Os desenvolvedores da segunda maior criptomoeda do mundo estão a todo vapor para colocarem no ar a versão definitiva do Ethereum (ETH). O “The Merge” (“A Fusão”, em tradução livre) está programado para acontecer em agosto deste ano e já passou com louvor por testes de rede.
Mas afinal, o que é o The Merge? Essa atualização pretende criar o Ethereum 2.0, uma versão definitiva da segunda maior moeda digital atualmente. De modo geral, as principais atualizações serão as seguintes:
- Eficiência energética com a migração do sistema de proof-of-work para proof-of-stake;
- Taxas de transação mais baixas (hoje, a rede sofre com gas fees que podem chegar facilmente a mais de US$ 100);
- Maior velocidade de transação.
O primeiro passo já foi dado na última sexta-feira (03), quando a Ethereum Foundation anunciou a explosão da “bomba de dificuldade” da rede, tornando, assim, praticamente impossível minerar essa criptomoeda — e isso é positivo.
A fusão das redes do Ethereum
Até o momento, o ETH funcionava com dois sistemas de validação: o proof-of work (PoW, ou “prova de trabalho”, o mesmo usado no bitcoin) e o proof-of-stake (PoS ou “prova de participação”) em redes paralelas.
Mas o método de PoS é milhares de vezes mais eficiente do que o PoW do ponto de vista de consumo de energia. Entretanto, os desenvolvedores não poderiam arriscar tirar do ar uma rede tão grande quanto o ethereum.
Para realizar os testes, os programadores criaram a rede Ropsten. Na tarde de ontem (08), os desenvolvedores “fundiram” as duas redes de PoW e PoS de testes, um sucesso que foi aplaudido até mesmo pelo Glassnode.
O que é a bomba de dificuldade
A rede de PoW usa o ajuste de dificuldade para manter a emissão de criptomoedas pela mineração constante. Com a fusão das redes, a parte que ainda usa o PoW estava mais frágil e sujeita a um ataque hacker que poderia afetar toda a blockchain.
Assim, os desenvolvedores criaram a “bomba de dificuldade”, que cruzou a medida de 50 quatrilhões de pontos — ou 50.000.000.000.000.000, para os curiosos de números grandes — tornando impossível qualquer tipo de mineração na rede.
E agora? Os próximos passos do ethereum
Os ajustes finais estão sendo feitos para tornar a rede cada vez mais segura e migrar totalmente para o sistema PoS. Os desenvolvedores passaram a atualizar seus softwares e hardwares para receber as atualizações.
O final desses testes está marcado para agosto deste ano — mas as datas podem ser alteradas devido a problemas que venham a surgir. Segundo os desenvolvedores, o The Merge deve ser concluído entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano.
Problemas da rede
Recentemente, o ethereum viu problemas na Beacon Chain, uma das redes de testes da Ropsten, que chegou a derrubar as cotações por um breve momento.
Na realidade, não houve uma falha, mas sim um bloco “fura-fila”, que acabou passando na frente de outro e gerou uma reação em cadeia que exigiu a reorganização da rede para manter o fluxo de informação.
Esse evento não tem a ver com o The Merge e pode acontecer com outras redes também por diversos motivos.
Porém, depois do desaparecimento da Terra (LUNA) e a grande expectativa com a atualização, os investidores levam a máxima do “gato escaldado” debaixo do braço para qualquer situação de estresse.
Para onde vai o ethereum
Assim com outras criptomoedas, o ETH é considerado um ativo seguro dentro do universo digital. Por volta das 13h, o ethereum era negociado em queda de 1,38%, cotado a US$ 1.798,98, considerado "descontado" para os analistas do mercado e uma boa oportunidade de compra para uma criptomoeda promissora.
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