Ambev mostra que copo está mais cheio e consegue aumentar lucro em 6,2% no primeiro trimestre de 2019
O resultado é uma boa nova para a companhia, que vinha sofrendo para entregar melhores resultados, pressionada pela maior concorrência e por mudanças na dinâmica do setor de bebidas no Brasil
Beneficiada por melhores volumes de vendas, a fabricante de bebidas Ambev registrou um lucro líquido de R$ 2,749 bilhões no primeiro trimestre de 2019, alta de 6,2% ante o mesmo período de 2018. O lucro líquido ajustado foi de R$ 2,762 bilhões, também alta de 6,2%.
O resultado é uma boa nova para a companhia, que vinha sofrendo para entregar melhores resultados, pressionada pela maior concorrência e por mudanças na dinâmica do setor de bebidas no Brasil. O lucro ficou praticamente em linha com o esperado pelos analistas, que projetavam lucro líquido de R$ 2,869 bilhões no trimestre, segundo a Bloomberg.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado foi de R$ 5,12 bilhões, avanço de 7%. A margem Ebitda ajustada teve um leve recuo, passando de 41,1% para 40,5%.
A receita líquida somou R$ 12,64 bilhões, alta de 8,6% na comparação anual. A receita líquida por hectolitro também melhorou, passando de R$ 229,1 para R$ 306,1 na mesma comparação.
As vendas consolidadas da Ambev foram destaque no balanço e somaram 41,3 milhões de hectolitros, retomada de 6,1% ante as vendas de 38,9 milhões de hectolitros registradas um ano antes.
As despesas com vendas, gerais e administrativas nos três primeiros meses do ano subiram 1,6% ante o ano anterior.
Leia Também
Resultados animadores no Brasil
No Brasil, as vendas cresceram 12,4% em volume, para 27,5 milhões de hectolitros. O segmento de cerveja no Brasil teve vendas de 21 milhões de litros, avanço de 11,3%. Segundo a empresa, os resultados foram ajudados pelo clima favorável e pelo carnaval tardio.
Com o aumento do volume, a receita líquida de cerveja no Brasil nos três primeiros meses de 2019 avançou 15,4% e chegou a R$ 6,13 bilhões.
Segundo a Ambev, o segmento de cervejas premium tem liderado o crescimento orgânico, com ganhos de participação de mercado, tendência que deve se manter nos próximos anos. O portfólio de marcas globais, composto por Budweiser, Stella Artois e Corona, cresceu mais que 50% no trimestre.
Um dado desfavorável da operação de cerveja ficou por conta do custo dos produtos vendidos, que foi impactado por maiores preços do alumínio e da cevada e pelo câmbio, subindo 32,8%.
A empresa afirmou que ainda não viu a renda disponível da população retomar o seu crescimento no trimestre, mas disse que investimentos feitos pela companhia nos últimos anos a colocaram em uma posição melhor para competir neste início de ano.
Para o futuro, a Ambev reiterou o plano de ampliar as vendas de produtos premium no Brasil e seguir investindo em inovações, mas destacou que o custo dos produtos vendidos seguirá pressionado nos três primeiros trimestres de 2019, sendo aliviado somente no final do ano.
Nem só de cerveja se vive
No negócio de bebidas não-alcoólicas Brasil, o volume de vendas cresceu 16,3% para 6,5 milhões de hectolitros. Com isso, a receita líquida desta operação cresceu 25,1% para R$ 1 bilhão.
A companhia destacou que os custos mais altos do alumínio foram compensados por menores preços de açúcar no período. Mesmo assim, o custo dos produtos vendidos neste segmento subiu 20%.
Assim como na cerveja, empresa destacou que seu foco nesta área também é reforçar o segmento premium, com marcas como Lipton, Do Bem, H2OH!, Tônica e Gatorade.
Ventos contrários na Argentina
Apesar de números mais animadores no Brasil, a região da América do Sul sofreu uma queda de 8,7% no volume de vendas, impactada principalmente por um consumo menor na Argentina. Quase todos os indicadores financeiros recuaram na região, como a receita líquida, que caiu 13,6% para R$ 2,67 bilhões, e o Ebitda Ajustado, que recuou 4,8% para R$ 1,27 bilhão.
A Ambev afirmou em seu balanço que está cautelosa a respeito do ambiente macroeconômico da Argentina, em meio à desvalorização da moeda e à baixa confiança do consumidor.
Nas operações da América Central e Caribe, o volume avançou 9,1% para 3,17 milhões de hectolitros, enquanto a receita líquida cresceu 27,2%.
E o resultado financeiro?
O resultado financeiro líquido da Ambev resultou em uma despesa de R$ 672,1 milhões no primeiro trimestre, 12,2% maior que um ano antes. Entre os motivos estão perdas com instrumentos não derivativos de R$ 110,8 milhões, relativas a um ajuste no valor justo da opção de venda na República Dominicana.
A dívida líquida da gigante de bebidas somou R$ 7,75 bilhões no final de março de 2019, acima dos R$ 7,37 bilhões registrados no final de março de 2018.
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
