Câmara sinaliza acordo para reforma sem Estados e municípios
Líderes da Câmara disseram nesta quarta-feira, 12, que um acordo foi fechado com o relator da reforma da Previdência; Maia disse que relatório será lido nesta quinta-feira
Os líderes da Câmara disseram nesta quarta-feira, 12, que um acordo foi fechado com o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), para retirar do texto Estados e municípios do seu relatório. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seguiu a mesma linha.
Maia disse que o relatório da reforma da Previdência será lido na Comissão Especial nesta quinta, 13. Ele ainda disse que o relatório deverá ser votado pelo plenário da Casa na primeira semana de julho. "É depois do relatório apresentado que vão aparecer as polêmicas", disse ele.
Para o líder do PP, Arthur Lira, os Estados e municípios podem voltar a serem incluídos na reforma no plenário, por emenda, mas ele não acredita que haverá votos para isso. "Se os governadores quiserem garantirem os votos, eles apresentam a emenda", disse o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Segundo apuração do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), alguns pontos ainda não foram definidos, como a inclusão de mudanças para policiais. Há uma tendência de que a capitalização fique de fora, o que ainda não foi batido o martelo.
Além disso, o relator deve restringir o pagamento do benefício do abono salarial a quem ganha até 1,4 salário mínimo (R$ 1.397,20), o que reduziria o impacto da medida em cerca de R$ 80 bilhões, como o Broadcast já tinha adiantado.
Já o líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), disse que acredita que a idade mínima para mulheres se aposentarem deve ficar em 62 anos, com um tempo mínimo de contribuição de 15 anos. Esse prazo seria uma demanda da bancada feminina que Moreira estaria disposto a atender.
Fala oposição
A líder da minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a oposição vai obstruir toda a pauta da Câmara para debater a crise política, após o vazamento de supostos diálogos envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro.
Feghali afirmou que quer usar a sessão de hoje para discutir crise política. "Queremos votar projetos sobre Brumadinho amanhã, hoje tem que ser um dia de afirmação do parlamento brasileiro", comentou.
Segundo ela, até terça a oposição deve conseguir assinaturas para a criação de uma CPMI da Lava Jato no Congresso.
A líder afirmou ainda que os partidos de esquerda vão atuar para que a reforma da Previdência não seja votada neste semestre e que eles têm uma reunião com o relator da proposta nesta quarta-feira às 17 horas.
*Com Estadão Conteúdo
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