🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Dia de correção

Ibovespa perde força e fecha em queda, temendo desidratação da Previdência

O Ibovespa até chegou a aparecer no nível dos 99 mil pontos. Mas, com Estados e Municípios podendo ficar fora da reforma da Previdência, o mercado optou por adotar uma postura mais cautelosa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
12 de junho de 2019
10:29 - atualizado às 9:48
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa fechou em queda, mas permaneceu nos 98 mil pontos; dólar subiu a R$ 3,86 - Imagem: Seu Dinheiro

Um burburinho tomou conta dos mercados financeiros do Brasil na manhã desta quarta-feira (12). Operadores, analistas e outros agentes financeiros aguardavam ansiosamente a abertura do pregão, com uma questão em mente: será que o Ibovespa conseguiria atingir os 100 mil pontos hoje?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o suspense se manteve durante a manhã, com o índice passando a primeira parte da sessão oscilando perto da estabilidade. Mas, conforme novidades a respeito da tramitação da reforma da Previdência começaram a surgir, a cautela tomou conta das negociações — e fez o Ibovespa se firmar no campo negativo.

Ao fim do dia, o principal índice da bolsa brasileira teve baixa de 0,65%, aos 98.320,88 pontos — distante da mínima, quando atingiu os 97.831,00 pontos (-1,14%), mas também longe da máxima, aos 99.239,50 pontos (+0,28%). O dólar à vista também teve uma sessão instável e terminou em alta de 0,45%, a R$ 3,8669.

Sinal amarelo

Tudo seguia o script dos últimos dias por aqui: o mercado estava otimista em relação ao cenário político, cada vez mais convencido de que a crise envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro, não traria turbulência à tramitação das pautas econômicas do governo, incluindo a revisão nas regras da aposentadoria.

Só que, no início da tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, veio a público para falar sobre a tramitação da Previdência — e o tom assumido por ele gerou uma piora de sentimento nos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Maia comunicou o fechamento de um acordo para retirar Estados e municípios do parecer do relator da reforma na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira. Segundo o presidente da Casa, o texto será lido no colegiado nesta quinta-feira (13) e deve ser votado pelo plenário na primeira semana de julho.

Leia Também

A novidade trouxe apreensão aos agentes financeiros por implicar numa menor economia a ser gerada pela reforma em 10 anos. E o fato de Maia ter uma reunião no fim da tarde com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e de participar de coletiva de imprensa para falar sobre os ajustes no texto do relator, às 18h, abriu espaço para todo tipo de especulação.

Dois operadores me falaram que a cifra de R$ 800 bilhões em economias começou a circular no mercado nesta tarde. Ambos ponderaram que esse número não fica distante das estimativas feitas pelos próprios agentes financeiros, mas que, considerando os ganhos recentes do Ibovespa — o índice chegou a tocar os 99 mil pontos no início do dia —, o mercado optou por assumir uma postura mais cautelosa.

Um dos operadores ainda lembra que ocorreu hoje o vencimento do Ibovespa futuro para junho, fator que pode ter ajudado a trazer instabilidade extra às negociações do índice durante a tarde — o vencimento é calculado com base nas três últimas horas do pregão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, o tom negativo visto nos mercados globais contribuiu para diminuir o ímpeto dos agentes financeiros por aqui. "A sessão foi bem negativa na Ásia e as bolsas da Europa também caíram. Foi um dia muito ruim para as commodities ", destaca Álvaro Frasson, analista da Necton.

Precaução no exterior

Os mercados externos mostram menor disposição para assumir riscos nesta quarta-feira. Tensões sociais em Hong Kong foram determinantes para trazer apreensão à sessão asiática — e, além disso, a guerra comercial continua sem dar sinais de alívio.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que está vencendo as batalhas comerciais que seu governo começou para apoiar os agricultores americanos e ressaltou que as tarifas aplicadas a produtos chineses "estão trazendo bilhões para o nosso país".

As preocupações em relação à guerra comercial afetaram fortemente o mercado de commodities, com o petróleo WTI (-4,00%) e o Brent (-3,72%) caindo forte nesta quarta-feira. O minério de ferro, por sua vez, ficou praticamente estável no porto chinês de Qingdao.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse cenário, a maior parte das bolsas da Ásia fechou no campo negativo, comportamento semelhante ao verificado nos mercados acionários da Europa — o índice pan-europeu Stoxx 600 teve baixa de 0,30%. E, nos Estados Unidos, o Dow Jones (-0,50%), o S&P 500 (-0,13) e o Nasdaq (-0,65%) caíram em bloco.

Dólar forte no exterior

Esse clima de maior apreensão no exterior se refletiu no mercado de moedas global, com o dólar se fortalecendo ante a maior parte das divisas globais, sejam elas fortes ou de países emergentes e dependentes de commodities.

Esse contexto global, somado às instabilidades geradas pelo noticiário político, culminou em pressão ao mercado de câmbio brasileiro: por aqui, o dólar à vista chegou a cair 0,50%, a R$ 3,8302, mas terminou a sessão no campo positivo, de volta à faixa de R$ 3,86.

Juros viram para alta

O estresse gerado pela declaração de Maia também afetou as curvas de juros, que viraram e fecharam em alta, após passarem boa parte do dia no campo negativo. Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2021 subiram de 6,16% para 6,19%; na longa, os para janeiro de 2023 avançaram de 7,06% para 7,11%, e os para janeiro de 2025 foram de 7,59% para 7,63%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Últimos capítulos

A novela da venda da fatia detida pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA) na Via Varejo chega à reta final, com o empresário Michael Klein mais perto de retomar a Casas Bahia, empresa fundada por seu pai.

Mais cedo, o conselho do GPA aprovou a venda de suas ações na companhia num leilão na B3, a ser realizado na próxima sexta-feira (14). E isso porque Klein enviou uma carta afirmando que, caso a fatia detida pelo GPA fosse a leilão, ele se comprometeria a comprar os papéis ao preço máximo de R$ 4,75.

Com a trama caminhando para os episódios derradeiros, as ações PN do GPA(PCAR4) fecharam em alta de 0,4%. Já os papéis ON da Via Varejo (VVAR3) caíram 3,20%, a R$ 4,84.

Frasson, da Necton, pondera que os papéis da Via Varejo tendem a se aproximar dos R$ 4,75, mas que esse movimento não necessariamente irá ocorrer já no pregão de hoje. "O Klein tem um histórico muito grande no setor de varejo e teve grande sucesso no passado. Mas isso não garante sucesso no futuro", diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O analista ainda diz que o mercado, agora, espera a apresentação do plano estratégico dos novos controladores para a empresa, de modo a tirar a Via Varejo do atual cenário de dificuldade. "Até esse plano ser anunciado, ainda deve haver algum receio".

Falando em novela...

Outra história com enredo cada vez mais intrincado é a da venda da Netshoes. Nesta manhã, a Centauro elevou novamente sua proposta, oferecendo US$ 3,70 por ação da empresa — equivalente a US$ 114,9 milhões. Mas não foi só isso.

Os novos termos da Centauro também incluem um empréstimo de US$ 120 milhões para que a Netshoes possa reforçar seu capital de giro. Isso porque a situação financeira do site de artigos esportivos é delicada — e, nesse cenário, o conselho da empresa recomendou aos acionistas que aceitassem a proposta do Magazine Luiza.

A oferta do Magalu é bastante inferior, de US$ 3,00 por ação. Contudo, a operação de compra da Netshoes pelo Magazine Luiza já foi aprovada pelo Cade — uma transação com a Centauro precisaria ser analisada do zero pelo órgão. Assim, a urgência é um fator chave na disputa, e a assembleia de acionistas do Netshoes para bater o martelo está prevista para a próxima sexta-feira (14).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com a nova oferta, as ações ON da Centauro (CNTO3) — que não fazem parte do Ibovespa — fecharam em alta de 0,79%, enquanto os papéis ON do Magzine Luiza (MGLU3) caíram 1,96%. Em Nova York, os ativos da Netshoes (NETS) subiram 13,16%, a US$ 3,44.

Petrobras em queda

Com o petróleo em queda firme, as ações da Petrobras aparecem no campo negativo nesta quarta-feira: no mesmo horário, os papéis PN (PETR4) recuaram 1,14%, enquanto os ONs (PETR3) tiveram baixa de 1,47%.

Vale lembrar que os ativos da estatal ganharam força na reta final do pregão de ontem, impulsionados pela notícia de que a Petrobras assinou um acordo com o Cade para viabilizar a venda de oito refinarias da empresa. Assim, o mercado realiza parte dos lucros registrados ontem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar