O líder da oposição na Venezuela e presidente da Assembleia Nacional do país, Juan Guaidó, retornou à Venezuela nesta segunda-feira. Ele conclamou os seus apoiadores para uma demonstração de "grande força e determinação" e pediu às pessoas que encham as ruas das cidades de todo o país no sábado para protestar contra Maduro.
Guaidó chegou ao Aeroporto Internacional de Maiquetia, perto da capital venezuelana Caracas. Ele retornou ao país depois de atravessar a fronteira para a Colômbia no mês passado para supervisionar um plano fracassado apoiado pelos EUA para fornecer ajuda humanitária à Venezuela.
A volta acontece depois de Guaidó desafiar uma proibição de viagem imposta por um tribunal no mês passado e de viajar para fora do país, estabelecendo um confronto com o governo do presidente Nicolás Maduro.
Guaidó é reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo os EUA. O presidente da Assembleia Nacional afirma que ele é o legítimo presidente interino do país porque a reeleição de Maduro no ano passado foi inválida. Guaidó disse que passou pelas verificações de imigração venezuelanas sem problemas.
Diplomatas ocidentais, inclusive da França, da Alemanha e dos EUA, aguardaram o líder no aeroporto como demonstração de apoio. Depois de visitar as capitais sul-americanas, Guaidó prometeu voltar a Caracas para liderar um movimento de oposição revigorado.
O retorno do opositor coloca Maduro em uma posição difícil. O governo Trump disse que tomaria medidas rápidas contra Maduro se algo acontecesse com Guaidó. Mas Maduro corre o risco de parecer fraco com aliados e militares se permitir que o presidente da Assembleia Nacional entre na Venezuela sem impedimentos.
*Com Estadão Conteúdo e agências internacionais