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Fernando Pivetti
Fernando Pivetti
Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP). Foi repórter setorista de Banco Central no Poder360, em Brasília, redator no site EXAME e colaborou com o blog de investimentos Arena do Pavini.
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Tesouro Direto: Selic, IPCA ou Prefixado? Veja como escolher o título

O governo disponibiliza diferentes tipos de títulos públicos, que se diferenciam pelo prazo e condições de remuneração

Fernando Pivetti
Fernando Pivetti
12 de outubro de 2018
6:32 - atualizado às 14:08
guia do Tesouro Direto
Guia do Tesouro Direto - Imagem: Seu Dinheiro com Shutterstock

Uma das principais dúvidas do investidor de Tesouro Direto tem é na hora de escolher qual título comprar para chegar nos melhores rendimentos. Atualmente o governo disponibiliza dez tipos diferentes de aplicação, que se diferenciam pelo prazo e condições de remuneração. Você pode comprar o Tesouro Direto Selic, prefixado ou atrelados ao IPCA.

O Seu Dinheiro fez um guia completo para te ajudar a compreender tudo sobre o nosso amigo TD. Nos próximos dias você vai saber:

Quais os tipos de títulos

Antes de avaliarmos cada uma dessas modalidades, acho que vale a pena entendermos algumas das condições que serão colocadas na mesa no momento em que você for comprar seu título.

Na lista de títulos do Tesouro você vai se deparar com duas alternativas básicas de rentabilidade:

  1. os títulos prefixados
  2. e os pós-fixados.

Os prefixados são aqueles cujo investidor conhece a taxa de rendimento que terá no momento da aplicação. Essa taxa é fixa até o fim do contrato.

Já os títulos pós-fixados possuem rentabilidades desconhecidas na hora de fechar o negócio. No caso do Tesouro Direto, os pós-fixados utilizam como referência, principalmente, o IPCA ou a Selic.

Para escolher o melhor, você deve pensar sobre qual a finalidade do seu investimento. Nessa linha, o diretor de investimentos do Itaú Unibanco, Martín Iglesias, afirma que seu principal conselho para seus clientes é diversificar suas aplicações com vários tipos diferentes de títulos.

“O investidor na forma geral fala de Tesouro Direto como se fosse uma coisa só. E não é. Existem riscos e variáveis diferentes e, para se proteger, vale diversificar. Recomendamos, por exemplo, ter sempre 85% do seu investimento total em Tesouro Selic, que rende menos, mas é mais estável”.

Títulos prefixados

O Tesouro Direto oferece dois tipos de títulos prefixados: o Tesouro prefixado (LTN) e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F). Entenda como cada um funciona e para quem eles são mais indicados:

Tesouro Prefixado (LTN)

Os LTN’s são títulos com taxas de juros definidas no momento em que você assina o contrato. O pagamento dos juros ocorre apenas no fim do período de investimento. Isso torna essa aplicação mais atraente caso você não tenha pressa em resgatar o dinheiro e não necessite completar a renda no curto prazo.

Também é possível retirar o dinheiro do Tesouro antes do prazo estabelecido. Mas nesse caso o governo vai te pagar o valor de mercado do título naquele momento, o que pode ser maior ou menor que a rentabilidade contratada, dependendo da expectativa da taxa de juros futura naquele momento.

Atualmente, o site o Tesouro Direto disponibiliza duas opções de LTN’s: com vencimentos em 2021 e 2025. Se você acredita que a taxa prefixada será maior que a taxa Selic no período, esse investimento será seu campeão. Do contrário, é mau negócio.

Vale uma nota de rodapé importante: por terem rentabilidade pré-definida, o rendimento das LTN’s é nominal. Ou seja, na hora de fazer as contas, você precisa descontar a inflação para obter o rendimento real da aplicação. Há também a cobrança de taxas e impostos.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

A diferença das NTN-F’ para as LTNs está no pagamento dos rendimentos: enquanto as LTN’s pagam os juros de uma só vez no fim do período do contrato, nas NTN-F’s o governo paga rendimentos semestrais.

Com essas condições, o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais é mais indicado caso você busque completar a sua renda com esses rendimentos do Tesouro Direto ou pretende reinvestir os juros em outro Tesouro Direto ou outra modalidade de investimento. Hoje o Tesouro disponibiliza contratos com vencimento em 2029.

Nova nota de rodapé: em cada um dos rendimentos semestrais que você receberá incidirá Imposto de Renda. Isso compromete reduz sua rentabilidade quando comparamos com as aplicações que pagam juros apenas no fim do período.

Títulos pós-fixados

Na categoria de pós-fixados, você encontra três opções de aplicação via Tesouro Direto: o Tesouro Selic (LFT), o Tesouro IPCA+ (NTN-B principal) e o Tesouro IPCA+ com juros semestrais (NTN-B). Veja as características de cada investimento:

Tesouro Selic (LFT)

A aplicação de Tesouro Direto Selic utiliza como base para seu rendimento diário a taxa Selic - atualmente em 6,5% ao ano. Os juros acumulados no contrato só são pagos ao fim do período, sem a opção de resgate semestral.

O Tesouro Selic é uma boa indicação se você possui um perfil mais conservador quando o assunto é investir. Isso acontece porque a volatilidade dos juros é baixa, tendo em vista que a Selic não sofre alterações muito elevadas em um curto espaço de tempo. No caso de resgate antecipado, a chance de o título se desvalorizar é muito menor do que nos casos em que há uma taxa prefixada ou vinculada ao IPCA. Atualmente o Tesouro disponibiliza atualmente o título com vencimento em 2023.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

Essa é uma das opções de investimentos pós-fixados que o Tesouro mais vende atualmente. Aplicando aqui você vai ficar atento a duas taxas: a primeira é uma taxa de juros definida na hora em que você fechar o negócio. A outra é a inflação oficial, medida pelo IPCA. A soma desses dois valores será seu rendimento final.

Assim como o Tesouro Selic convencional, essa opção só libera o dinheiro dos rendimentos no fim do período de contrato. Por falar nesse período, no Tesouro IPCA+ eles costumam ser mais longos: atualmente você pode comprar títulos com vencimentos em 2024, 2035 e 2045.

Com essas condições de resgate e de juros, muita gente jovem usa essas aplicações para aposentadoria ou para guardar dinheiro para a faculdade dos filhos. Mas se você precisar sacar o valor antes, tudo bem: o governo vai te pagar o valor de mercado do título no momento da retirada (que pode ser menor ou maior do que você contratou).

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

Esse investimento segue os mesmos princípios do item anterior: pós-fixado, com rendimentos definidos por uma taxa de juros mais o acumulado do IPCA no período.

A grande diferença é na retirada dos rendimentos. O NTN-B libera semestralmente os rendimentos daquele período ao invés de liberar o valor acumulado no vencimento do contrato. Essa condição pode ser uma boa caso você queira juntar um dinheiro para a aposentadoria, porém precise completar sua renda ao longo desse tempo. Mas fique atento: em cada pagamento desses juros semestrais, você terá que pagar Imposto de Renda.

Assim como a NTN-B Principal, você também pode resgatar o dinheiro aplicado antes do fim do contrato. Nesse caso será pago o valor de mercado do título naquele momento.

Não sabe qual título escolher?

Deu pra perceber que são várias as opções e condições de mercado nesse universo chamado Tesouro Direto. Ficou perdido e não conseguiu ter segurança em qual aplicação deve colocar seu dinheiro? Sem problema: na própria página do Tesouro Direto existe um Orientador Financeiro.

Lá você vai responder algumas perguntas sobre seus objetivos e receberá algumas opções que mais se encaixam no seu perfil. É só acessar a página do Tesouro Direto e responder ao questionário.

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