Prateleira mais restrita. XP Investimentos e Rico aumentam aplicação mínima em CDBs e debêntures
Shopping center financeiro diz que decidiu elevar o tíquete mínimo para evitar que os pequenos investidores concentrem demais o portfólio

O shopping center financeiro da XP Investimentos decidiu restringir nesta semana algumas prateleiras para os clientes com menos dinheiro. A XP e a Rico, corretora que pertence ao mesmo grupo, aumentaram o valor mínimo de aplicação em produtos de renda fixa privada, como CDBs e debêntures.
Na XP, o valor mínimo, que partia de R$ 1 mil, dependendo do produto, subiu para R$ 30 mil. Na Rico, é preciso pelo menos R$ 20 mil para investir em títulos de emissão de bancos ou empresas.
A mudança provocou uma gritaria nas redes sociais. Clientes também me mandaram e-mails questionando a prática.
A XP sabe que o aumento do tíquete mínimo para a aplicação em produtos de renda fixa privada gera rejeição e pode levar a perda de clientes. Mas a decisão foi tomada com o objetivo de evitar que os pequenos investidores concentrem demais o seu portfólio, conforme me disse Gabriel Leal, sócio da corretora que também é dona da Rico.
"Se o cliente tem não recursos suficientes a ponto de diversificar, é melhor que ele acesse o mercado de fundos ou o Tesouro Direto", afirmou.
Leia Também
Banco Pan aumenta rentabilidade da aplicação de sua conta digital para 115% do CDI - mas benefício é temporário
Onde os brasileiros investem: CDBs ultrapassam ações no 1º semestre, e valor investido em LCIs e LCAs dispara
Leal disse que há casos de clientes que investem todo o patrimônio em um CDB com prazo de três anos, sem liquidez. "Não posso deixar que o pequeno investidor concentre seus recursos num único ativo."
Ele negou que a decisão tenha motivação econômica e disse que a corretora ganha mais dinheiro em ativos de crédito privado do que em fundos de renda fixa, que em geral têm taxas de administração baixas.
Leal também me disse que a empresa não aplicou a mesma restrição para o mercado de ações porque não teria como realizar esse controle.
O sócio da XP afirmou que a exigência pode ser revista no caso de clientes que, por exemplo, possuam R$ 100 mil no Tesouro Direto e desejem aplicar em CDB ou outros títulos privados. Ou seja, em vez de estabelecer uma aplicação mínima por produto, a corretora pode passar a considerar o total de recursos aplicados pelo investidor.
Assessor a partir de R$ 300 mil
Clientes da corretora que tem o Itaú Unibanco como sócio também receberam mensagem informando que o atendimento dos assessores ficará restrito a quem tem pelo menos R$ 300 mil em investimentos.
"A partir de agora, clientes com menos de R$ 300 mil aplicados na XP passarão a ser atendidos pelo núcleo On Demand, canal passivo que disponibiliza especialistas conforme demanda", diz o texto da mensagem.
Para um agente autônomo ligado à corretora com quem eu conversei, a estratégia tem a ver com custos e estrutura. "Atender um cliente pequeno dá o mesmo trabalho que um grande, às vezes até mais", afirmou.
O sócio da XP me disse que, no caso da corretora, a decisão de segmentar o atendimento é antiga e que o comunicado recebido pelo leitor do Seu Dinheiro deve ser de algum escritório de agente autônomo ligado à corretora que resolveu mudar a segmentação.
E você, concorda com a decisão da XP de aumentar o valor mínimo dos investimentos em renda fixa privada? Deixe seu comentário logo abaixo ou lá no meu Twitter.
Enquanto isso, no Itaú...
Ao mesmo tempo em que a XP restringe a prateleira para os produtos de renda fixa, o Itaú anunciou a redução da aplicação mínima em 50 fundos de renda fixa e variável em sua plataforma.
Em linhas gerais, o saldo mínimo investido para esses fundos foi reduzido de R$ 50 mil para um valor entre R$ 5 mil a R$ 25 mil, dependendo do produto.
A lista de fundos que tiveram a aplicação mínima reduzida inclui gestoras estreladas como Adam, Bahia Asset e SPX, segundo o banco.
Com Selic a 12,75%, já é possível ganhar 1% ao mês líquido de IR. Veja 16 opções e saiba onde encontrar esses tesouros
Após nova alta da taxa de juros, LCI e LCA que pagam 100% do CDI passam a render a remuneração dos sonhos do investidor conservador brasileiro
Em parceria com a Órama, Mercado Pago lança plataforma de investimentos com CDB que rende 150% do CDI
Conta de pagamento do Mercado Livre estreia no mundo dos investimentos com CDBs que pagam mais de 100% do CDI, com aplicações a partir de R$ 1
Com Selic a 11,75%, já dá para dobrar seu capital na renda fixa, de forma simples e com baixo risco; veja como
Não, você não vai precisar investir por 30 anos, nem colocar o seu dinheiro em um título de dívida de uma empresa próxima da bancarrota para conseguir tal feito; veja os investimentos que proporcionam isso hoje
Como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 11,75%
Taxa básica de juros deve subir mais ao longo do ano. Veja como fica o retorno das aplicações conservadoras de renda fixa com a nova alta da Selic
Veja o título do Tesouro Direto mais indicado para proteger seu dinheiro da inflação em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia
A alta dos preços em razão do conflito já se faz sentir no bolso do brasileiro – vide o aumento dos combustíveis. Mas este título do Tesouro Direto ajuda a preservar seu patrimônio
A guerra na Ucrânia pode corroer seu patrimônio! Veja onde investir na renda fixa para se proteger da inflação
Com a pressão do conflito sobre preços de commodities e cadeias de abastecimento globais, investimentos atrelados a índices de inflação voltam ao radar; veja quais são os mais rentáveis e seguros a oferecerem essa proteção, no momento
CDB: como ganhar mais que a poupança de forma prática e com a mesma segurança
Entenda o que é e como funciona o CDB, investimento de renda fixa de baixo risco que costuma ficar mais interessante em épocas de juro alto
Ela voltou com tudo! A hora e a vez da renda fixa: Tesouro, CDB e tudo mais que você precisa saber para passar com mais tranquilidade pela turbulência
O terremoto político, econômico e fiscal que se abate sobre o Brasil abriu uma fenda por meio da qual a renda fixa voltou a proporcionar retornos interessantes depois de anos perdendo espaço para a renda variável
Com juros em alta, esses títulos de renda fixa te pagam 1% ao mês, com baixíssimo risco e pouco esforço
A rentabilidade dos sonhos do brasileiro está de volta aos investimentos conservadores, e CDBs que pagam 1% ao mês ou mais já estão fáceis de encontrar
Reserva de emergência e aplicações de curto prazo: CDB 100% do CDI pode ser melhor que Tesouro Selic?
Com a Selic mais alta, vale a pena voltar a discutir qual a opção ideal para a reserva de emergência; e, nesse sentido, os CDBs que pagam 100% do CDI com liquidez diária podem sim ser uma boa pedida
Com Selic em alta, já é possível vislumbrar retorno acima da inflação na renda fixa tradicional
Juros projetados para diferentes prazos mostram que investir em renda fixa pós-fixada e atrelada ao CDI voltou a ficar interessante para diversificar a carteira
Por que a poupança ainda atrai o investimento de milionários mesmo com retorno real negativo
Especialistas explicam quais fatores levam mais de 22 mil pessoas a deixaram essa dinheirama toda na aplicação que teve em 2020 o pior desempenho dos últimos 18 anos
As opções conservadoras para ganhar mais de 100% do CDI com liquidez diária
Com a Selic tão baixa, algumas instituições financeiras de médio porte passaram a oferecer investimentos de renda fixa conservadora que pagam mais de 100% do CDI com liquidez diária; saiba onde encontrá-los
Poupança completa 160 anos – confira três investimentos na renda fixa para ‘aposentar’ a caderneta
Aplicação continua sendo a preferida dos brasileiros, mas já existem opções mais rentáveis e de baixo risco
Onde investir em 2021: Renda fixa dá susto, mas deve recompensar quem tiver sangue frio
A renda fixa vai seguir mais viva do que nunca em 2021, o que abre oportunidades de retorno que podem ir muito além dos 2% ao ano da Selic
Com Tesouro Selic negativo, é o caso de rever a sua reserva de emergência?
Título público mais conservador tem apresentado retorno negativo desde meados de setembro; será que vale a pena migrar a reserva de emergência para outro investimento, ou pelo menos diversificá-la?
Onde investir no 2º semestre: A renda fixa não morreu e ainda reserva oportunidades
O que pode ficar no passado é o CDI como referência de rentabilidade. Aliás, quem mirar a renda fixa além desse parâmetro verá que ainda existem boas opções de investimento
Ainda vale correr algum risco na renda fixa para ganhar um pouco mais que o CDI?
Títulos emitidos por empresas e papéis de bancos com cobertura do FGC prometem pagar mais que a renda fixa conservadora, mas com a Selic no chão e num cenário de crise, não ficaram arriscados demais?
Aconteceu: sua reserva de emergência está oficialmente na ‘perda fixa’
Com Selic em 4,25%, aplicações voltadas para a reserva de emergência perdem ou se igualam à inflação projetada
NuConta, CDB e fundos Tesouro Selic podem perder da poupança?
Aplicações que pagam 100% do CDI costumam ser vendidas como mais rentáveis que a poupança, mas nem sempre é o caso; mesmo assim, elas ainda são mais interessantes que a caderneta.