Sabia que a crise na Venezuela pode afetar os seus investimentos?
Dependendo do desfecho, crise no país vizinho pode ter efeito no Brasil não só do ponto de vista diplomático e humanitário, mas também no bolso dos investidores brasileiros
A atual crise na Venezuela afeta o Brasil do ponto de vista diplomático e humanitário. O país não reconhece mais Nicolás Maduro como presidente legítimo depois da interferência dele nas últimas eleições, assim como vários outros países. Para piorar, Maduro fechou a fronteira com o Brasil. Enquanto o vizinho passa por conflitos políticos e protestos, o Brasil tem recebido os imigrantes venezuelanos que buscam refúgio já há algum tempo, e agora tenta enviar também ajuda humanitária, rechaçada por Maduro.
Mas você sabia que, dependendo do desfecho, a crise na Venezuela pode acabar trazendo bons ventos para os seus investimentos? Se nossos vizinhos acabarem escolhendo um caminho mais democrático, isso não será bom apenas para eles, mas também para o Brasil. No vídeo a seguir, eu explico como:
Confira a seguir a transcrição do texto do vídeo sobre a crise na Venezuela
A Venezuela não é daqueles países que mexem com a economia mundial. Mas a atual crise do nosso vizinho impacta o Brasil de várias formas. Do ponto de vista humanitário e diplomático, a relação é bem clara. Os venezuelanos buscam ajuda por aqui, e o governo brasileiro tende a apoiar a democratização do país. Mas você sabia que o impacto pode chegar até nos seus investimentos? Crise na Venezuela: e eu com isso?
A Venezuela, como você deve saber, é um país riquíssimo em petróleo, com as maiores reservas provadas do planeta. E é em torno desse ouro negro que se dão as disputas políticas do país. Mas a bem da verdade, os venezuelanos nunca exploraram as suas riquezas naturais de um jeito lá muito eficiente. Mesmo antes do chavismo, a exploração do petróleo por multinacionais era bastante lesiva pro país. E depois que o governo estatizou a produção, a exploração passou a ser de monopólio de uma estatal mal administrada.
O maior problema é que a Venezuela não aproveitou a riqueza do petróleo pra diversificar a sua economia. Os gastos do governo chavista foram altos e mal direcionados. O país falhou em se industrializar e se tornou extremamente dependente de importações. Resultado: quando o preço do petróleo tava nas alturas, as coisas iam bem, mas era só a cotação cair, que a população passava a sofrer. Até papel higiênico sumiu das prateleiras, lembra?
Agora, o presidente Nicolás Maduro se depara com uma grave crise política e humanitária. Depois de Maduro ter perdido as últimas eleições e invalidado o pleito pra ganhar numa segunda rodada, o presidente da Assembleia Nacional se autoproclamou presidente interino, no que foi reconhecido por vários países. O imbróglio colocou em xeque a permanência de Maduro no poder.
E o que isso tudo tem a ver com você como investidor? Se a Venezuela superar essa crise tomando um caminho mais democrático, o país pode se abrir pra investimentos estrangeiros, inclusive de empresas brasileiras, que ainda têm capacidade ociosa. Pensa que a Venezuela é um país que precisa de praticamente tudo pra se reerguer, na indústria, no comércio e nos serviços. As oportunidades se abrem principalmente pra Petrobras e as construtoras.
Se você gostou do vídeo, se inscreve no nosso canal de YouTube e clica no sininho pra receber as notificações. E pode deixar as suas dúvidas e sugestões no campo de comentários.
Em grave crise econômica, Venezuela avalia privatizar petróleo
Representantes do governo conversaram com diferentes empresas, diz agência; medida abandonaria décadas de monopólio estatal
Juan Guaidó pede ajuda ao Fórum de Davos contra Maduro
Guaidó falou sobre os males econômicos e políticos de seu país e sobre as oportunidades de investimento e prosperidade se a democracia for restaurada
Bolsonaro: “É importante buscar solução para Venezuela, até Evo se posicionou
Segundo o presidente, não ficou surpreso com o posicionamento de Morales, uma vez que o chefe de Estado boliviano já havia dados sinais positivos quando decidiu prender o italiano Cesare Battisti
Guedes: Brasil evitou virar uma Venezuela, mas não uma Argentina
Ministro da Economia usou o exemplo do Chile em sua apresentação para falar do sucesso da agenda liberal
Bolsonaro: Não queremos outra Venezuela no continente
Presidente disse que preocupação deve se voltar para a Argentina e para quem poderá voltar a comandar o país
Juan Guaidó convoca povo venezuelano a ir às ruas e diz ter apoio de militares para derrubar governo de Maduro
Juan Guaidó lidera a Operação Liberdade para derrubar o governo de Maduro. Ministro da Defesa utilizou o Twitter para dizer que há normalidade nos quartéis
Opep reduz produção de petróleo em ritmo mais acentuado em março
Em relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, organização informou que a produção de seus integrantes caiu 534 mil barris por dia (bpd) no mês passado, para uma média de 30,02 milhões de bpd
“Conversarei com Levy”, diz Bolsonaro sobre dívidas de Cuba e Venezuela
Venezuela, Cuba e Moçambique acumulam R$ 2,3 bilhões em dívidas atrasadas com o BNDES. Se países não honrarem o pagamento, o governo brasileiro terá de cobrir o calote
Países somam R$ 2,3 bi em atraso com BNDES
Se pagamento não for feito, governo deve cobrir o calote; banco registrou perdas de R$ 4,4 bi em 2018 por conta dos empréstimos
Guaidó volta à Venezuela e convoca protesto contra Maduro no sábado
Líder da oposição pediu às pessoas que encham as ruas das cidades de todo o país no sábado para protestar contra Maduro
Leia Também
-
Parece estranho: Bolsas sobem mesmo com Japão e Reino Unido em recessão; veja o que mexe com o mercado hoje
-
Ameaça de guerra na fronteira: Por que o exército enviou mísseis e blindados para reforçar a divisas do Brasil com Venezuela em Roraima?
-
Brasil bate a porta na cara da Venezuela — e os planos de Maduro vão por água abaixo
Mais lidas
-
1
Adeus, Milei: HSBC vende operações na Argentina por US$ 550 milhões uma semana após país aliviar restrições para empresas estrangeiras
-
2
Mais um fracasso de Lemann? Por que a 3G vendeu a Heinz “no sigilo” e abandonou a parceria com Warren Buffett de vez
-
3
A China está muito melhor do que o mercado imagina — e o “desastre” da vez é outro, diz gestor responsável por mais de R$ 5 bilhões