha motivação econômica e disse que a corretora ganha mais dinheiro em ativos de crédito privado do que em fundos de renda fixa, que em geral têm taxas de administração baixas.
Leal também me disse que a empresa não aplicou a mesma restrição para o mercado de ações porque não teria como realizar esse controle.
O sócio da XP afirmou que a exigência pode ser revista no caso de clientes que, por exemplo, possuam R$ 100 mil no Tesouro Direto e desejem aplicar em CDB ou outros títulos privados. Ou seja, em vez de estabelecer uma aplicação mínima por produto, a corretora pode passar a considerar o total de recursos aplicados pelo investidor.
Assessor a partir de R$ 300 mil
Clientes da corretora que tem o Itaú Unibanco como sócio também receberam mensagem informando que o atendimento dos assessores ficará restrito a quem tem pelo menos R$ 300 mil em investimentos.
"A partir de agora, clientes com menos de R$ 300 mil aplicados na XP passarão a ser atendidos pelo núcleo On Demand, canal passivo que disponibiliza especialistas conforme demanda", diz o texto da mensagem.
Para um agente autônomo ligado à corretora com quem eu conversei, a estratégia tem a ver com custos e estrutura. "Atender um cliente pequeno dá o mesmo trabalho que um grande, às vezes até mais", afirmou.
O sócio da XP me disse que, no caso da corretora, a decisão de segmentar o atendimento é antiga e que o comunicado recebido pelo leitor do Seu Dinheiro deve ser de algum escritório de agente autônomo ligado à corretora que resolveu mudar a segmentação.
E você, concorda com a decisão da XP de aumentar o valor mínimo dos investimentos em renda fixa privada? Deixe seu comentário logo abaixo ou lá no meu Twitter.
Enquanto isso, no Itaú...
Ao mesmo tempo em que a XP restringe a prateleira para os produtos de renda fixa, o Itaú anunciou a redução da aplicação mínima em 50 fundos de renda fixa e variável em sua plataforma.
Em linhas gerais, o saldo mínimo investido para esses fundos foi reduzido de R$ 50 mil para um valor entre R$ 5 mil a R$ 25 mil, dependendo do produto.
A lista de fundos que tiveram a aplicação mínima reduzida inclui gestoras estreladas como Adam, Bahia Asset e SPX, segundo o banco.
Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro
Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA
Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê
A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo
Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord
Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano
Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora
Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe
Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência
Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho
Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente
CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC
Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida
Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI
Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço
Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%
A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos