🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: COMO FLÁVIO BOLSONARO MEXE COM A BOLSA E AS ELEIÇÕES – ASSISTA AGORA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Ânimo renovado

Ibovespa tem alta de mais de 1%, contagiado pelo otimismo dos analistas

Grandes casas de análise fizeram projeções animadoras para o Ibovespa e os demais mercados brasileiros em 2020. Nesse cenário, o índice ganhou força e recuperou os 107 mil pontos, enquanto o dólar caiu a R$ 4,19

Victor Aguiar
Victor Aguiar
21 de novembro de 2019
10:34 - atualizado às 10:49
Bull market Ibovespa bolsa dólar
Imagem: Shutterstock

O Ibovespa retornou da pausa do Dia da Consciência Negra como qualquer um de nós volta depois de um feriado no meio da semana: meio devagar, mas de bom humor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O índice, afinal, sustentava um leve desempenho positivo logo após a abertura, indo na contramão dos mercados acionários globais. Mas esse desempenho surpreendente tinha um porém: o baixo volume de negociações. Era como se boa parte dos investidores tivesse resolvido passar mais uns dias de folga...

E o pregão seguiu nessa toada durante boa parte da manhã: um tom mais otimista tomava conta das operações por aqui, ignorando a cautela vista lá fora. Parecia que a sessão não teria grandes destaques — apenas ajustes pontuais em alguns papéis movimentavam a bolsa brasileira.

Só que, ao longo da tarde, o quadro foi mudando. Por coincidência ou não, foram sendo divulgados relatórios de diversas casas de análise com as previsões para 2020. E a conclusão era quase unânime: em meio ao mar de investimentos, o Brasil e o Ibovespa tinham tudo para ser uma ilha de prosperidade.

J.P. Morgan, BTG Pactual, Credit Suisse, Goldman Sachs e UBS foram algumas das casas que se mostraram otimistas em relação às perspectivas para o mercado brasileiro no ano que vem. E, ao ver todas essas apostas no país, os touros resolveram sair do descanso e voltar à ativa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pouco a pouco, o giro financeiro foi ganhando tração, fazendo com que o Ibovespa terminasse o pregão de hoje em alta de 1,54%, aos 107.496,73 pontos, na máxima do dia — o melhor desempenho desde a sessão de 11 de outubro (+1,94%).

Leia Também

Desta maneira, o índice brasileiro destoou do exterior: nos Estados Unidos, o Dow Jones (-0,20%), o S&P 500 (-0,14%) e o Nasdaq (-0,24%) tiveram a segunda sessão consecutiva de perdas; na Europa, as principais praças também fecharam no vermelho.

E essa onda positiva também chegou ao mercado de câmbio: o dólar à vista tocou o patamar de R$ 4,2237 mais cedo, mas acabou encerrando em baixa de 0,25%, a R$ 4,1930.

Projeções positivas

O impulso vindo das casas de análise teve início com o J.P. Morgan. Ainda durante a manhã, a instituição afirmou, em relatório, que os mercados brasileiros tendem a se destacar na América Latina, prevendo que o Ibovespa poderá chegar a 144 mil pontos no ano que vem, considerando o cenário mais otimista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O BTG Pactual foi além: ao levar em conta o efeito que a queda dos juros terá sobre o preço-justo das ações das empresas, a casa acredita que o principal índice da bolsa brasileira poderá atingir o patamar de 197 mil pontos — isso num panorama em que a economia local cresce 3% e com juro real na casa de 2,5%.

Outro banco internacional que se mostra otimista em relação ao Brasil é o Credit Suisse. Para a instituição, 2020 será o ano dos mercados emergentes e, nesse grupo, os ativos brasileiros — tanto ações quando o real — aparecem como boas apostas, considerando que a economia tende a crescer e a inflação deve continuar baixa.

Por fim, o Goldman Sachs foi mais moderado, mas, ainda assim, animador. A instituição diz que o cenário para o país segue desafiador, mas com perspectivas "mais esperançosas".

Com tantas recomendações positivas, os agentes financeiros se animaram e empurraram o Ibovespa de volta ao nível dos 107 mil pontos. Ou, como resumiu Filipe Villegas, analista da Genial Investimentos, no Twitter

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

https://twitter.com/FilipeVillegas/status/1197587377801351168

Noticiário favorável

Mas não foram apenas as recomendações dos analistas que contribuíram para dar força ao Ibovespa. Enquanto o noticiário doméstico contribui para trazer certo alívio aos investidores por aqui, o panorama global ainda inspira cautela aos agentes financeiros internacionais — em especial, no front da guerra comercial entre EUA e China.

"A PEC paralela avançou no Senado e a PEC da prisão em segunda instância está caminhando na Câmara. O mercado vê isso de maneira positiva, e a gente acaba se beneficiando um pouco", diz Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

A chamada PEC paralela foi aprovada em segundo turno no plenário do Senado na noite da última terça-feira (19), e permite a inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência. O texto, agora, segue para a Câmara dos Deputados, mas eve enfrentar resistência na Casa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a admissibilidade da proposta que permitiria a prisão de condenados após a segunda instância — o entendimento atual é o de que as prisões só podem ocorrer depois que todos os recursos forem esgotados.

Segundo Beyruti, esse noticiário acaba ganhando ainda mais força porque, nos últimos dias, o Ibovespa tem enfrentado uma onda vendedora — em duas semanas, o índice saiu dos 109 mil pontos e chegou aos 105 mil pontos. Assim, um movimento de recuperação acaba sendo facilitado nesta quinta-feira.

Além disso, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em outubro — um saldo líquido positivo de 70.852 postos de trabalho, o sétimo mês consecutivo de abertura de vagas formais — contribuiu para dar mais ânimo ao Ibovespa, fazendo o índice acentuar o ritmo de ganhos nesta tarde.

Em pé de guerra

Lá fora, o noticiário referente à guerra comercial continuou bastante nebuloso. Na última quarta-feira (20), uma série de informações desencontradas quanto ao estado das negociações entre as potências trouxe volatilidade aos ativos globais e inspirou cautela aos investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ontem, notícias publicadas pela agência Reuters diziam que, em meio ao impasse nos diálogos entre Washington e Pequim, a assinatura da primeira fase do acordo comercial teria sido formalmente adiada para 2020. No entanto, pouco tempo depois, a Casa Branca desmentiu essa informação, afirmando que as conversas continuam.

Esse desmentido das autoridades americanas diminuiu ligeiramente o pessimismo dos agentes financeiros — e, durante a manhã, relatos de que o governo dos EUA estaria disposto a adiar a nova rodada de elevação de tarifas a serem impostas sobre produtos chineses, com início previsto em dezembro, caso um acerto não seja firmado, contribuiu para amenizar um pouco mais a tensão.

"Mas o mercado ainda está cético", diz Beyruti, lembrando que o Senado americano aprovou uma lei que obriga os Estados Unidos a impor sanções a países que atuem para impedir a autonomia de Hong Kong — no caso, a China. "Isso pode atrapalhar [as negociações]".

Juros em alta

As curvas de juros passaram por ajustes positivos, tanto na ponta curta quanto na longa. Os investidores ainda repercutem as recentes declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que sinalizou que uma eventual disparada da moeda americana seria controlada via atuação nos juros, e não no mercado de câmbio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse contexto, veja como se comportaram as curvas nesta quinta-feira:

  • DI para janeiro de 2021: alta de 4,58% para 4,73%
  • DI para janeiro de 2023: alta de 5,80% para 5,93%
  • DI para janeiro de 2025: alta de 6,39% para 6,50%
  • DI para janeiro de 2027: alta de 6,71% para 6,81%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar